O espetáculo infantil “A menina ventania”, do Grupo Divulgação, está em cartaz com a segunda temporada. A peça, que é escrita e dirigida por José Luiz Ribeiro, marca os 50 anos de atividades do Departamento de Teatro Infantil da companhia. As apresentações são realizadas aos sábados e domingos, ao longo do mês de setembro, às 17h, no Teatro do Forum da Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O espetáculo também integra o projeto de extensão “Escola de Espectador”, que há 30 anos promove a ida ao teatro, com ingressos gratuitos, de estudantes de escolas da rede pública de Educação Básica (municipais e estaduais) e comunidades religiosas, dentre outras entidades do município e demais cidades da Zona da Mata Mineira.
Uma fábula atual
“A menina ventania” conta a história do rei Eduardo XV em sua busca para se tornar um monarca consciente e maduro, uma vez que é completamente dominado pela mãe, a Rainha Intervenção. Aproveitando o dia em que sua mãe está recebendo visitas, o Rei Dudu e seu fiel companheiro, o cachorro Clóvis, saem para um passeio pela floresta. O problema é que a dupla se perde no local.
É na floresta que o rei e o cão se encontram com a Ventania, uma personagem que representa o vento na forma de uma menina. É justamente em razão deste encontro, que o Rei Dudu, influenciado pelas ideias de Ventania, vai se transformar em um governante maduro e consciente da sua missão, que é servir ao povo de seu reino.
Depois do desaparecimento do monarca, um grupo de trabalhadores que presta serviços ao palácio é convocado com o propósito de encontrar o rei sumido. O contato com essa trupe que mantém a alegria mesmo em situações adversas, também vai contribuir para as mudanças pelas quais Dudu irá passar.
Como aponta o diretor e autor, José Luiz Ribeiro, “A menina ventania” é uma fábula sobre como o governante pode ser bem orientado quando escuta o povo. A contraposição de forças, entre a modernidade e o retrógrado, representado pela Rainha, também se faz presente.
“É a Menina Ventania que vai arejar a cabeça do rei. A mensagem é essa: os governantes precisam arejar a cabeça. Tudo isso contado de maneira que o público infantil possa entender e o adulto, refletir”, afirma.
Ainda de acordo com Ribeiro, o texto transmite alegria e deixa uma mensagem de esperança: “Nesse momento de individualismo, um grupo vai organizar o pensamento do rei. O encontro com o povo vai estabelecer a guia desse relacionamento”, pontua.