Zezinho da Guitarra, com 30 anos, decidiu desenvolver uma norma forma de tocar para que ele nunca mais tivesse que parar. Pela guitarra, rodou o Brasil e o mundo. Agora, aos 80 anos, um infarto e um AVC isquêmico deixaram seu lado esquerdo paralisado. Para arcar com os custos da fisioterapia, o Brasador criou uma camisa, que está comercializando. Parte do seu valor arrecadado com as vendas será revertido para o tratamento. Elas podem ser adquiridas no próprio Brasador ou encomendadas pelo telefone 3213-6230. “As camisas custam R$ 70, e o valor é ver meu pai voltando a tocar, que é como ganhar na loteria”, diz Seu Jeffrey, filho do músico e um dos articuladores da campanha.
Na última segunda-feira (11), Zezinho começou a fazer as sessões de fisioterapia e já apresentou melhora. Alguns movimentos foram recuperados, mas o da mão esquerda ainda não voltou. “E a paixão dele é a mão esquerda, porque é com ela que ele faz os acordes”, explica o filho, que se tornou músico por crescer vendo o pai tocar. Jeffrey conta que Zezinho é autodidata, começou a praticar o violão há 60 anos, quando assistiu a uma serenata. Depois, foi se desenvolvendo até conseguir ter uma sonoridade própria, já na guitarra. Desde o incidente, em 31 de janeiro, ele não consegue tocar – talvez um dos maiores tempos afastado do instrumento.
A arte da camiseta foi feita a partir de uma foto de Zezinho, tirada por Sérgio Meireles. Em 2 de maio, nas três casas do Brasador, em Juiz de Fora, Volta Redonda e Três Rios, músicos parceiros de Zezinho farão um tributo a ele. Eles desenvolveram um chope com seu nome, e parte do dinheiro também será revertido para a recuperação.
