O Museu de Cultura Popular do Forum da Cultura, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), recebe, neste mês, a exposição “Trabalhadores”, que homenageia as diversas ocupações através das artes populares do Brasil. São mais de 50 peças criadas em barro e cerâmica, que ficam expostas até o dia 26 de abril. As visitas são gratuitas e podem ser realizadas de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, no espaço que fica na Rua Santo Antônio 1112, Centro.
As obras da exposição “Trabalhadores” são originárias de cidades como Caruaru (PE), Maceió (AL), Florianópolis (SC) e Oliveira Fortes (MG), além de Juiz de Fora. Elas são carregadas de tradições e saberes geralmente transmitidos entre as gerações, de forma a também contar a história dos povos e resgatar suas raízes, deixando expostas, ainda, as singularidades dos trabalhos.
Trabalhadores representados
As peças representam figuras como sertanejo, pescador, lenhador, agricultor, dentistas, médicos, veterinários, jornalistas e secretárias, dentre outros. Arte e religiosidade se encontram ainda com a representação de pequenos frades e freiras. E a música regional através dos profissionais das bandas de pífaros, presentes no Nordeste brasileiro, além de músicos de grupos de forró. Há ainda a presença das mulheres que realizam trabalhos domésticos, como a cozinheira, a passadeira e a mulher que faz biscoitos para vender.
Algumas delas foram assinadas pelos filhos e discípulos de Mestre Vitalino, considerado um dos maiores ceramistas do Brasil. A proposta em “Trabalhadores” é despertar nos visitantes a importância de se valorizar o trabalho realizado de diferentes formas e contextos. E apresentar um mergulho, através disso, na arte popular.
Sobre o Museu de Cultura Popular
O Museu de Cultura Popular, que sedia a exposição “Trabalhadores”, conta com um acervo composto por mais de 3 mil peças e atua como um espaço de preservação, resgate e valorização da arte oriunda das expressões e tradições populares.
Ele foi criado em março de 1965, no centenário do folclorista Lindolfo Gomes, através do trabalho do professor Wilson de Lima Bastos, e transferido para o Forum da Cultura em 1973. Foi doado à UFJF em setembro de 1987.