As ruas de pedra, a igreja centenária cercada por casas e mais adiante pelo verde das serras. O cenário de Taruaçu, distrito de São João Nepomuceno, localizado a cerca de 80km de Juiz de Fora, traz todos os ingredientes para uma receita típica de interior mineiro, daquelas cantadas em composições sobre o charme do Estado. E é neste passo, em que música e paisagem se misturam, que a Prefeitura Municipal de São João Nepomuceno e a Energisa S.A promovem, pelo terceiro ano, o Canta São João – Troféu Paulinho Cri, nesta sexta-feira (12) e sábado (13). O evento reúne 11 composições autorais de estilos e ritmos variados, que concorrem nas categorias de melhor canção, melhor canção local e melhor intérprete.
Na noite de sexta, apresentam-se todos os selecionados, na seguinte ordem: Gui Teixeira com a canção “Roda de samba”; Thiago Pável com “Nós”; Alice Santiago com “Pedacim de Queijo”; Juliana Stanzani com “Canção da despedida”; Trinca Ferro com “Cantiga de viola”; Clara Castro com “Junto”; Betinho com “Lembranças”; Edy Nascimento com “Céu grande”; João Paulo Lanine com “Pingo de gente”; Laura Jannuzzi – “IJÓ” e Sarah Vieira com “Orun aiye”. Após a interpretação dos concorrentes e escolha dos cinco melhores, sobe ao palco Daniel Monerat, com clássicos do sertanejo de raíz. No sábado, os cinco finalistas se apresentam novamente, e os jurados dão o seu veredicto.
Para fechar a última noite de festival, show de Dudu Lima Trio e João Bosco, grande nome da música popular brasileira, com participação de Dudu Viana. O show marca a estreia da turnê “Circuito Sons de Minas”, que rodará seis cidades da Zona da Mata (além de São João Nepomuceno, passa por Leopoldina, Cataguases, Rio Novo, Guarani e Ubá), levando shows do trio e seus convidados especiais: João Bosco, Toninho Horta, Wagner Tiso, Juarez Moreira, Dudu Viana e Hermanes Abreu. O circuito é patrocinado pela Energisa e pelo Governo de Minas, através da Lei de Incentivo à Cultura do estado.
Segundo o Diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São João Nepomuceno, Ricardo Itaborahy, o sucesso dos dois primeiros anos impulsionam a busca por evoluir o festival, desde as atrações até as formas de acomodar melhor quem visita a localidade. “Nossa expectativa é bem positiva, estamos trabalhando muito e acreditamos que o público deva crescer ainda mais, já que as duas primeiras edições tiveram bastante repercussão. Temos buscado também melhorar a qualidade na forma de receber o público, tanto no distrito quanto em São João.”
Ainda conforme Ricardo, os talentos locais, além das belezas e a própria história do distrito, ressaltam o charme mineiro do Canta São João. “O que marca é a peculiaridade do local. O atrativo turístico, com as riquezas naturais e a história que tem aqui. Os nossos artistas, o lugar aconchegante ao redor da praça da igreja matriz, essa coisa mineira do lugar.”