O artista plástico juiz-forano Paulo Symões apresenta uma série de obras a partir desta quarta-feira (8) no Rio de Janeiro, quando acontece a abertura da exposição “Natureza: Geometria secreta”, no Centro Cultural Correios, no Centro da capital fluminense, onde permanece até 7 de janeiro de 2018. É a segunda mostra individual do artista, após um longo período sem apresentações individuais, em que se dedicou ao aprendizado de técnicas de gravura – o que o levou a participar apenas de coletivas. “Organizei na Escola de Artes Visuais do Parque Lage um grupo nomeado “SER&GRAFIA”. Além da prática intensa de trabalhos com tal técnica, editamos um álbum com a participação de nove artistas, com lançamento e exposição dos 18 trabalhos apresentados”, conta. “Posteriormente trabalhei na gravura em metal junto a um grupo de artistas em diferentes locais, e depois num trabalho intenso em nosso atelier no bairro de Botafogo, no Rio.”
Para sua nova exposição, Paulo selecionou trabalhos que enfocam diversas fases recentes, a partir de sua proposta da revelação de formas e composições que o motivam e que ele considera merecedoras de atenção. “Acredito que toda pessoa que trabalha com arte desenvolve aos poucos, e durante muitos anos de trabalho, sua linguagem sem questioná-la necessariamente. É seu caminho natural e acompanha seu desenvolvimento. A revelação desta ‘geometria secreta’ é resultado da análise do crítico e ensaísta André Seffrin. Desde as primeiras palavras sobre o meu trabalho, também me surpreendo com estas revelações. E procuro aprender um pouco mais sobre todo o processo criativo, como – creio eu – fazem todos que visitam galerias e se interessam por arte.”
Boa parte dessa inspiração veio de um lugar mais do que próximo: os jardins de sua casa. “O olhar em sua volta leva a estes ‘achados’. É um momento importante quando cada um de nós procura compartilhar – pois penso que isto é que o artista faz – exatamente o seu cenário, o ambiente que lhe é sensível”, explica Symões, que utilizou para a série papel e tintas que considerava mais “fáceis” para obter a transparência desejada para seus trabalhos, seguido pelo uso do guache, óleo e tintas acrílicas.