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Novembro Negro: Juiz de Fora celebra cultura afro-brasileira e combate ao racismo

ecstatic protesters marching through city site

(Foto: Freepik)

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Neste mês de novembro, Juiz de Fora recebe eventos gratuitos que celebram a cultura afro-brasileira e o combate ao racismo. Dessa maneira, o público pode participar de uma programação com debates, lançamento de livros, rodas de conversa, exposições, mesas, dentre outras atividades. Assim, o Centro de Preservação da Memória Negra (CenPre), o Mercado Municipal e o Teatro Paschoal Carlos Magno, são os locais selecionados para sediar o calendário comemorativo do Novembro Negro.

“O novembro traz sempre essa possibilidade da gente celebrar a imortalidade do Zumbi dos Palmares e de reafirmar a caminhada, a trajetória de lutas que a população negra encara diariamente. Nós queremos muito que esse Novembro Negro seja uma oportunidade, além do que já acontece todos os anos, de celebração, de denúncia e de demarcação de territórios de luta. Nós esperamos que seja também um momento para que a população de Juiz de Fora conheça o Centro de Preservação da Memória Negra (que fica no Paço Municipal), e que possa sentir esse espaço como um lugar destinado à cidade, para que Juiz de Fora possa repensar o seu papel diante do enfrentamento ao racismo”, afirma a Secretária Especial da Igualdade Racial da Prefeitura de Juiz de Fora, Giane Elisa.

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Mesas, apresentações culturais e mais

A programação, que já teve início, segue na terça-feira (11) com a Escola de Samba Mirim Império da Torre no CenPre às 18h30, juntamente com a Associação Cultural Cine Fanon, que exibe o filme “Ôrí”, seguido de uma roda de conversa com representantes do Movimento Negro Unificado (MNU), do grupo de Artes Cênicas e Políticas As Ruths, da Secretária Especial da Igualdade Racial (SEIR) e da União de Negros e Negras Pela Igualdade (UNEGRO).

Ao longo do mês, o CenPre é palco de apresentações culturais. Fazem parte da programação o Batuque Nelson Silva; brincadeiras africanas, por meio do Núcleo Permanente de Relações Étnico-Raciais da Secretaria de Educação (NUPRER); a Roda de Capoeira da Feira; as apresentações Puxada de Rede, Dança do Café e Maculelê, além de teatro com Adelino Benedito; Coro Quelé; Roda de Samba dos Amigos e Sarau Criolo.

Centro de Preservação da Memória Negra recebe algumas das atividades do Novembro Negro (Foto: PJF/Divulgação)

As mesas são destaque no evento: representantes de diferentes órgãos e grupos integram os debates. Dentre elas estão “Esporte e o enfrentamento ao racismo”, “Violência, racismo e extermínio da população negra”, “O que pode a museologia social pela memória negra?”, “Muquifu: Vivendo a museologia social” e “Museu da maré: Novas perspectivas museológicas e a preservação da memória negra”.

O Novembro Negro é palco também da abertura da exposição “ÀWA – Presenças na Diáspora”, o seminário “CenPre e a Museologia social”, a audiência pública “O CenPre e a Construção do Plano Museológico” e o quadro Epistenegrologias Insurgentes, com Camilo Azarias. Além disso, ocorre o lançamento dos livros “Nossas Riquezas Pretas”, de Alexandre Maestrini e “Avô: Histórias e Memórias”, de Ana Virgínia da Silva; e da cartilha do Procon “Racismo nas relações de consumo”. Por fim, para encerrar o mês de atividades, ocorre em primeiro de dezembro a premiação do concurso de redação “Como contribuir para a igualdade racial?”, com o Instituto Cirene Candanda.

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“Nós partimos do princípio que, se existe no Brasil uma estrutura que é racista, temos nessa estrutura instituições que são racistas. Então, o combate ao racismo institucional é a principal bandeira da SEIR. Ao longo do ano, além desse trabalho de articulação com todas as secretarias e prefeituras, temos também a própria ação do CenPre como uma ação viva, constante, bastante demarcada de como podemos fazer esse enfrentamento a partir da preservação da memória negra em Juiz de Fora, para que ressignifiquemos a participação da população negra no nascimento, na construção e no desenvolvimento da cidade”, finaliza Giane.

* Estagiária sob supervisão da editora Mariana Floriano

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Serviço

Novembro Negro 

Data: 5 de novembro a primeiro de dezembro

Locais:

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