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Grupo de pesquisa acadêmico realiza seminário virtual

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James Green, da Brown University, será o primeiro palestrante do Seminário (Foto: Divulgação)
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O grupo de pesquisa Comunicação, Cidade e Memória (Comcime) da Faculdade de Comunicação da UFJF, inicia a partir desta segunda-feira (14) o V Seminário Memórias, Nostalgias e Imaginários, que pela primeira vez será realizado on-line devido à pandemia do novo coronavírus. Serão realizadas palestras diárias até a próxima sexta-feira (18), às 18h, com pesquisadores brasileiros e do exterior por meio do aplicativo Zoom para quem se inscrever pelo link bit.ly/3jaenPc, com direito a certificado de participação; os demais poderão acompanhar pelo canal do Comcime no YouTube.

Na segunda-feira, a palestra será de James Green (Brown University), que vai analisar as formas e os mitos que cercam a nostalgia da ditadura militar e também os acordos políticos que levaram à democratização; na terça, o contexto teatral das décadas de 1960 e 1970 será relembrado com exemplos de alguns grupos teatrais e seus figurinos por Rosane Muniz (Centro Universitário Belas Artes); no dia seguinte, Mário Abel Bressan (Unisul) vai apresentar os efeitos do (re)viver na televisão diante de cenas e programação reexibidas tempos depois, a partir do conceito de memória teleafetiva; na quinta, Eduardo Morettin (USP) trata dos usos do cinema na construção da História; no encerramento, sexta-feira, Maria Fernanda Rollo (Universidade Nova de Lisboa) falará sobre o programa Memória para Todos, empenhado na promoção do estudo, organização e disseminação do patrimônio histórico, cultural, tecnológico e digital.

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Segundo uma das responsáveis pelo Comcime, a professora da UFJF Christina Musse, os seminários têm por objetivo aprofundar as temáticas que o grupo de pesquisa debate semanalmente. Neste ano, as leituras iniciais tiveram como foco a nostalgia, que, com a pandemia, acabou por vir de encontro a uma série de sentimentos que surgiram no que ela chama de “momento de exceção”.

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“Lemos muitos autores que discutem essa questão da nostalgia, e descobrimos uma série de vertentes e estudos que pensam esse conceito, que inicialmente se confundia com a melancolia ou com a saudade, mas depois que passou a ser estudado com mais profundidade viu-se que era mais amplo, mesmo que eventualmente ‘contaminado’ pelos outros sentimentos”, explica. “E a nostalgia, muitas vezes, é de algo que não se viveu mas que gostaria de ter vivido, como os seriados passados nos anos 50 e 60 ou a música dos anos 80. E hoje, com esse momento de exceção em que todos estão isolados, esses sentimentos vieram com muita força.”

Rosane Muniz falará na terça-feira sobre o contexto teatral nos anos 60 e 70 (Foto: Divulgação)

Quanto à programação, Christina destaca o ecletismo entre os temas estudados pelos pesquisadores e que estão ligados à nostalgia, criando um caráter interdisciplinar que pode abranger várias áreas do conhecimento. “A escolha desses palestrantes permite um diálogo com as singularidades dos temas trabalhados pelos integrantes do grupo de pesquisa”, observa a professora, que lembra que a necessidade de realizar o evento de forma on-line permitiu ao seminário deste ano ter uma seleção de palestrantes que não seria possível no caso de um evento presencial.

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“Parece frase de autoajuda, mas o fato é que a crise sempre aponta para possibilidades. O fato de o seminário ser virtual tem agregado um número de inscritos muito maior do que tínhamos normalmente, e também facilitou o convite a pesquisadores que estão em outros estados ou fora do Brasil e cujas vindas normalmente não poderíamos custear, no máximo convidando apenas um deles, sem esquecer da questão da agenda. Com os aplicativos que oferecem qualidade de áudio e vídeo, podemos ter convidados de qualquer lugar do mundo e uma maior possibilidade de diálogos.”

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