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Após dois anos, Basement Tracks e BAAPZ voltam aos palcos

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Basement Tracks apresentará algumas canções inéditas no show deste sábado (Foto: Rodrigo Baumgratz/Divulgação)
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Com mais de dois anos sem subir aos palcos, a banda Basement Tracks e o projeto BAAPZ, do baixista Pedro Baptista, da Alles Club, combinaram as agendas para matar as saudades do público em dose dupla. Os dois nomes da cena musical de Jufas se apresentam neste sábado, às 22h, no Muzik, no “Baile de boas vindas”. O fim do hiato nos palcos terá ainda DJ set de Marizótica.

Uma das atrações do baile, a Basement Tracks terá Victor Fonseca (vocalista/guitarrista), Ruan Lustosa (backing vocals/guitarrista), Rodrigo Baumgratz (baixista), Lucas Duarte (baterista) e Ruy Alhadas (teclado) revisitando algumas faixas do álbum “Rave on”, de 2018, além de algumas inéditas. “Só ia valer a pena voltar a tocar se colocasse alguma coisa nova. Então vamos tocar umas três novas que vão estar no disco novo”, adianta Ruan, que também comentou a expectativa sobre reencontrar o público.

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“Acho que voltamos na hora certa. Não tinha muito sentido a gente ter voltando antes e acabou criando uma expectativa legal, é sempre legal quando a gente se junta para tocar. Mas bate um nervosismo também, será que ainda tem alguém que gosta da banda e vai ao show? Sábado a gente descobre.”

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O guitarrista conta que, por causa da pandemia, a Basement Tracks ficou sem tocar e/ou ensaiar em 2020, e que o processo de criação do novo trabalho teve início quando o reencontro foi possível. “Aproveitamos para gravar o disco aqui em casa. Em meados do ano passado a gente se reuniu – no meio de um inverno rigoroso – para gravá-lo. O legal é que não teve ensaio nenhum, simplesmente gravamos em cima das demos que eu e Victor fizemos. Eu estou maluco para lançar esse disco, quem viver, verá!”, diz, animado, antes de dar mais detalhes sobre o próximo álbum.

“Tudo que é feito na banda gera sempre um desgaste danado. E com o disco não é diferente: ele está praticamente pronto, mas por motivos técnicos a gente não consegue lançá-lo agora. Se der tudo certo, lançaremos lá para setembro, mas antes disso vai ter um single, com certeza! A sonoridade é parecida, mas não a mesma. A gente não gosta muito de se repetir, mas eu diria que é um disco mais pesado de uma forma geral, tem tudo que a gente sempre usou, mas dessa vez pesamos a mão.”

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Projeto BAAPZ também vai apresentar canções inéditas do próximo trabalho (Foto: Nanda Rocha/Divulgação)

 

Prévia da “catástrofe”

Outra atração, o projeto BAAPZ terá Pedro Baptista acompanhado pelos músicos Pedro Tavares (baixo), Fred Mendes (bateria) e Everton Surerus (guitarra). O repertório terá canções já lançadas e pelo menos cinco inéditas de seu próximo álbum, “Embalo sísmico”, que espera lançar antes de outubro. O título, explica, é uma brincadeira que mistura abalos sísmicos com os embalos dançantes de sábado à noite, e deve ter uma prévia até maio com o lançamento do single “Gelo”.

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“Eles me convidaram para o ‘Baile de boas vindas’ e vi que estava na hora de mostrar os materiais novos, depois de dois anos cozinhando minhas músicas precisava apresentá-las de alguma forma. O próximo álbum tem esse conceito de catástrofe, também algo mais político, pós-pandemia e pré-eleição. Se não aproveitar esse momento, vai ter passado da hora”, diz, ressaltando que as músicas não tratam exatamente da pandemia, mas misturam o momento atual e as catástrofes naturais de forma metafórica. “É uma alusão ao fim do mundo, mas levando a uma coisa mais do cotidiano.”

O retorno aos palcos é especial para BAAPZ porque foram poucos shows para divulgar seu EP de estreia, “Remoto”, lançado em 2019. O período pandêmico pode não ter tido apresentações ao vivo, mas foi produtivo e deixa a expectativa pelo retorno. “Nunca fiquei parado nesses dois anos. Sempre trabalhei à distância com a Alles Club, lancei o single ‘Patético’, gravei as coisas novas. E também fiz muitas trilhas sonoras para filmes. Parado não fiquei, mas me apresentar ao vivo era algo que ainda estava impossível, tanto eu quanto meus amigos não nos sentíamos bem para voltar aos palcos mesmo quando tudo estava retornando.”

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