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Engenheiros do Hawaii celebra 40 anos de carreira em Juiz de Fora

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Banda apresenta show que celebra os 40 anos de trajetória dos Engenheiros do Hawaii nesta sexta-feira, às 21h, no Cultural Bar  (Foto: Divulgação)
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Símbolo do rock brasileiro desde os anos 1980, o Engenheiros do Hawaii marcou gerações com letras inteligentes, cheias de ironia, poesia e crítica social. Sucessos como “Infinita Highway”, “O papa é pop” e “Refrão de bolero” tornaram-se hinos de diferentes épocas e consolidaram a banda entre os nomes mais influentes da música nacional. Quatro décadas depois do primeiro show, realizado em 1985 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o grupo celebra uma trajetória que atravessou o tempo e segue conquistando novos públicos.

A turnê “Engenheiros 40 anos” reúne novamente os integrantes Augusto Licks, Carlos Maltz e Sandro Trindade em uma celebração que mistura nostalgia e atualidade. O reencontro, que nasceu da ideia de um único show comemorativo em Porto Alegre, acabou se transformando em uma série de apresentações esgotadas pelo país.

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Em entrevista à Tribuna, os músicos relembraram momentos marcantes da carreira, falaram sobre o reencontro após 30 anos e sobre a emoção de reviver o repertório original. Eles também destacaram a relação com os fãs, que participaram ativamente da escolha das músicas da turnê, e refletiram sobre o legado que desejam deixar em Juiz de Fora, cidade que recebe o show nesta sexta-feira (14), às 21h, no Cultural Bar. Os ingressos podem ser adquiridos por meio do Uniticket ou contato da produção: (32) 98823-3290.

Tribuna: Olhando para o primeiro show em 1985 em Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o que mais os surpreende quando revisitam essa origem?
Engenheiros: Então… o que mais nos surpreende é ver que a nossa música atravessou gerações e continua mais atual do nunca.

Ao longo desses 40 anos, vocês experimentaram estilos e formações diferentes. Qual o grande fio condutor que permanece intacto?
Na verdade é uma soma de fatores. Essa nossa turnê de 40 anos, por exemplo, mostra muito a questão da sonoridade, pois os fãs querem ouvir (e nós tocamos) tudo com arranjos originais.

Como vocês escolhem o repertório para a turnê comemorativa? Há músicas “esquecidas” que vocês reformularam ou redescobriram para esse momento?
Sim, estamos fazendo um ou outro lado B, músicas que na época não entraram no repertório e que agora estamos trazendo à tona. Mas o repertório é 90% de sucessos. Com relação a escolha das músicas, houve uma “collab” com os fãs, pois fomos fazendo enquetes e as mais votadas iam entrando.

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Em termos de composição e letras, muitos dos seus sucessos trazem elementos de crítica social, existencialismo ou ironia. Como esse olhar mudou e como ele se mantém relevante nos dias de hoje?
Não sei se mudou muita coisa não, viu? (risos) Porque músicas nossas compostas nos anos 80, continuam mais atuais do que nunca.

Qual foi o momento mais marcante da carreira que, olhando hoje, ajudou a banda a se fortalecer?
Duas coisas nos marcaram muito, primeiro o fato de termos voltado a nos falar depois de 30 anos, sendo que a última vez que tínhamos nos visto pessoalmente, foi num tribunal. Outra coisa foi o fato dessa turnê, ela não existia em nossas cabeças, pois a ideia era fazer somente um show comemorativo em Porto Alegre, mas acabamos fazendo outro, outro e outro, e hoje a “Engenheiros 40 anos” é uma realidade e sold out por onde passa.”

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Se vocês pudessem voltar ao início da carreira com o conhecimento de hoje, que conselho diriam ao jovem que formou a banda em Porto Alegre?
Vai com calma, releva muita coisa, porque o tempo passa rápido demais.

Se cada um pudesse escolher uma música da própria discografia para “catalogar” como sua favorita pessoal, qual seria e por quê?
Nossa! Que pergunta difícil! Música é igual filho, é difícil escolher uma só. Mas vamos lá, vamos tentar! Eu, Licks, vou escolher “Pra ser sincero”, porque é uma composição minha e vejo que as pessoas cantam ela com a alma. Eu, Maltz, vou escolher “Terra de Gigantes”, que representa muito bem um lado B nosso e que aos poucos foi ganhando o público e podemos dizer que hoje é uma das queridinhas do público. Eu, Trindade, fico com “Infinita Highway”, porque além de um clássico, é uma música que em todos os shows a galera vem junto.”

Que legado vocês esperam deixar em uma cidade como Juiz de Fora, onde o show acontecerá, para além dos clássicos que todo mundo já espera?
Juiz de Fora é uma cidade que mora no nosso coração, estávamos afim de fazer já há um tempo e que bom que agora deu certo. A gente espera que as nossas músicas continuem fazendo parte da vida das pessoas e que sirvam sobretudo de reflexão.

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*Estagiária sob a supervisão da editora Carolina Leonel

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