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Feira reúne amantes do vinil neste domingo

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Pedro Paiva e Luiz Valente, do Coletivo Vinil é Arte, além do DJ Bill, de BH, participam da feira. (Foto: Leonardo Costa)
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Em meio à geração shuffle, acostumada a misturar aleatoriamente uma coleção de canções, ouvindo o que deseja na internet ou por meio de aplicativos ao toque de apenas uma tecla, a cultura do vinil sobrevive e ganha força inclusive entre os mais jovens, que curtem possuir um objeto tão icônico quanto as canções que vêm entre suas ranhuras. Neste domingo (10), colecionadores, curiosos e amantes da música estarão reunidos na I Feira de Disco de Juiz de Fora, no Museu Ferroviário, a partir do meio-dia.

A feira é produzida de forma independente e colaborativa pelo Coletivo Vinil é Arte, com apoio e participação de artistas apaixonados por essa cultura, que estão abrindo mão seus cachês para a viabilização de um evento que visa, no futuro, entrar no circuito das feiras de disco que acontecem nos grandes centros, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

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Com característica menos comercial e mais cultural, a feira pretende apresentar um panorama mundial da cultura de discos e DJs na atualidade. De acordo com um dos organizadores e membro do coletivo Vinil é Arte, Pedro Paiva, a proposta é fazer um intercâmbio entre colecionadores tradicionais, DJs e selos musicais independentes. “A ideia é fazer uma feira em Juiz de Fora, para juntar o público mais velho, que tem material e pegou essa fase no auge, e o mais novo, que não participou dessa era, mas que curte ou tem curiosidade. Também queremos criar um diálogo entre os DJs antigos na cidade, dos anos 70 e 80, e a turma nova, trocando experiências com quem hoje faz por hobby e ensinado técnicas de como gravar um disco ou como distribuir”, afirmou.

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No local, 15 expositores de LPs da região e outros estados irão promover uma mesa redonda sobre a história da cultura DJ em Juiz de Fora. O evento contará também com mais de 20 DJs discotecando exclusivamente com discos de vinil durante as mais de 10 horas de festa, além de estandes com vendedores de bancas de vinis e de aparelhos de som antigos e raros como gravadores analógicos de fitas de rolo, amplificadores, toca-discos e vitrolas portáteis.

Grave seu próprio LP

(Foto: Leonardo Costa)

Segundo o organizador Pedro Paiva, o evento proporcionará que os visitantes saiam com seu próprio vinil com músicas autorais ou à sua escolha na mão. É que a feira contará com uma máquina de cortes de discos chamada LatheCut Lo-Fi, que possibilita a gravação de discos compactos de sete polegadas na hora, a partir de arquivos digitais em pendrives.

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A técnica utiliza-se de máquinas restauradas dos anos 40, 50 e 60 com uma agulha de gravação feita de metal duro, como na época, para realizar gravações mono. O método permite criar discos artísticos com uma diversidade de tamanhos, formatos e possibilidades de uso, oferecendo a alternativa de discos híbridos com CD e pendrive.

Para Pedro, esse procedimento possibilita que os visitantes realizem o sonho de ter sua música contemporânea no vinil, com preço acessível e baixo número de tiragens. “É uma técnica pouco conhecida no mundo, e as pessoas ficam curiosas para ver como funciona. Tem um custo de R$ 20 a R$ 50 a unidade e tem tiragem mínima a partir de uma, 10 ou 20 unidades, dependendo do modelo.”

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Os organizadores esperam que mais de 500 pessoas, de Juiz de Fora e região, transitem pelo Museu Ferroviário durante o evento. “Estamos recebendo um feedback bacana pelas mídias sociais. Eu acompanho isso há pelo menos 16 anos, participando de feiras nas grandes capitais, circulando o Brasil, e sei que a cidade é muito bem localizada e tem essa cultura”, finalizou.

I Feira de Disco de Juiz de Fora

Neste domingo (10), das 12h às 21h, no Museu Ferroviário (Avenida Brasil 2001). Entrada Franca

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