A ideia era ouvir de seus moradores uma declaração de amor a Juiz de Fora, para comemorar o aniversário de 169 anos da cidade, celebrado no dia 31 de maio. De fato, demos voz às declarações a Juiz de Fora por quem a vivencia diariamente. Para elaborar a iniciativa, esperávamos receber por volta de 30 cartas, mas encerramos a homenagem com mais que o dobro disso, com cerca de 70 participações. A colaboração de nossos leitores e leitoras foi tamanha que decidimos estender o período de publicação das cartas, que inicialmente iria até o dia 31 de maio e agora terá seu fim em 13 de junho, dia de Santo Antônio, padroeiro de Juiz de Fora. A ideia era ouvir de seus moradores uma declaração de amor a Juiz de Fora, para comemorar o aniversário de 169 anos da cidade, celebrado no dia 31 de maio. De fato, demos voz às declarações a Juiz de Fora por quem a vivencia diariamente. Para elaborar a iniciativa, esperávamos receber por volta de 30 cartas, mas encerramos a homenagem com mais que o dobro disso, com cerca de 70 participações. A colaboração de nossos leitores e leitoras foi tamanha que decidimos estender o período de publicação das cartas, que inicialmente iria até o dia 31 de maio e agora terá seu fim em 13 de junho, dia de Santo Antônio, padroeiro de Juiz de Fora.
Ao longo do mês de maio, recebemos as mais variadas expressões escritas de carinho pela cidade, relatos de vida, resgates de outras épocas, poesias, pequenos parágrafos com declarações de amor, enfim, uma gama enorme de maneiras de admirar nossa Juiz de Fora, e outras que também apontam o que pode e precisa ser melhorado. Na edição de hoje, você confere algumas das pílulas de afeto destinadas ao município que recebemos e lançamos ao mundo por aqui. Também hoje, você confere, em vídeo no site da Tribuna, a emoção da nova geração de escritores em conhecer a carta como gênero textual e dirigir as palavras que elaboraram para esta forma de escrever à cidade em que vivem. Ainda, até o dia 13, você acompanha outras manifestações de amor, carinho, gratidão e agradecimento à cidade de Juiz de Fora.
Juiz de Fora, 31 de março de 2019
Nasci em Juiz de Fora, no Bairro Manoel Honório, mais precisamente na Av. Gov. Valadares. Morávamos num sobrado, e meu pai era proprietário de um bar na loja do mesmo prédio. Passei minha infância toda ali. Era uma turma bem grande de garotada. Irmãos, vizinhas, primas. Tudo era brincadeira. Subíamos em árvores, brincávamos de pique, de mocinho e bandido, escondendo atrás de montes de areia retirada do rio, roubávamos fruta de uma jabuticabeira do vizinho dos fundos do nosso quintal e várias vezes levamos lambada nas pernas, atravessávamos o córrego que naquela época não era poluído. Mas o que mais gostava era andar de bonde. Meu tio, irmão da minha mãe, trabalhava como cobrador no bonde que fazia a linha Bonfim e que passava na avenida. Esperávamos ansiosa o bonde chegar, e aí meu tio deixava a gente subir e não pagar passagem. Íamos até o ponto final e na volta pulávamos em frente a nossa casa. Quem viveu nessa época e usufruiu desse transporte deve lembrar como era divertido andar de bonde. E, assim, declaro meu amor a essa cidade tão maravilhosa, acolhedora, tranquila.
Marialva Rinaldi
Adriana Rofino
Minha Juiz de Fora, gosto de dizer que quem te conhece não vai embora jamais. Tu és a Princesa de Minas, a menina dos olhos, a cidade que brilha. És imponente, universitária e por que não revolucionária? Carrega em teu seio um jeitinho mineiro de um povo caseiro que luta e é guerreiro. Quem anda por suas ruas, seja a trabalho ou a passeio, sente tocar a brisa suave de uma cidade que cresce a cada dia, mas nunca deixou de nos agraciar. Dizem que és acolhedora e disso não tenho dúvidas, pois tu és a cidade que a todos encanta. Minha cidade querida, por ti tenho apreço e digo do fundo de minha alma que seu lugar em meu coração não tem preço.
Escrevo esta carta, agradecendo e enaltecendo minha amada que há tantos acolheu, receba os sinceros agradecimentos de quem nunca te esqueceu.
Com amor, Michele Valle
Abraço, Bassam Iunes Antoun
Juiz de Fora, maio de 2019
É possível que eu seja a juiz-forana mais apegada a minha coordenada geográfica, viu?!
Não consigo vislumbrar minha vida sem as experiências sensoriais que o Centro da cidade sempre me oferece: cheiro de pastel de caminhão no cruzamento da Rio Branco com Itamar Franco (para mim, eternamente Independência); aroma de amendoim torrado e pipoca doce em toda a extensão da Halfeld, balões de hélio em voos sintéticos e metálicos hasteados por um vendedor ambulante sorridente na Batista com São João.
Muitas das minhas memórias auditivas foram registradas no Festival Internacional de Música Colonial Brasileira, que faz parte do calendário daqui e ao qual minha mãe me levava todos os anos.
Outro episódio que me orgulha enquanto cidadã de JF foi a vinda da Esquadrilha da Fumaça à cidade nos anos 1990. Eu era criança e parecia estar sob um efeito especial hollywoodiano. Naquele mesmo dia, descobri o quanto é bonito o céu da nossa terra-mãe. Com frequência, lá pelas 18h, ele deixa a coloração do tempo em sépia, e eu me sinto em um filme antigo.
Bom, vou me despedindo; o ônibus vem vindo e eu preciso encher os pulmões de oxigênio, porque lá dentro o ar é rarefeito.
Carolina Fellet
Parabéns, Princesa de Minas!!!
Muito feliz por fazer parte de sua história!
Lilian Reis
Querida Juiz de Fora,
Eu estou escrevendo esta carta porque gostaria de desejar-lhe um feliz aniversário pelo seus 169 anos. Amo viver aqui! Nessa cidade linda, acolhedora e com todos os adjetivos bons que existirem. Fiquei muito feliz que apareceu uma onça no Jardim Botânico! Isso mostra que a cidade do meu coração tem muita mata preservada. Tem também o Morro do Cristo. Nossa, que vista linda! Eu queria propor algumas melhorias para você ficar ainda melhor: o asfalto podia melhorar, mais árvores poderiam ser plantadas, e a poluição causada pelos carros, diminuída. Gostaria, também, que todos os moradores da cidade tivessem água abundante e tratada. Espero que consiga me atender.
Beijos,
Elisa Coelho
11 anos de vida na querida Juiz de Fora
No dia 14 de maio de 2014, eu comecei a participar das corridas de Rua de Juiz de Fora, promovidas pela Prefeitura. Até hoje, participei de mais de 24 corridas e também da última Meia Maratona. Sempre me motiva a participar das corridas na cidade, para mim é um privilégio interagir com as pessoas e com a natureza.
Juiz de Fora me inspira pela sua beleza, natureza, por suas tradições, cultura, arte. Eu sempre conto com um cenário maravilho e que me motiva a correr. Essa é a cidade que eu escolhi para viver e me orgulho de dizer que moro em Juiz de Fora, pois aqui eu encontro tudo que preciso para viver bem com minha família.
A cidade passa por crise financeira, por desemprego, quando andamos pelas ruas, vemos muitos moradores de rua, pessoas passando fome, ainda convivemos com muita miséria e falta de amor, mas tudo isso não faz da nossa cidade um lugar menor, porque aqui conseguimos viver bem.
Gerson Antonio de Almeida Junior
Auxiliar administrativo na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora
Saber que é meio-dia quando estiver no calçadão, é ser chamado de carioca do brejo, é ter rixa com a capital, é acreditar que do Morro do Cristo dá pra ver a cidade inteira, é ser província mesmo sendo de uma “cidade grande” e acima de tudo ter orgulho de saber que tanta história foi construída aqui.
Thatyanna Campos
Aqui nasci, me criei e vivi toda a minha juventude na região dos bairros Santa Terezinha e Bandeirantes. Estive por aqui até os 22 anos de idade. Depois, me mudei com minha mãe, Malvina Braga, meu pai, Ottoni Tristão, e meus irmãos para Além Paraíba. Também morei com minha família em Rio Novo. Após a morte de meu pai, que hoje dá nome ao Diretório Acadêmico da Faculdade de Odontologia da UFJF, tive dificuldades para conseguir emprego por aqui e acabei seguindo e encontrando meu caminho na pequena cidade de Guarani…
Lá constituí minha família, mas Juiz de Fora sempre esteve presente pela proximidade e pela importância que tem para todos os municípios da Zona da Mata. Anos depois, meus três filhos vieram estudar na querida Manchester Mineira e aqui fincaram suas raízes, tiveram seus filhos. Meus quatro netos, portanto, são também meus conterrâneos. E, assim, minha história retorna a nossa bela Juiz de Fora. E agora, nestes seus 169 anos, faço minha especial homenagem a esta cidade. Parabéns, querida Juiz de Fora, que você, continue no “caminho da vanguarda, do progresso estrada afora”!!!
Jorge Tristão
Aposentado
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E continua sendo a melhor cidade do país e de Minas, que continua seduzindo seus moradores e visitantes entres as montanhas e áreas verdes e comércio atrativo e variado. As ruas centrais têm galerias como em nenhuma outra cidade. Também temos posição geográfica invejável! E há muito desafio pra enfrentar e não perder a qualidade de vida de seus moradores: Segurança, Saúde, Educação, Transporte público e Mobilidade urbana!
Parabéns Juiz de Fora! Tenha muito sucesso ao longo dos anos! E somos orgulhosos por fazer parte desta história!
Bruno Sarmento
Cara JF,
Parabéns pelo aniversario próximo. É com orgulho que falo da cidade em que moro desde a barriga de minha mãe. Trata-se de um lugar com uma história bonita e cheia de riquezas.
A começar pelos patrimônios bem distribuídos no espaço físico: UFJF, Museu Mariano Procópio, Parque da Lajinha e agora o Jardim Botânico. Alguns, além de proporcionarem qualidade de vida, devido às paisagens naturais, ajudam na respiração e oxigenação dos seres vivos, também são espaços de aprendizagem com excursões escolares, esportes com atividades físicas ao ar livre, lazer com familiares e caminhadas para idosos.
Quanto ao setor de educação, tem escolas e creches desde públicas a particulares. Até locais federais e tecnológicos, como exemplo: Senac, Sesc, Senai. Várias faculdades em diversas áreas.
Para que a cidade de JF possa continuar a brilhar, é importante haver mais políticas públicas, direitos iguais à população, melhoria do transporte público e conscientização em relação ao próximo, principalmente na questão da dengue e da coleta do lixo.
Igor Santiago Rocha
Estudante, 10 anos