Foi enterrado na tarde desta terça-feira (13), no Cemitério Municipal, o cantor e compositor juiz-forano Ary Arantes Filho, que dedicou grande parte da sua vida às escolas de samba da cidade e à arbitragem de futebol amador. Na noite da última segunda-feira, o sambista passou mal e faleceu aos 58 anos, deixando esposa e 11 filhos.
Segundo o compositor Nilson Costa, Ary era muito requisitado pela voz eloquente e dedicação extrema, o que o levou a passar por várias escolas da cidade, entre elas a Mocidade Independente do Progresso, a Turunas do Riachuelo e o Partido Alto. Ao lado do amigo, Ary já acumulou cerca de 48 composições e concorria com seus sambas-enredos também em escolas do Rio de Janeiro. “Eu costumo dizer que o samba é uma ciência, a maior expressão popular brasileira, e o Ary foi uma perda irreparável para o samba, porque ele não só escrevia, ele fazia um diferencial e estimulava a gente a continuar”, lembra Nilson.
Por cerca de 35 anos, o sambista também fez parte da Associação de Árbitros Independentes de Juiz de Fora e Região (AAIJFR MG) e apitou jogos de futebol amador na cidade e em outras regiões da Zona da Mata. O amigo e ex-presidente da Associação, Edivar Caetano, relembra o carinho dos jogadores com o árbitro. “Na arbitragem, ele era extremamente querido, entre os jogadores amadores era difícil encontrar alguém que não gostasse do Ary. Era uma pessoa realmente maravilhosa e na vida foi um grande homem”, comenta.