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Playlist: Tássia Reis coroa sua trajetória com 5º álbum, ‘Topo da minha cabeça’

tassia reis
Tássia Reis por José de Holanda
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Natural de Jacareí, no Vale do Paraíba paulista, a exímia cantora e compositora Tássia Reis lançou, esta semana, o quinto álbum em sua discografia, o excelente “Topo da minha cabeça”, ensaio de movimentos introspectivos e reconexão com sua ancestralidade. Com produções de Barba Negra, Evehive, Felipe Pizzu, Fejuca e Kiko Dinucci, o volume tem participações especiais de Criolo e Theodoro Nagô e sintetiza as misturas que foram sendo costuradas pela artista, unindo soul, samba, rap, drill, funk, R&B, jazz e um olhar afrofuturista, como anuncia a capa.

“‘Topo da Minha Cabeça’ é o ponto mais alto e mais importante a se chegar, é o ponto que almejo, é o topo que quero e vou conquistar”, conta, sobre o trabalho. O álbum marca também o  retorno para si mesma. “Após quase morrer, renasci compreendendo melhor algumas coisas, e entendi que esse é o ponto mais alto e mais importante que quero estar, o topo da minha própria cabeça. Com essa consciência e domínio, e com minha atenção focada em saúde mental, espiritual e física, eu posso sonhar, planejar e viver melhor, superando qualquer obstáculo e sendo fiel a mim mesma”, afirma Tássia.

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Foto: Reprodução

A canção título abre o disco e é um desdobramento de referências atemporais, como o mestre Sun Ra, Erykah Badu e Solange. O álbum acaba no delicioso samba “Ofício de Cantante”, pontapé inicial do álbum, no clima do projeto cantando Alcione no programa Versões (Multishow/Canal Bis, 2021) e também nos palcos com turnê.

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Destaque para a canção gravada com Criolo, “Só um Tempo”, uma cascata de belezas, neo-soul, samba e rap, e “Rude”, drill com elementos de samba, funk e rap. A direção criativa é de Leandro Assis. O cabelo, como símbolo central, dialoga com o título do disco como meio de referenciar origens, etnias, religião e status social que contam a história da mulher negra.

Mais lançamentos

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“Coral”, Zé Manoel

Príncipe gentil, cantor, pianista e compositor pernambucano, Zé Manoel lança seu quinto álbum solo, “Coral”, com produção de Bruno Moraes, que trouxe uma nova perspectiva aos arranjos. Conhecido por acompanhar, ao piano, nomes da MPB como Alaíde Costa, Adriana Calcanhoto, Maria Bethânia, Ná Ozzeti, Jussara Marçal, Elba Ramalho, Fafá de Belém, Ana Carolina e Vanessa da Mata, Zé Manoel mostra a sua grandeza neste volume impecável, com participações de Luedji Luna, Gabriela Riley, Bruno Morais, Caetana, Isadora Melo e Rafaela da Silva. “Malaika”, canção africana que ficou conhecida pela interpretação de Miriam Makeba, foi adaptada para o português em colaboração com Arthur Nogueira. Os temas abordados dão continuidade aos trabalhos anteriores, explorando desde a tradição da MPB até a música preta nordestina e brasileira. O novo trabalho transita por canções de amor, despedida e religiosidade afro-brasileira, trazendo uma sonoridade rica e variada. “Coral”, que dá nome ao álbum, simboliza o desejo de retorno às raízes e o reconhecimento de si mesmo. Outra faixa notável é “Canção de Amor Para Johnny Alf”, escrita por Zé Manoel em homenagem a um dos grandes ícones da bossa nova. O volume ainda traz colaborações com Alessandra Leão, Dora Morelenbaum e Liniker.

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“Cidadão andante”, Marcelo Magaldi

Multi-instrumentista e compositor com mais de 25 anos de carreira junto da banda Rama Ruana, tendo gravado dois álbuns como compositor e baterista do grupo, Marcelo Magaldi lança EP de estreia de sua carreira solo, “Cidadão andante”, ainda navegando na praia do reggae, ritmo que tem muitos admiradores na cidade. No volume, ele toca violão, baixo em uma faixa e teclado, além de assinar todos os arranjos. As faixas “Fada” e “Coração e alma” já tinham sido veiculadas no YouTube, e três inéditas chegam agora: “Cidadão Andante”, “Plante um Jardim!!” e “Peregrinos”. “Comecei a compor muito cedo, com os 14 anos. As músicas são feitas muito das minhas vivências, na minha observação do cotidiano, das coisas da vida. O olhar do compositor se pega muito nas entrelinhas, na subjetividade das coisas que acontecem ao nosso redor”, conta.

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“Vibrações”, Caetano Brasil e Ever Beatz

O juiz-forano Caetano Brasil, um dos principais clarinetistas do choro contemporâneo, indicado ao Grammy Latino pelo seu segundo álbum, “Cartografias” (2019), depois de se unir à spoken word de Laura Conceição em “Naquele tempo”, em seu terceiro álbum, “Pixinverso – Infinito Pizinguinha” (2023), agora faz parceria com o DJ e produtor musical Ever Beatz para reinventar “Vibrações”, clássico de Jacob do Bandolim. A música foi gravada, originalmente, no álbum de mesmo nome, em 1967, com o Conjunto Época de Ouro, o último da carreira de Jacob, que registrou até o técnico de som, Darcy, responsável pela equalização. A nova versão combina o virtuosismo do clarinete de Caetano com o beat envolvente produzido por Ever Beatz, talento da nova geração na cidade, numa fusão única de tradição e modernidade. O single é uma celebração do que há de mais atual na música brasileira e promete atrair e encantar públicos diversos.

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“Raio de Sol“, Vitin, Caslu e 1Kilo

Ex-integrante da banda local Onze:20, o exímio vocalista Vitin participa de faixa com 1Kilo e Caslu, “Raio de Sol”, batizada de rap acústico, um parente do pagode. Após uma parceria no projeto “Resenha”, que uniu rap, pagode e reggae no Vidigal, os cantores Caslu e Vitin se encontram neste feat que fala de amor e emula canções como “Tá Vendo Aquela Lua” (Exaltasamba), “O Nosso Santo Bateu” (Matheus e Kauan) e “Vai Malandra” (Anitta). Entre as rimas, está o trecho: “Ouvindo aquele CD do Exaltasamba/Enquanto ela rebola no ritmo “Vai Malandra”. “O Vitin sempre foi uma referência de artista e de voz pra mim, sempre acompanhei a carreira dele!”, conta Caslu. O clipe traz a atmosfera romântica e suave com imagens belíssimas de um clássico pôr do sol na Cidade Maravilhosa.

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