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Festival Close de Teatro começa nesta sexta

Alva DIVULGACAO
O espetáculo “Alva”, realizado pela Close, será apresentado no dia 18, às 20h, e aborda, de forma sensível, os reflexos do racismo (Foto: Divulgação)
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Desde quando surgiu a Close Formação Artística, em 2011, viu-se a necessidade de que, a partir de então, um festival fosse criado. A ideia era que aqueles artistas interessados na profissionalização no teatro tivessem também a oportunidade de ver como é produzir um evento como esse, de forma a somar, então, nesse processo. Trajano Amaral, idealizador da Close, conta que percebia que estreias sempre são motivos de ansiedade, e reuni-las em um festival fazia cada vez mais sentido: era forma de conquistar experiência ao mesmo tempo mostrar à sociedade o trabalho desenvolvido. Desde então, uma série de edições foram realizadas. E eles partem, então, a partir deste fim de semana, para mais uma. Começa, nesta sexta-feira (10), o Close Festival de Teatro, na sede do curso (Rua Oscar Vidal 134 – Centro). Além dos espetáculos, o festival reúne, durante três semanas, oficinas e rodas de conversa. Os ingressos podem ser adquiridos no link. Neste mesmo site é possível ver a programação completa.

Durante todos esses anos de realização, o festival passou por algumas alterações. Elas, como aponta Trajano, foram importantes até para se pensar na cara que o evento, realmente, tem, hoje em dia. Desde 2018, eles passaram a apontar um tema para guiar os espetáculos que seriam apresentados. Neste ano, o tema escolhido foi “Aquarela”, com o intuito de abordar as diversas formas de ser e abraçar as diversidades. Outra coisa que eles perceberam com o tempo foi que seria interessante, além de apresentar os trabalhos frutos da Close, receber espetáculos de companhias convidadas.

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Neste ano, diversos espetáculos foram feitos especialmente para o festival, todos eles, inclusive, assinados por Trajano, e abordando as diversidades. O primeiro a ser apresentado, feito pela turma da Close, é “Dona Bengala”, já neste domingo (12), às 15h. É um espetáculo infantil em que a maioria dos atores são crianças, que buscam formas de transformar uma senhora mal-humorada em uma pessoa feliz. Em seguida, às 20h, tem “A retratista”, um monólogo que tem como principal tema as belezas, a partir da visão de uma fotógrafa.

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Já no dia 18, será apresentado “Alva”, outro espetáculo feito pela Close, a partir das 20h, que aborda, de forma sensível, os reflexos do racismo. Ela também será apresentada no dia 26, às 18h. No dia seguinte, 19, às 15h, tem ainda “O homem do casaco verde” – também infantil mas para toda a família -, que coloca em cena uma menina que precisa de uma cadeira de rodas para viver. Sua situação a faz perder a vontade de viver. Às 18h, tem “O vendedor de flores”, que apresenta a luta de um menino pobre que vende flores em busca de uma vida melhor. A peça será apresentada também no dia 25, às 18h. Já às 20h, tem “Aquarela”, um espetáculo de dança contemporânea que aborda o tema da vez do festival.

“Dom Quixote” será apresentado, no dia 11, às 20h, emprestando um olhar mais contemporâneo e até feminista ao clássico (Foto: Divulgação)

Além deles, o festival vai receber espetáculos da companhia de teatro Sala 43. O primeiro a ser apresentado, já no sábado (11), às 20h, é “Dom Quixote”, que garante um outro olhar, mais contemporâneo e até feminista, ao clássico. Ele também será apresentado no dia 25, às 20h. No dia 18, tem ainda o espetáculo infantil “O encantador”, que fala com as crianças sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente. No último domingo do mês, dia 26, às 20h, o festival encerra com a apresentação de “Espelho meu”, com a temática LGBTQIAPN+. Outros dois espetáculos convidados compõem o evento. No dia 18, tem noite de comédia, a partir das 18h, com stand-up. E também no último domingo, a partir das 15h, tem “Mágicas e tonteiras”, com o Palhaço Rosquinha.

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No dia 19, às 18h, tem “O vendedor de flores”, que apresenta a luta de um menino que vende flores em busca de uma vida melhor (Fotos: Natalia Possas)

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Oficinas e rodas de conversa

Como o intuito é, ainda, a profissionalização dos artistas, várias oficinas fazem parte da programação, sendo a maioria gratuita. A primeira delas é já neste sábado, quando, a partir das 9h, acontece uma que aborda as práticas e o mercado da dublagem. No domingo, a partir das 9h, tem oficina de Jango, uma dança afro-brasileira. No outro sábado, 18, tem oficina de dança contemporânea, a partir das 9h, mesmo horário em que acontece uma oficina de dança cigana. No outro domingo, 19, também às 9h, tem oficina de teatro sutil. No último fim de semana, nos dias 25 e 26, acontece a única oficina paga com o ator Gustavo Falcão. A proposta é abordar os caminhos para a construção de personagens.

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Diversas rodas de conversa também vão acontecer nesses três fins de semana, abordando temáticas que envolvem, diretamente, os artistas. Trajano afirma que a ideia foi pensar em assuntos importantes, mas ainda pouco abordados, hoje em dia. É ele, inclusive, quem dá abertura aos trabalhos, na sexta, a partir das 19h, sobre processos criativos e desenvolvimento de história. No sábado, a conversa é com a nutricionista Jéssica Horta, às 16h, sobre a saúde nutricional do artista e a importância disso no desempenho artístico. No domingo, eles recebem José Luiz Ribeiro, a partir das 16h, falando sobre a importância do artista do teatro.

Na segunda semana, no sábado, também às 16h, tem conversa com Giane Elisa Sales de Almeida, diretora-geral da Funalfa, sobre os processos de inclusão e as políticas públicas. No domingo, é a vez de Magdalena Rodrigues, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões (Sated) de Minas Gerais, no mesmo horário, falar sobre a importância da profissionalização dos artistas e seus direitos. Para fechar, no último domingo, Lilian Gil, às 16h, conversa sobre as peculiaridades da dança contemporânea que a torna inclusiva.

Como, durante a pandemia, o Festival Close de Teatro ganhou o mundo digital, as conversas vão ser exibidas também de forma on-line, no Instagram. Alguns espetáculos autorais que participaram do festival em 2021 ainda estão disponíveis no site closefestival.com/festival-play. A ideia é criar uma plataforma de streaming com as peças.

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