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Conheça os sambas-enredos das escolas de JF

enredos
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As escolas de samba de Juiz de Fora ganham, mais uma vez, a avenida neste carnaval. E, neste ano, a Passarela da Samba voltou a ser montada na Avenida Brasil atrás do Museu Mariano Procópio. De acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora, a pista de desfiles terá oito metros de largura e 300 metros. Ela foi pensada de forma a não afetar o Rio Paraibuna, que fica bem ao lado da estrutura.

A concentração, neste ano, começa no cruzamento com a Rua Feliciano Pena, e a dispersão na altura do Clube Dom Pedro. Os setores são todos cobertos e a capacidade total da estrutura é de, aproximadamente, 2.800 pessoas por noite.

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Sábado (10), é o primeiro dia de desfiles, que começa, a partir das 20h, com a única escola do Grupo de Acesso II, a Encantos da Vila. De hora em hora, uma agremiação se apresenta. E, a partir das 21h, começa o Grupo de Acesso I, em ordem: Rosas de Ouro, União das Cores, Vale do Paraibuna, Mocidade do Progresso, Partido Alto e Unidos do Ladeira.

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Domingo (11), é a vez do Grupo Especial. Os desfiles, neste dia, começam às 21h, com diferença de 1h10 para cada escola, a começar com a União de Santa Luzia e, então, Feliz Lembrança, Real Grandeza, Rivais da Primavera, Mocidade Alegre, Unidos das Vilas do Retiro e Turunas do Riachuelo.

Na terça-feira (13), ainda tem os desfiles não competitivos, a começar com as escolas mirins, a partir das 16h, com Império da Torre, Mocidade do Amanhã e Herdeiros da Vila. Em seguida, a partir das 19h30, começa o Desfile das Campeãs, que, neste ano, volta a acontecer em Juiz de Fora.

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A Tribuna, abaixo, traz um resumo com os temas dos sambas-enredos deste ano das escolas de Juiz de Fora.

Agremiações de Juiz de Fora desfilam neste fim de semana com enredos diversos (Foto: Felipe Couri)

Grupo de Acesso II

Encantos da Vila
A única do Grupo de Acesso II sobe a avenida com o enredo “A benção, Chico Humaitá, o Pai da alegria em Monte Castelo”. A canção de Edynel, Zezé do Pandeiro, Danilo Carioca, Luiz Cláudio Gaguinho conta a história de Chico Humaitá, importante nome de Monte Castelo, onde, como cantam, foi o “pai da alegria”. A letra ainda associa a história de escola com a do homem homenageado.

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Em verde, laranja e branco
Encantos da Vila inicia sua trajetória
Retorna à Vila Quintão e encontra
A lenda viva de nossa história
A poesia está presente
Onde canta a sabiá
Se é o Carnaval a maior festa
Me lembro de Chico Humaitá

A festa junina vem pra rua
Jogo de truco e douradão
É dia de baile, sorte sua
Ases de ouro faz completa a diversão.

Devoto da Senhora do Perpétuo Socorro
Lá no Morro
Crescia a fama desse grande leiloeiro
Fundou a Banda Feminina
Mais uma façanha do genial festeiro
Tendo alma de lavrador repartia amor
Com o povo mais necessitado
Por tantas virtudes, Francisco Venâncio
Em nossos corações está guardado

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A bênção, Chico Humaitá
A ti rendo louvores, neste dia
O baluarte da cultura popular
Em Monte Castelo, foi o pai da alegria

Grupo de Acesso I

Rosas de Ouro
Com o enredo “Hoje é dia de folia meu coração quer convidar você! Pra cair na brincadeira, no balanço da Roseira, Minha homenagem é você! Quem é que faz a galera delirar?”, a Rosas de Ouro, da Zona Sul da cidade, fala sobre a luta das escolas de samba e as dificuldades de colocar as agremiações na avenida, ao mesmo tempo que exalta a folia de momo. A letra foi escrita por Juliano Alegria, André Folia, Gilberto Cabeça Ruim e Luiz Carlos CF.

Quem é que faz a galera delirar?
Quem é que faz arquibancada estremecer?
É Rosas de Ouro nos braços do povo,
Com minhas coirmãs estou feliz de novo!

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Eu sou, operário da ilusão…
Sou um bamba, sou um Rei…
Desfilei, encantei,
contos de fadas histórias contei…
Num circo brinquei de palhaço…
Tão lindo é meu mundo encantado…
Entre pierrôs e colombinas a bailar…
Arte, Cultura…
Reis, Rainhas, Romances, loucuras…
Meu carnaval, tá tão linda tá beleza pura!

Vem cantar! Vem brilhar!
Extravasar nesta folia
Brindar!
A todas escolas de samba, Rosas eu quero entregar!
A sua luta quero exaltar!

O sonho é lindo…
Dificuldades se tornam emoções
Arte no papel de seda,
Retratados em papel de pão.
Ira
Todo trabalho é levado a avenida
Com amor, e dedicação!
Com força, com garra, com fé e união…
Todos unidos num só coração!
O meu pavilhão é minha paixão!
Rosa, vermelho, dourada e azul!
Parabéns! coirmãs!
Eu sou Roseira da Zona Sul!

União das Cores
A União das Cores faz um convite à alegria, a partir do enredo “O colorido da vida nas cores da poesia”, escrito por Messias da Rocha, Paulo Correa e Betinho do Cavaco. A canção fala exatamente sobre as cores e a vitória do bem contra o mal – sempre exaltando o brilho – e a proposta: “de unir as cores, de brincar o carnaval”, contra a “intolerância e a maldade”.

O sol brilhante, um dia,
Inventou as sete cores
Que formaram sete reinos de alegria
De diferentes povos sonhadores.
Queriam só viver em paz e harmonia,
Mas, em razão do poder de um gênio mau,
Foram privados, esmagados, proibidos

De unir as cores,
De brincar o carnaval.
Intolerância, maldade, que castigo!

Trevas dominando,
A luz se findando
E junto a dor da separação,
Com raios de lua se vestiu,
Corajosa clamou, chegou a hora,
E assim a esperança ressurgiu
Com a força da princesa Aurora,
Que a espada de luz ao céu ergueu
E no mais enfurecido dos clamores
Fez feliz um novo dia acontecer
Abençoando a União das Cores.

O vermelho impetuoso das paixões,
O ondulante e cristalino azul do mar,
O amarelo brilhante dos verões,
Fizeram belo um arco-íris despertar

Vale do Paraibuna
Fazendo uma exaltação ao bar, a Vale do Paraibuna sobre a avenida neste ano, com o enredo “Mesa de bar”, composto por Ailton Damião e Amilton Damião. A letra tem na voz um amante do lugar, que afirma: “No bar a filosofia é democrática, diversidade/ Lugar de sonhar, sorrir/ Dividir felicidade”. E conclui: “Eu daqui só vou sair na quarta-feira/ E o meu amor é a saideira”.

Hoje eu quero é mais viver em paz,
E na mesa de um bar
Vestir a fantasia
Na companhia de quem sabe amar / amar, amar
Ser feliz de novo
Como se não houvesse amanhã
Cair nos braços do povo
Da minha escola campeã.

No bar a filosofia é democrática, diversidade
Lugar de sonhar, sorrir,
Dividir felicidade

Quando ela balança as cadeiras,
É para caber mais um.
Nem atrapalha
Se alguém nela chacoalha
E molha a toalha no ziriguidun

Oh! Garçom, oh garçom
Esquece aquele cafezinho
Traz a cachaça, o torresmo e o limão
O guardanapo e o chopp geladinho,
Que o bate papo tem pandeiro e violão.

Eu daqui só vou sair na quarta-feira
E o meu amor é a saideira.

Mocidade do Progresso
O samba-enredo de Paulinho Jalão e Messias da Rocha para a Mocidade do Progresso, “Festas populares brasileiras”, como o nome sugere, exalta a cultura brasileira a partir de seus costumes, adereços e histórias. A letra cita várias delas, incluindo as festas juninas, a folia de reis, marujadas e congados, até aquelas associadas a religião, como os rituais do candomblé. E finalizando afirmando: “Toda festa brasileira obedece a um ritual/ E tudo acaba em carnaval”.

Essa estrela que reluz de novo
E ilumina o povo, já é sucesso
Na passarela da cidade, com toda humildade
É a Mocidade do Progresso
Venham sonhar….

Na maior festa popular da nossa história
Nesse teatro onde nunca cai o pano
Onde o sagrado dá mais vida ao profano

Gente pulando fogueira….
Outros dançando quadrilha….
Alegria brasileira….
Que maravilha!

Folias de Reis, marujadas, congados
São festas da nossa fé
E as oferendas jogadas ao mar
São rituais do candomblé…

As velhas baianas de saias rendadas
Nas escadarias do Bonfim
Simbolizam a renovação da nossa crença
Que, com certeza, nunca terá fim

Sou caprichoso…
Sou destemido…
Eu tenho amor pra dar
É garantido
Toda festa brasileira obedece a um ritual
E tudo acaba em carnaval!

Partido Alto
A verde e rosa de Juiz de Fora, Partido Alto, tem samba-enredo escrito por Sérgio Português, Beto Português, Nilmar Romano, T’nem, Philippe Lana, Toddynho Show, Preto Benezinho, Paulinho Letra e Dieguinho Lopes. Com o tema “Patakori agabara irin. Patacori a força do ferro”, conta a história do orixá Ogum, responsável pelo domínio do ferro, da tecnologia, dos metais, do movimento e, então, co-responsável pela criação do universo. A letra é carregada de ancestralidade e, além de Ogum, fala de São João, a representação católica do orixá.

Herdeiro de Ododuwa
Filho de Iemanjá
Na criação do aye
A imensidão do Orum
Okê aró odé! Laroye Exu!
É fogo que aquece, o ferro a nascer
Senhor dos caminhos
Rei do ire
Nos dê força, na batalha
Pra vencer.

Ôôôô, Jorge é meu protetor
Ele vem da Capadócia
Vela acesa, joelho no chão
Canto forte em devoção

“Eu tenho sete espadas pra me defender”
O mal nunca vai prevalecer
“Ogum, meu pai!”
Ogum, o trilho da vida!
Um canto a ecoar
No toque do adarrum
O verdadeiro amor, Oxum!
Partideiro, tem fé!
Pode acreditar
Em sua companhia
Vamos a luta
Pra vitória alcançar!

Hoje tem xire! O chão vai tremer!
Ogunhê, Ogunhê
Convoca os ogãs da poderosa
Gira ancestral e no quilombo verde e rosa!

Unidos do Ladeira

Para celebrar os 80 anos de Zezé do Pandeiro, a Unidos do Ladeira transforma o sambista juiz-forano em enredo, a partir da composição de Edynel, Edinho Leal e Marcelo Oliveira. A canção conta a história de um dos principais compositores de Juiz de Fora, mencionando suas principais obras, grupos musicais e escolas por onde passou. “Zezé cantai por nós, um tostão da sua voz/ Faz a nossa gente te aplaudir”, exclamam.

Retornando aos braços da folia
Na esperança de um novo amanhã
O Ladeira no raiar de um novo dia
Rende tributo ao rei da voz, o bam-bam-bam
O ouro do castelo desce o morro
Seu grande tesouro, as cordas vocais
Zezé do Pandeiro sublimando melodias
Enaltece eternos carnavais

O meu boi morreu, o meu boi bumbá
Oiá zumbi, zumbi oiá
O velho Chico leva lendas para o mar bis
São versos consagrados
Na antologia popular

A boemia hoje regressa à avenida em três tempos
Faz do seu sonho, sonho meu
Posso afirmar, sem medo de errar
Ninguém gosta de botequim mais que eu
Por grupos musicais, passagens marcantes
Seus oitenta anos, brindemos então
Em um outro cenário, traçou o destino
De um brasil menino em aquarela
Na Sapucaí, seu canto ecoou
No azul e branco da Portela

Zezé cantai por nós, um tostão da sua voz
Faz a nossa gente te aplaudir
A poesia exclama: o Ladeira te ama!
Agradeço o seu existir

Grupo Especial

União de Santa Luzia

Abrindo a avenida no domingo, a União de Santa Luzia traz como enredo “A vida imita a arte: Uma história de cinema”, escrito por Sérgio Português, Nilmar Romano e Bebeto. A música conta a história da sétima arte e menciona os sucessos que ocuparam as telas de cinema tanto no Brasil quanto no exterior. “Hoje vamos viajar, nas asas da imaginação/ Com a bateria fênix, sacudindo a multidão”, sugere.

Reluziu,o cinema aconteceu
E divertindo a platéia enlouqueceu…

A vida imita a arte num sonho se entregando ao prazer
Em preto e branco fez sorrir Charle Chaplin se envolveu alegrando os corações sua mensagem tão bonita apareceu

Hoje eu vou te namorar/namorar no escurinho do cinema.
Passa o filme que passar
Seu coração vou conquistar

A arte é cultura João Carriço, um cineasta magistral
Oscarito, Grande Otelo e Anduito, Mazaropi e Os Trapalhões
Zé Mogica é o Do Caixão

Ghosthe, do outro lado da vida eu chorei de emoção
Sou avatar, um rei leão, super herói, Peter pan
Um grande personagem da ilusão

Stan Lee gênio deu vida as suas criações
A cibernética está tirando o espaço do homem a ficção está presente

Hoje vamos viajar, nas asas da imaginação
Com a bateria fênix, sacudindo a multidão

Sou um ete, um tubarão,
No enredo do cinema vivendo
Grande emoção fantasiado com união…
Reluziu…

Feliz Lembrança
A Feliz Lembrança, neste ano, com “No meu samba não perco o passo, Sou Feliz Lembrança e hoje canto a história do aço”, de Sergio Português, Beto, Léo Barroso, Nilmar Romano, conta a história do aço, a partir do enredo. O samba aborda desde sua manipulação até seu uso na avenida, além de sua importância para a evolução. “Nossa escola vai passar/ Com o batuque dos tambores/ Aço puro a desfilar”, afirma.

Eu vim lá do espaço sideral
Trazendo a força para construir
Uma dádiva perfeita
Ofertada pelas mãos do criador
E o homem com toda sabedoria
O aço logo quis manipular
Fabricando armas e ferramentas
Monumentos de um tempo medieval

Com bravura e resistência
No Egito transformou ôôô
Com chineses e africanos
Tão forte o aço inovou

No meu Brasil
Volta Redonda evoluiu
Em autos fornos
Surge a transformação
Evolução
Criando empregos
Renovação
Reciclando para vida melhorar

Vem
Mostrar a força mineral
Tecendo a grandeza do pais
Enriquecido
Feliz Lembrança conta história pra você

Oba, oba, oba obá
Nossa escola vai passar
Com o batuque dos tambores
Aço puro a desfilar

Real Grandeza
O enredo da Real Grandeza, escrito por José Mário e Serginho Matos, leva os foliões até São Luiz do Maranhão, a partir do tema “Real Grandeza na Ilha da Magia, lendas e mistérios de São Luiz do Maranhão, terra da encantaria”. A letra menciona as belezas e as magias do lugar, com o trocadilho: “É real a grandeza desse chão”.

Pairam no ar…
Contos apaixonantes
Onde tudo é fascinante
Do real a ilusão
Seus rios vão “Serpenteando” a floresta
A imaginação se manifesta
Entre delírios e emoção!
Êta lendário lugar
Nos leva a viajar
Por tudo que se diz
Tecendo um Cenário de glórias
E ricas histórias
De um povo feliz

Natureza que o nativo bordou
Um mar de belezas da ilha brotou Permeia na Aura que me seduz
A lua enfeita esse recanto de luz

Águas cristalinas
Feito Lagrimas no olhar
Sua alteza, bênção divina Impossível não te admirar
Te vejo em cada manhã
Uma guardiã desse torrão
Paixão antiga que não se cala
Tá na alma, tá na fala
A força dessa tradição
E nessa avenida encantada
Mais um página contada
Oh! doce lar do coração
Hoje sua bandeira é o nosso manto “Quem conta um conto aumenta um ponto”
Desafiando a razão

Tem folclore, tem mistério, tem magia
Vamos cantar
São Luiz do Maranhão
Mitos e lendas…
Terra da Encantaria
É real a grandeza desse chão!

Rivais da Primavera
A Rivais da Primavera, nesse ano, homenageia três mulheres importantes para a escola Maria Augusta, Regina Epiphanio e Thereza Epiphanio a partir do enredo “Rainhas heroínas guerreiras, sois soberanas hoje o samba te aclama”, escrito por Jorginho Moreira, Sidney de Pilares e Ge de Ogum. O samba fala sobre as mulheres africanas, sua força e importância na construção da história, mencionando as três homenageadas. “Bordaram seu nome na história/ Herdeiras da cultura ancestrais/ Três estrelas com brilho no olhar/ Vem com toda a negritude iluminando o meu carnaval.”

África, ventre da fertilidade
África, mãe de toda humanidade
Que gerou rainhas
com a arte do saber
deusas sacerdotisas
com a forças do poder
quilombola, defendendo a liberdade
Heroínas, na luta pela igualdade

Oi gira deixa a ginga girar
No maracatu, congado e capoeira
Gira no gire dos orixás
Oh! baianas feiticeiras

Brasil, terra cortejada
Por raízes africanas
De mulheres guerreiras
Com legado de vitórias
Ao vencer cada barreiras

Bordaram seu nome na história
Herdeiras da cultura ancestrais
Três estrelas com brilho no olhar
Vem com toda a negritude iluminando o meu carnaval

Chegou a rivais, chegou zona norte
O meu santo é forte
Sou raiz de lá
Essa é minha aldeia, é meu quilombo …sa ra vá …

Mocidade Alegre
Escrito por Leandro Santos, Paulinho Letra, Thiago Daniel, Leandro Netto, Preto Benezinho e Thoddynho Show, o samba-enredo da Mocidade Alegre tem como tema “Sou inocente, sou irreverente sou mocidade o sorriso dessa gente”. A letra fala desde a inocência de uma criança até o “jeitinho brasileiros” de ser, abordando ainda o amor que se sente pela escola: “Apostei na sorte/ E ganhei amor/ A simplicidade do riso/ Tem imenso valor”.

Chegou a hora de sorrir, vem com a gente vem sambar
A alegria vai fluir! Contagiar
O coração transborda de felicidade
Eu sou a Mocidade!

Com um sorriso contente
Uma criança inocente
Faz sua pipa voar pra lá e pra cá
Sem pensar no amanhã
Um novo dia que virá
No picadeiro da vida tem palhaçada tem sim senhor!
Com a cara pintada arrancando gargalhadas
Foi num momento festivo que encontrei meu grande amor
Fez palpitar meu coração
Eternizando nossa união

Em forma de ironia rindo à toa
Hoje estou no ar!
Sou brasileiro, debochado, irreverente
O meu “jeitinho” vai te conquistar!

Como é bom
Compartilhar momentos com você
De saúde paz e prazer
Um brinde para eternidade
Apostei na sorte
E ganhei amor
A simplicidade do riso
Tem imenso valor!
Canta minha escola
Mostra a força da sua raiz
Sou a cara dessa gente
Vem Mocidade Alegre ser feliz

Unidos das Vilas do Retiro
Alexandre Xuxú, Messias Salve Samba, MK Sullivan, 2C’s Soul da Beija-Flor, Ribeiro do Império Serrano. P. Silva, Sérgio Mineiro, Léo Corrêa e Waldemar da Silva compuseram o samba-enredo da Unidos das Vilas do Retiro neste ano, que leva o nome de “O trovador do sertão”. Nele, eles exaltam as belezas do sertão, seus filhos e paisagens, honrando, ainda, o xote, ritmo típico do lugar, e o nascimento do samba. “Do xote se faz o samba, o verdadeiro folião.”

Terra mãe!
Seus filhos sempre vão te exaltar
Lugar… onde o sol brilha mais lindo
O sorriso é mais bonito
O sabiá vive a cantar
Sou eu
A cara do povo e de meu país
Pura beleza
Natureza que me faz feliz
Às margens do são Francisco me banhar
Eu sou nordeste, um paraíso a desfrutar

Vixi, catirina
Oxente meu boi bumbá
Ora morro de amor
Ora mato pra amar
Se avexe não
Não se aperreia
A água corre pro mar
O verde e branco na veia

Eita moléstia! De Gonzaga a Melodia
Valentia de Maria
E do grande Lampião
Oh que grandeza igual bonecos de Olinda
Versos vieram de barros
“Xilografou” meu coração

Nesse agreste
De fé, axé e de luta
Valei me meu “padim ciço”

Traz poder pra esse chão
“O pai ó!”
Tempo passou ligeiro
Já é noite enluarada
É noite de São João

“Arretada”

É a cadência das vilas

Do xote se faz o samba, o verdadeiro folião

Ê zabumba ê
Ê sanfoneiro
Viola chegou!
O trovador do sertão
Cabra da peste, eu vim de lá então não teste
Eu sou Retiro lindo cordel do nordeste

Turunas do Riachuelo
Com o samba-enredo “A boemia regressa a Avenida. Um convite amigo”, escrito por Sergio Português, Nilmar Romano, Bebeto Português e Ronaldo Tropical, a Turunas do Riachuelo encerra os desfiles do domingo. Além de mencionar os 90 anos da primeira escola de Juiz de Fora, a música narra a história de um verdadeiro boêmio. “A boemia está no ar/ Olha que sensacional/ Noventa anos “dos turunas”/ Fazendo festa neste Carnaval.”

Sou eu,
Eternamente um boêmio a vagar,
Bebericando de bar em bar,
A noite é tão bela,
Vai me encantar
Garçom cheguei pra prosear

Hoje tem carteado, vou jogar
Sou malandro esperto, pra ganhar.
A jogatina vai começar,
Meu jogo é limpo, ninguém vai trapacear

Oh Damas!
Damas da noite,
Prazer e sedução.
Nas esquinas inferninhos,
Malandragem sim senhor.
No cabaré lindas coristas,
Um convite pra orgia…
Lá vem ela, minha escola tão querida
Enfeitando a folia,
São poetas, artistas e sambistas
Figurando o Panteão,
Turunas, meu pavilhão!

A boemia está no ar,
Olha que sensacional
Noventa anos “dos turunas”,
Fazendo festa neste Carnaval!

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