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Sandy convida público para show no Central, neste domingo

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Tom Brasil 10 12 2016 0478t Créd
Sandy acompanha todo o processo do show, desde o setlist à logística: “as pessoas percebem quando o artista faz algo em que ele acredita. Foto: divulgação
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“É como se eu tivesse abrindo a porta do meu mundo para as pessoas olharem e participarem um pouco. Eu olhei pra dentro e fui entendendo qual é o momento atual, quem eu sou hoje como pessoa, como artista, e vi o que tinha lá. Esse projeto reflete o meu mundo!”, comenta Sandy em entrevista por telefone à Tribuna, sobre o seu mais recente trabalho ‘Meu canto’, homônimo do seu DVD gravado no Teatro Municipal de Niterói em 2015.

A turnê já percorreu diversos teatros do Brasil e chega a Juiz de Fora neste domingo (9), no Cine-Theatro Central. “Eu espero que as pessoas saiam leves, felizes, com brilho no olho, com amor no coração”, diz a cantora.

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Para ela, a música tem a função e o poder de transformar o nosso estado de espírito, e afirma: “sem querer soar pretensiosa, mas se eu puder tocar as pessoas de alguma maneira e levar qualquer tipo de emoção boa para elas, vou estar muito satisfeita. Isso é o resultado mais lindo que posso ter do meu trabalho”, finaliza.

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“Meu canto” percorre e revisita um pouco dos discos anteriores de Sandy, “Manuscrito” (“Pés cansados”, “Quem sou eu”, “Ela e ele”), “Sim” (“Aquela dos 30”, “Escolho você”, “Ponto final”), relembra também sucessos da dupla “Sandy & Junior” (“Nada é por acaso”, “Desperdiçou”). A cantora faz releituras da canção “Cantiga por Luciana”, de Evinha, homenagem a seu avô, e “All Star”, de Nando Reis, além das inéditas “Salto”, “Colidiu”, “Respirar” e “Me espera”.

A última vez que Sandy veio a Juiz de Fora foi em setembro de 2007, quando ainda fazia dupla com seu irmão Júnior. Destes anos para cá, uma nova artista veio à tona, ela tomou as rédeas da sua carreira, optou por fazer um som diferente do que fazia, mais intimista. “Agora eu não sou mais 50%. Sou 100% da artista que sou. As decisões e responsabilidades estão todas em cima de mim”, conta. A cantora faz questão de se envolver minuciosamente em seu trabalho.

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“Desde o setlist, aprovação de arranjos, composição de músicas, até os mínimos detalhes, como logística do show. Eu cuido de tudo mesmo. As pessoas percebem quando o artista faz algo em que ele acredita e não só porque alguém mandou.”

O DVD ‘Meu canto’ tem direção geral de Raoni Carneiro e direção musical do seu parceiro de vida, músico e compositor, Lucas Lima. A cenografia ficou por conta de Zeca Carratu, que é amigo pessoal de Sandy. Todos os envolvidos neste projeto são, de alguma forma, próximos à artista, o que resultou em um trabalho bastante íntimo.

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Inspiração na pressão

Sandy assina 17 das 20 músicas do repertório de “Meu canto”. “O processo de composição pode ser muito variado. Não importa muito a ordem. O interessante é chegar até o fim, colocar para fora suas ideias, inspirações… Ou, então, deixar para outro momento, não se apegar. Se não ficou muito bom, deixa. Depois você faz outra, guarda essa. Quem sabe ela pode ser boa para outra coisa, para outra pessoa? O importante é colocar as ideias no papel, tentar juntar tudo e ver como faz esse quebra-cabeça.”

Depois que se tornou mãe, tempo ocioso não existe mais no seu mundo, e, para compor, ela se obriga a reservar um momento em estúdio para escrever. “Esses dias eu deixei o Theo na casa da minha mãe, dando o cochilinho da tarde, fui para o estúdio encontrar o Lucas e fiquei por lá uma hora e quinze. Fiz metade de uma música com ele, porque eu me obriguei a me inspirar. E dá certo também.”

As duas participações no DVD “Meu canto” foram do cantor Tiago Iorc e de Gilberto Gil. As canções escolhidas para fazer os duetos foram de composições dela. “Me espera”, música que cantou com Tiago, começou a ser feita em uma viagem com o marido Lucas Lima, continuou sendo escrita via WhatsApp com o convidado e finalizada em estúdio. Com o “lord da música brasileira”, assim intitulado por Sandy, Gil cantou “Olhos meus”. “Eu ofereci para ele de cantar essa que já era do disco ‘Sim’, e ele se encantou e me deu a honra de cantar uma música minha. Isso foi ainda mais especial”, relata.

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“Respirar”, atual música de trabalho da cantora, é assinada por ela e Daniel Lopes, vocalista da banda Reverse, participante do programa “SuperStar”. A canção ganhou um clipe que já ultrapassou um milhão e meio de visualizações no Youtube. Na turbulência do mundo atual, correria e a pressão do tempo, Sandy considera que a canção veio em uma boa hora.

“A situação atual do nosso país que gera tanta desesperança, tanto pessimismo. A gente tem que olhar o lado bom da vida, apreciar as coisas boas que a gente tem na vida e agradecer. Olhar o copo meio cheio e não meio vazio”, finaliza.

“Borboletas no estômago”

Com 34 anos anos, mas veterana nos palcos, Sandy se mostra realizada com com a carreira e feliz com o fruto que tem colhido com “Meu canto”. E, mesmo com mais de duas décadas fazendo música e percorrendo todo o país e exterior, lotando casa de shows, teatros e até estádios de futebol, a cantora não se acostuma com o sucesso e ainda sente aquelas “borboletas no estômago”. “Cada vez que eu marco um show, principalmente quando é um teatro muito grande, ainda fico com esse ‘medinho’: Ai meu Deus! Será que vai encher, será que vai lotar? E é sempre melhor do que espero”,finaliza.

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