Ícone do site Tribuna de Minas

Zeca Baleiro faz show em JF para comemorar os 26 anos de carreira

PUBLICIDADE

Zeca Baleiro faz apresentação no Sensorial Centro de Cultura, nesta quinta-feira (8), para comemorar os 26 anos de carreira como cantor, instrumentista e compositor. Ao longo do show, Baleiro propõe um passeio diverso e profundo através de sua discografia, trazendo canções consagradas em arranjos contagiantes, músicas de seus álbuns mais recentes e releituras feitas especialmente para a apresentação. A casa abre às 21h, e o início do show está previsto para às 22h.

O cantor maranhense é conhecido pela mistura de ritmos e referências musicais diversas, e lançou seu primeiro disco, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, em 1997. Desde então, lançou outros doze discos autorais, vários projetos especiais e oito DVDs. Dessa vez, o show também promete trazer surpresas para o público, já que o artista prepara uma série de lançamentos para marcar o aniversário da carreira. Entre as novidades,  estão singles, um EP e um disco de samba autoral, um álbum com Chico César, um talk show e um livro de memórias. 

PUBLICIDADE

Para o roteiro do espetáculo, foram incluídas canções marcantes de sua carreira, como “Telegrama”, “Flor da Pele”, “Babylon” e “Bandeira”. Além disso, entre as músicas de discos mais recentes, estão “Era Domingo” e “Ela Nunca Diz”, e também “Respira”, parceria com Chico César. “Vento de Outono” (ZB), canção que chegou nas plataformas digitais em maio, também será interpretada. 

PUBLICIDADE

O show também vai incluir “Tu Não Sabes”, que faz parte de “Canções d’Além-mar”, dedicado ao cancioneiro português e premiado com o Grammy Latino 2021, na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. Durante as apresentações em comemoração aos 26 anos de carreira, Zeca Baleiro será acompanhado de Tuco Marcondes, parceiro de palcos e estúdios, que fica responsável pela guitarra e vocais do show.

‘Arte é um artigo muito importante na nossa vida, essencial’, ressalta o artista (Foto: Diego Ruahn)

Já são 26 anos de carreira. O que mudou durante todo este tempo na música que você faz?

PUBLICIDADE

Ih, mudou muita coisa. Na minha música e no mercado também, né? Acho que experimentei bastante coisa no início da carreira – mistura de ritmos (tão cara à minha geração), disco folk acústico, disco mais eletrônico etc etc. Isso me deu muita liberdade, a partir desse início discográfico. Hoje me sinto à vontade pra fazer qualquer coisa, tipo um disco de pop e outro de samba no mesmo ano, como farei agora, marcando estes 26 anos de carreira.

Por que continuar sempre trazendo mistura de ritmos musicais e de referências? De que forma isso contribui para a sua identidade musical?

PUBLICIDADE

Esse sou eu. Mas também passei a me interessar mais pelos gêneros “puros”, digamos, com o passar do tempo. Além do disco de samba, preparo um projeto de forró para o ano que vem. É desafiador também trabalhar com a genuinidade dos gêneros, respeitando origem e tradição.

Como é a experiência de revisitar músicas importantes em sua carreira, fazendo releituras especialmente para os shows? 

O show é um momento de entrega, de explosão, gosto muito de estar no palco. E tenho um repertório razoável já, que me permite variar setlists a cada show.

PUBLICIDADE

De que forma você relaciona a música, a composição, a literatura e todas as formas de arte na sua vida?

A arte sempre fez parte da minha vida. Nasci e cresci numa casa cultural, entre discos, livros, conversas sobre arte e cultura, pensamento humano. Então foi de certo modo natural a minha escolha por esse caminho. Arte é um artigo muito importante na nossa vida, essencial. 

Você lançou na sexta-feira (2) “De longe toda serra é azul”, em dueto com a cantora Daíra. Como foi essa experiência e como surgiu a música?

PUBLICIDADE

A canção foi feita para o documentário homônimo do cineasta Neto Borges, inspirado livremente na vida e obra do indigenista mineiro Fernando Schiavini, a ser lançado em breve. Para escrever a trilha, passei uns dias na aldeia da etnia Krahô, no Estado de Tocantins – foi uma experiência incrível. O documentário e a canção têm o nome “roubado” da autobiografia de Schiavini sobre suas andanças por várias aldeias indígenas brasileiras, desde os anos 70 até bem recentemente. Gostei tanto da canção que resolvi lançá-la independente do filme. Chamei a cantora niteroiense Daíra, de quem sou fã, pra dividir os vocais comigo.

Seu EP será lançado em julho. O que o público pode esperar de novo nas músicas que estão por vir?

O EP virou álbum rs. Serão pelo menos 10 canções. O público pode esperar canções de amor e revolta, sempre com ternura e algum veneno. E ainda tem novidades pra este ano. Além do lançamento do EP de inéditas, lanço um cd de sambas autorais e um cd em parceria com Chico César. No prelo também estão um talk show/podcast e um livro de pequenas memórias.

O que te motiva a continuar fazendo música no Brasil?

Necessidade de participar da vida coletiva do país, vontade de comunicar com as pessoas, emocionar, divertir e fazer pensar.

Sair da versão mobile