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Luizinho Lopes lança seu primeiro livro inspirado em “Til” e faz show no Palco Central

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O livro intitulado de “Til, a cobrinha ortográfica” terá lançamento acompanhado de um show do artista e bate-papo com o autor, às 18h30, no Central (Foto: Humberto Nicoline)
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Depois de oito discos e mais de 40 anos trabalhando com música, Luizinho Lopes se aventura por outro caminho e irá lançar seu primeiro livro nesta terça-feira (13). A obra literária traz o processo de composição do autor e suas reflexões filosóficas, a partir do processo de composição da música “Til”, lançada em 1989, e responsável por uma mudança em sua carreira. O livro intitulado de “Til, a cobrinha ortográfica” terá lançamento  acompanhado de um show do artista e bate-papo com o autor, às 18h30, no Palco Central. Os ingressos são gratuitos, mas devem ser retirados antes do evento, já que há um número limitado de participantes.

O projeto surgiu durante a pandemia de Covid-19, quando Luizinho precisou se recolher, assim como boa parte do mundo, e usou esse tempo para refletir sobre sua carreira. Nesse processo, a criação de novos projetos tomou conta, e ele começou a elaborar um novo disco, que foi lançado no final de 2023, e também revisitou composições de outrora. “Comecei a pensar no quanto que é importante pra mim esse processo da composição. Vem de uma solidão, um momento que é possuído só pelo ato de compor”, reflete. A música “Til” veio a ele como emblemática na sua carreira. “Comecei a pensar nessa música como se fosse uma grande sacada que eu tive, e que de repente mudou o caminho que eu estava explorando no meu processo de composição. Foi como se estivesse me libertando de algumas amarras literárias e poéticas para poder exprimir ao máximo o que sai do meu imaginário”, relembra.

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Luizinho é apaixonado por leitura e por escrever, e começou a pensar na possibilidade de lançar um livro. A ideia era se voltar novamente para essa música e seu processo de composição, podendo refletir mais, dessa vez, sobre o ato de transformar rabiscos até eles se tornarem música. “Fiquei imaginando o til como uma cobrinha em cima das vogais e também como um minúsculo tapete voador sobrevoando as vogais. Fiquei imaginando, se não tivesse o til, o que iria acontecer com as palavras que o til nasaliza. O coração ficaria coraçao e, sem a cedilha, coracao”, explica, sobre o ponto de partida. Desde esse momento, mais foi acrescentado ao projeto, que contou com a Lei Rouanet para a sua realização. 

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O projeto contou com uma diagramação pensada para que o leitor adentrasse no universo da canção não apenas pelas palavras, mas também através dos desenhos feitos pelos artistas Tadeu Costa e Clara Costa. Além disso, também foram trazidas as diversas partituras de “Til” para diferentes instrumentos musicais, além de fotos de diversos momentos da carreira do artista. Além da autoria de Luizinho, “Til, a cobrinha ortográfica” conta com textos do escritor Luiz Ruffato e da jornalista Roberta Gray e um QR Code direcionado para acesso à música e ao audiobook, narrado pela jornalista Gilze Bara.

A obra literária traz o processo de composição do autor e suas reflexões filosóficas, a partir do processo de composição da música “Til”, lançada em 1989 (Foto: Divulgação)

Composição e criação literária partem do mesmo lugar

No livro,  também há um bate-papo que Luizinho teve com o jornalista e crítico musical Fabian Chacur, em que se aprofunda sobre a sua trajetória artística e seus trabalhos mais recentes. A sua estreia na literatura, como conta, é feita com bastante expectativa e um receio inicial. “Tive bastante dificuldade no início, porque depois que veio a ideia e foi aprovada, fiquei me questionando como é que ia fazer. É uma coisa meio inusitada”, afirma, sobre o projeto, que se volta para essa música e busca entender mais sobre a trajetória do artista. No entanto, o sentimento que fica, para ele, é de felicidade em poder dar vazão a essa sua veia.

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Apesar de serem trabalhos distintos, compor e escrever um livro, para ele, partem de um mesmo lugar: e podem ser feitos como gosta, a partir da escrita em uma página em branco. “Tanto escrever quanto compor provêm do lugar da imaginação. Em uma, se ganha o caráter da melodia, que eu gosto de definir como a poesia em movimento. Por outro lado, a literatura é algo fundamental para mim, em tudo que faço”, conta.

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