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Mostra sobre Murilo Mendes ganha Apca

Murilo Mendes
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Exposição premiada contou com a parceria do Mamm (Foto: Estúdio em obra/MAM São Paulo)
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A mostra, “Murilo Mendes, poeta crítico: O infinito íntimo”, que estava exposta no Museu de Arte Moderna (MAM), de São Paulo, foi a vencedora do Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (Apca), de 2023, na categoria Exposição Nacional. Mais de 80 itens que fazem parte do acervo do Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm/UFJF) faziam parte da exposição, que teve curadoria dos pesquisadores Lorenzo Mammì, Maria Betânia Amoroso e Taisa Palhares.

Tratava-se de uma mostra coletiva no MAM que aconteceu até o fim de janeiro. O intuito era apresentar a atuação de Murilo Mendes como crítico de arte e agente cultural, para além de seu papel como escritor. De acordo com o museu, a exposição, que aconteceu na Sala Milú Villela, a maior do espaço, recebeu mais de 30 mil visitas. As obras expostas eram de artistas que tinham sua vida entrelaçada a de Murilo Mendes, como Alfredo Volpi, Cícero Dias, Djanira da Motta e Silva, Flávio de Carvalho, Ismael Nery, Giorgio De Chirico, Joan Miró, Maria Martins e Pablo Picasso.

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Em nota encaminhada à imprensa, a pró-reitora de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Valéria Faria afirma que essa premiação é resultado de um trabalho de “excelência e dedicação das equipes envolvidas”. E seguiu: “A colaboração entre as instituições culturais é essencial para promover o intercâmbio cultural e garantir que cada vez mais pessoas possam ter acesso a estes acervos e ao legado de Murilo Mendes. Estamos felizes em fazer parte desse esforço conjunto e agradecemos ao MAM São Paulo pelo reconhecimento”.

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Da mesma forma, Aloísio Castro, superintendente do Mamm, afirma que essa premiação coroa a parceria do equipamento da UFJF com o MAM, de São Paulo. “Com sucesso de crítica e de visitação pública, consolidamos a oportunidade ímpar de divulgar a Coleção Murilo Mendes para além dos limites geográficos de Juiz de Fora, evidenciando a importância do nosso museu como repositório privilegiado do modernismo internacional e nacional.”

A exposição

A mostra “Murilo Mendes, poeta crítico: O infinito íntimo” foi dividida em três núcleos. Um deles retratava a amizade de Murilo Mendes com Ismael Nery, entrelaçada no Rio de Janeiro entre as década de 1920 e 1930. A outra parte foca no período em que o poeta juiz-forano já era aclamado por seus textos e montava sua coleção a partir de suas viagens à Europa. A última, então, apresenta obras do momento em que Murilo Mendes viveu em Roma e contribuiu com a curadoria da Bienal de Veneza, em 1964.

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Além da exposição, a mostra contou com um catálogo, feito pela curadoria, com as obras selecionadas e a linha do tempo da história e da produção de Murilo Mendes. Além disso, continha as pesquisas realizadas pelos curadores, por Aloísio Castro e por Fabiano Cataldo sobre a vida do poeta.

“Murilo Mendes, poeta crítico: O infinito íntimo” ficou em cartaz no MAM durante cinco meses e resultou, ainda, em um minidocumentário produzido pela equipe do museu, com entrevistas com os curadores. Também em nota encaminhada à imprensa, a curadora Taisa afirmou que a exposição teve impacto positivo, principalmente para aqueles que atuam de forma especializada no meio. “Muitas pessoas não conheciam o perfil de Murilo Mendes como colecionador e crítico e, tampouco, o valor de sua coleção de arte. (…) Acredito que o resultado mais importante será estimular novas pesquisas.”

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Maria Betânia, também curadora, afirmou na nota que, a partir dessa exposição, é possível traçar que outras ainda surgirão, sobre as várias facetas de Murilo Mendes, principalmente por causa da repercussão que teve. Além disso, disse que outros caminhos foram surgindo. “Talvez o mais evidente entre eles seja a necessidade de reunir e publicar o conjunto de textos escritos por Mendes sobre arte, artistas e obras”, finaliza.

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