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O lado geek da força

geek fernando
O ilustrador Rafael Dantas dá workshop no IAD/UFJF (Foto: Fernando Priamo)
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O Instituto de Artes e Design da UFJF vai sediar, neste sábado (10), a primeira Feira Geek Pop de Juiz de Fora, com entrada gratuita. O organizador, Mário Guedes, através da produtora HNT Eventos, traz para a cidade uma imersão em universos de jogos, personagens e filmes. No entanto, o “pop” aparece no nome justamente porque a ideia é atrair o público não só de animes, mas expandir para conteúdos que circulam entre os assuntos mais consumidos pelos considerados geeks (fãs de tecnologia, eletrônica, jogos eletrônicos ou de tabuleiro, histórias em quadrinhos, livros, filmes, animes e séries), nerds ou não.

Jamille Campos faz cosplay de Zafina, do jogo Tekken (Foto: Fernando Priamo)

O pátio do IAD, ao ar livre e cercado pelos armários coloridos, é o ponto de encontro dessa tarde envolvendo escritores, ilustradores, cosplays e colecionadores. Já as salas do primeiro andar serão destinadas à imersão em temas específicos. Uma das salas é expositiva, com livros, pôsteres, filmes, jogos e objetos de colecionador de Star Wars e Harry Potter. A cultura K-Pop está super em alta, especialmente as novelas da Coreia do Sul. Alguns desses dramas estão, inclusive, no acervo do Netflix e conquistaram um nicho de seguidores no Brasil. Se passar pela área K-Pop prepare-se para dançar junto a um grupo de danças.

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Como de costume, terá uma sala de RPG, no entanto esse espaço tem o intuito não apenas de ser uma sala de jogos, mas também de conseguir ensinar sobre essa cultura para os iniciantes que têm curiosidade de aprender e começar a jogar. Alunos de Engenharia Robótica prepararam uma luta de robôs construídos por eles próprios que acontecerá em outra sala do IAD. E para quem nasceu no final da década de 1980, início de 1990, terá um campeonato nostálgico de jogos retrôs, entre eles, Mega Drive, Supernintendo e Nintendo 64. Para os viciados em videogame, o Geek Pop preparou ainda uma competição acirrada de Street Fighter e Naruto.

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A feira acontece das 10h às 18h e terá uma lanchonete com opção de almoço. Às 16h, o momento é destinado aos Cosplays. Haverá espaço com espelho, maquiagem e kits para quem ocasionalmente tiver algum problema em sua fantasia. As inscrições para o concurso e o desfile devem ser feitas na hora, com premiação para os melhores cosplays escolhidos pelos jurados.

Entre palavras e croquis

Escritora juiz-forana, Natalia Batista vai lançar o livro “Todos estão destinados a morrer”, pela editora PenDragon, e dará palestra na Geek sobre sua obra e o mercado editorial no Brasil, de acordo com sua experiência. Além disso, o escritor Diego Medeiros propõe uma conversa livre sobre seu livro “Luz da Lua: a caçada do imortal, também lançado pela PenDragon.

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O ilustrador e quadrinista carioca Rafael Dantas, que trabalha com a revista “Zupi”, também foi convidado para um workshop sobre gravura e ilustração. Formado em gravura pela faculdade de Belas Artes da UFRJ, ele fará demonstração de desenho ao vivo, explicando suas técnicas e processos e como foi para chegar até seu traço e estilo atual. E ainda vai expor e vender suas ilustrações, além de levar seu portfólio para trocar ideia sobre técnicas de gravura. Atualmente está finalizando seu próximo livro em quadrinhos chamado “Urbanos”, em que a personagem principal é uma garota de cabelo rosa, líder de uma banda de rock. Tudo está sendo feito de forma totalmente independente, e os personagens e enredo são construídos com sua rede de seguidores na internet. Pretende fazer uma campanha de financiamento coletivo pela plataforma Catarse quando o livro estiver pronto.

Os quadrinhos estão entre os projetos mais bem-sucedidos quando o assunto é financiamento coletivo. A plataforma Catarse é utilizada pelos quadrinistas e é um dos nichos que mais obtêm sucesso em bater a meta. A plataforma está funcionando como uma vitrine para novos talentos de ilustradores e escritores, já que as editoras ficam sempre de olho nos projetos, varrendo e fazendo propostas para aqueles que estão reunindo um grande grupo de pessoas. Os quadrinistas, através da rede que constroem em seus perfis sociais, e como também explicou Rafael, conseguem desenvolver a história em conjunto e lançar com o apoio dos próprios seguidores, sem depender de grandes editoras.

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