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Um quarentão cheio de energia: que a vida começasse agora no Rock in Rio 2024

Rock in Rio
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O festival quarentão (Foto: Wesley Allen)

A ida a duas noites do segundo Rock in Rio, em 1991, para assistir à banda Guns´N´Roses, emblema do festival, levou o ator, diretor e produtor artístico juiz-forano Rodrigo Mangal, 49 anos, a criar, meses depois, a banda New Pigs, clássico do punk rock local, depois de assistir a shows de bandas como Billy Idol, Faith no More, Sepultura, Megadeth e Judas Priest, ao lado do amigo Rafael Senra, que também integrava a banda. “Havia, nessa época, uma vontade de ouvir e consumir rock que não era mais o rock anos 80, o pessoal já não se identificava com isso. O Rock in Rio trouxe um pouco disso, com o Faith no More, que tinha estourado com a música “Epic”, e deflagrou o movimento de bandas brasileiras, como Planet Hemp e Raimundos. E isso circulava em fitas demo, tudo impulsionado pelo Rock in Rio. Na época, não tinha tanto evento, não tinha internet e acesso às informações, o Rock in Rio fez isso pela juventude”, conta.

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New Pigs (Foto: Acervo pessoal)

Rodrigo foi ao evento com 15 anos, em uma excursão organizada pela clássica loja de discos Equinox, que ficava no segundo andar da Galeria Azarias Vilela, onde, hoje, fica um remanescente dessa cultura: Tuka’s Rock Store. “A edição foi no Maracanã, 200 mil pessoas, era uma época quando não tinha a estrutura, o cuidado e o conforto que tem hoje em dia, era muita loucura. Era um calor insuportável! Os bombeiros molhavam a gente, era o que salvava, e muitas pessoas eram retiradas, passando mal. Na entrada do Maracanã, todo mundo gritando Sepultura. Naquelas roletas de estádio,  as pessoas se espremendo, não tinha estrutura. Era muito difícil comer, beber, ir ao banheiro. Era tudo muito precário, era outro tempo. O Lobão foi colocado entre o Sepultura e o Megadeth, e levou aquela vaia histórica”, relembra.

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Laura Gavioli Terra Salgado em o beijaço no festival (Foto: Acervo pessoal)

A paixão pelo rock e pelos grandes eventos é algo que segue vivo até hoje, quando as pessoas se preparam a valer, como a social mídia, modelo e User-Generated (UCG Content Creator), Laura Gavioli Terra, 25 anos, que encomendou um vestido personalizado à estilista Babi Gouvea, da marca Crisálida, com asas. “Laura quer asas, e vou aplicar umas mangas de morcego, bem trevosas, pra mulher voar, porque ela gosta. Ela quer um vestido preto, cheio de atitude, que comunica rock. A modelagem é total moulage, vou modelando direto no corpo. Planejo usar tranças feitas a mão com umas pedrinhas bordadas” conta a designer.

Laura vai na edição do dia 14 para assistir à banda Imagine Dragons, em sua segunda ida ao festival. “Vou realizar um sonho de ver a banda ao vivo, sempre acompanhei a todos os shows pela TV e, dessa vez, não podia ficar de fora. Na última edição, fui no dia do Post Malone e me apaixonei pelo festival, pela energia que a cidade do rock tem. Parece que você entra em outra dimensão de cultura, arte e música por todos os lados.”

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Veruschka Drumond Albuquerque (Foto: Acervo pessoal)

Engana-se quem pensa que festival é diversão pensada, exclusivamente, para os muito jovens. Veruschka Drumond Albuquerque, 53 anos, vai levar os três filhos para a apresentação do Ed Sheeran. Em edições anteriores, ela já assistiu a shows de Alok, Ivete Sangalo, Justin Bieber, Seal, família Gil, Drake e Bon Jovi. A história dela no festival começou em 2017. “Eu estava na Califórnia, e meu voo era por Miami, e eu tinha comprado o ingresso. O meu filho estava fazendo aniversário e falou que queria ver o show do Drake. Eu nem sei quem é Drake, mas disse que nós iríamos. Teve um furacão em Miami, e a gente não pôde voltar. Eu consegui um voo pela Colômbia, alugamos um carro que não cabia as bagagens, amarramos tudo na parte de cima, e estava chovendo. Chegamos no Rio em duas horas, mortos de cansaço, e fomos para o Rock in Rio, esgotados, comecei a tomar um energético. Descobri que muita gente usa fralda para ficar na frente do palco e não sair. Eu fui ao banheiro e coloquei, porque a amiga da minha filha tinha levado, e não saí de perto do palco. Assisti à Elza Soares, foi maravilhoso, ela cantando sentada, um espetáculo, uma coisa assim muito especial esse momento. Vi o Gilberto Gil cantando com a família, com aquela netinha dele pequenininha, a Flor, os Gilsons. Eu já fui ao Rock in Rio com roupa de neve, meus filhos quase morreram de vergonha. Tem gente que vai de fantasia, tem gente que vai quase sem roupa, mulher que vai de homem, homem de mulher, ou seja, lá é o lugar para ir como quer. E eu fui”, relembra.

Festival completa 40 anos

Geral da Cidade do Rock (Foto: divulgação)

Este ano, o Rock in Rio celebra 40 anos de história. Nesta edição, o volume de conteúdos e experiências está enorme e impossível de se aproveitar em um único dia, com Palco Mundo, Palco Sunset, New Dance Order, Espaço Favela, Global Village, Rota 85, Supernova, “Sonhos, Lama Rock and Roll” e a Babilônia Feira Hype. O festival também oferece diversas outras opções de entretenimento, como os brinquedos.

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O evento chegará a ocupar 385 mil m² de área útil para o público presente. Além disso, serão 500 horas de música e entretenimento diariamente, com os portões abrindo às 14h e fechando às 4h.

O Rock in Rio acontecerá nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro de 2024, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro (Av. Salvador Allende, s/n- Parque Olímpico). A abertura das portas é às 14h, com último acesso permitido às 0h. Entre as atrações, estão nomes como Travis Scott, Deadmau5 e Major RD (13), Zara Larsson, OneRepublic e Imagine Dragons (14), Paralamas do Sucesso, Journey, Evanescence, Avenged Sevenfold e Deep Purple (15), Jão, Joss Stone, Charlie Puth e Ed Sheeran (19), Ivete Sangalo, Cyndi Lauper, Karol G e Katy Perry (20).

O Rock in Rio permite que você leve alguns itens que podem melhorar sua experiência, como mochilas pequenas, cangas, capas de chuva e protetor solar. Porém, há restrições para itens como garrafas de vidro, objetos cortantes, guarda-chuvas e qualquer coisa que possa ser considerada perigosa.

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