A 31ª edição do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, programada para julho e cancelada devido à pandemia do novo coronavírus, será realizada de forma on-line entre 21 e 30 de novembro. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (7) pela Pró-Reitoria de Cultura da UFJF (Procult). O Festival terá dez concertos gravados, sendo oito especialmente para o evento e outros dois gravados em outubro para a sexta edição do Festival Internacional de Órgão de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso, de Portugal, posteriormente transmitidos na programação do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga.
A programação, ainda semhorário definido, terá as apresentações do cravista Edmundo Hora; dos chilenos Cristián Gutiérrez, Luciano Taulis e Antonia Sanchez (alaúde, viola da gamba e oboé barroco); dos duos de cravo e flauta doce Cláudio Ribeiro e Inês d’Avena; de alaúde e flauta doce com Giulio Quirici e Isabel Favilla; de cravo e canto com Marco Brescia e Rosana Orsini; do trio de cravo, viola da gamba e alaúde formado por João Rival, Alon Portal e Beto Caserio; do trio de flautas doces com Cesar Villavicencio, Paula Callegari e Guilherme dos Anjos; e de danças barrocas com Clara Couto, Maíra Alvez, Osny Fonseca e Raquel Aranha.
Já o festival português vai ceder as apresentações do organista italiano Giulio Mercati, na Igreja Matriz de São Mamede de Ribeirão, e do também organista Marco Brescia com o Cuarteto Alicerce, de Santiago de Compostela (Espanha) na Igreja Matriz de São Martinho do Campo. Antes de cada apresentação, haverá contextualização histórica feita pelo professor de Música da UFJF Rodolfo Valverde.
Em matéria publicada no último mês pela Tribuna, a organização do evento já havia confirmado a possibilidade do festival on-line no ano em que ele completa seu 30º aniversário e também o que poderia ser realizado conforme a programação tradicional do evento, que vai além das tradicionais apresentações musicais.
O Encontro de Musicologia Histórica, que acontece a cada dois anos, terá sua 13ª edição também virtual, com painéis on-line de pesquisadores da área e temas ainda a serem definidos pela organização do festival. O tradicional livro publicado como resultado do Encontro será em formato digital, com pesquisadores da área como convidados.
As tradicionais oficinas, porém, não serão realizadas. De acordo com a organização, entre os motivos, estão a precariedade da internet no país e a qualidade do som na transmissão – em julho, além desses pontos, havia a preocupação com a dificuldade de acesso aos instrumentos pelas camadas menos privilegiadas da sociedade.