
Sabaton mostra seu power metal que retrata grandes conflitos da humanidade
“Cobras fumantes, eterna é a sua vitória.” A homenagem à Força Expedicionária Brasileira (FEB), que representou nosso país na Segunda Guerra Mundial, não é coisa dos nossos bons velhinhos que enfrentaram as forças do Eixo na Itália, 70 anos atrás: é o brado da banda de power metal Sabaton, da Suécia, que se apresenta com outras duas bandas locais (HagBard e Hard Desire) neste domingo, a partir das 18h, no Cultural Bar. O quinteto nórdico, que vem descendo a América Latina para promover seu mais recente álbum conceitual, “Heroes”, lançado em maio pelo selo Nuclear Blast, inclui a faixa “Smoking snakes”, uma celebração à coragem dos mais de 20 mil brasileiros que foram até o Velho Continente combater as ameaças do nazismo e do fascismo.
Várias músicas do disco têm como origem a guerra que matou dezenas de milhões de pessoas em pouco menos de seis anos, incluindo ainda a história de homens e mulheres que se sacrificaram em diversas missões – caso do polonês Witold Pilecki, que se voluntariou para entrar no campo de concentração de Auschwitz para obter provas sobre os horrores cometidos no local.
O conflito na Europa, que durou de 1939 a 1945, é recorrente na discografia do grupo, surgido em 1999, assim como confrontos políticos em geral. O Sabaton lembra em suas canções desde o famoso Dia D, o da invasão da Normandia, em “Prima Victoria”, à temida Divisão Panzer dos nazistas (em “Ghost Division”), sem esquecer de outras grandes guerras e batalhas.
Entre seus álbuns mais conhecidos, estão, ainda, “Prima Victoria”, de 2005, e o conceitual “Carolus Rex”, de 2012, inspirado no império sueco, que durou de 1561 a 1721, e no rei Charles XII, que governou o país entre 1697 e 1718, rememorando batalhas ocorridas na época, como a Guerra dos 30 anos e a morte e o funeral do próprio Carolus Rex. Foi também o último trabalho com a formação estabelecida desde 2001: com as saídas de Rickard Sundén, Oskar Montelius, Daniel Mullback e Daniel Mÿhr, o Sabaton conta atualmente com Joakim Brodén (vocal), Thobbe Englund e Chris Rörland (guitarras), Pär Sundström (baixo) e Hannes Van Dahl (bateria, que substitui Robban Back, que ficou no grupo por cerca de um ano).
O som do grupo sueco é um metal geralmente rápido, vigoroso, com guitarras aceleradas em um tom épico na cantoria de Brodén, que chega a reunir cerca de 500 mil fãs em festivais como o Przystanek Woodstock Festival, na Polônia, que rendeu um DVD ao vivo. O grupo também participou de uma turnê com os ingleses do Iron Maiden na época da divulgação de “Carolus Rex”.
Vendendo seu peixe atualmente na “Heroes world tour”, o Sabaton já passou pela Colômbia, Chile, Peru e Paraguai – além do Brasil, onde realizou shows em São Paulo e Porto Alegre – o de Curitiba estava previsto para a sexta-feira. Depois de Juiz de Fora, o quinteto leva seu metal épico para o Rio de Janeiro, Limeira (SP), Caruaru (PE) e Belo Horizonte antes de seguir para a América do Norte, onde fica até o início de novembro se revezando entre os Estados Unidos e o Canadá. Como ninguém é de ferro, a quinta edição do “Sabatoncruise” está confirmada para 23 de novembro, lá no Hemisfério Norte. Como o nome indica, é um cruzeiro para os fãs do metal em que o grupo sueco se apresenta.
SABATON, HAGBARD E HARD DESIRE
Neste domingo, às 18h
Cultural Bar
(Avenida Deusdedit Salgado 3.955 – Salvaterra)