O ano de 2023 foi aquele em que o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) mais distribuiu direitos autorais de execução pública a compositores e artistas brasileiros e estrangeiros, que tiveram suas músicas tocadas no país. De acordo com o escritório, no total, R$ 1,3 bilhão foi distribuído no último ano para mais de 323 mil integrantes da cadeia produtiva da música, o que foi um recorde e representa ainda uma marca para a gestão coletiva musical no Brasil. Esse valor apresenta um crescimento de mais de 12 % em relação a 2022.
O levantamento do Ecad ainda dá conta de que o segmento que apresentou maior expansão em 2023 foi o de shows. Naquele ano, o Brasil recebeu diversas apresentações que forçam isso, como as de Paul McCartney, Taylor Swift e The Killers, além de festivais, como o The Town, que impulsionaram e foram fundamentais para levar o segmento ao crescimento de 128% nos valores destinados à classe artística, ainda em comparação ao ano de 2022. Mais de 62 mil shows e eventos foram licenciados pelo Ecad em todo o país.
De acordo com o Ecad, o streaming, que engloba áudio e vídeo, também esteve em evidência na distribuição de direitos autorais em 2023. O de áudio teve crescimento de 57,85% e o de vídeo, 23,16%, em comparação a 2022. Já o de música ao vivo, teve aumento de 57%, ainda em comparação ao ano anterior. Por outro lado, os segmentos de TV e de cinema, que empataram com uma queda de 24%.
Em nota encaminhada à imprensa, a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, pontuou o que espera de 2024: “Acredito que 2024 ainda será um ano de batalhas no digital, pois novas plataformas chegam a cada dia no país e as negociações para o pagamento dos direitos autorais não são fáceis. O mercado de shows deve seguir com um grande volume de eventos e temos que manter nossas campanhas de conscientização, além de reforçar o entendimento sobre o licenciamento de shows e o envio dos roteiros musicais por parte dos organizadores”.
Também na última semana, o Ecad divulgou as músicas mais tocas em shows pelo Brasil. Confira a lista.
As músicas mais tocadas no Brasil em 2023, de acordo com o Ecad:
– “Leão” – Xamã
– “Coração cigano” – Luan Santana / Lucas Santos
– “Eu gosto assim” – Rafa Borges / Francisco Araújo / Junior Pepato
– “Erro gostoso” – Lucas Souza / Flavinho do Kadet / Felipe Marins / Gabriel Angelo / Eliabe Quexin / Edson Garcia
– “Haja colírio” – Mateus Candotti / Wendell Mello / Lucas Ing
– “Beijo de glicose” – Kito / Rafaela Miranda / Isabella Resende / Gustavo Martins
– “As it was” – Samuel Johnson / Kid Harpoon / Harry Styles4
– “Traumatizei” – Felipe Kef / Nudoze / Gabriel Angelo / Thales Lessa
– “Bombonzinho” – Renato Campero / Robison Jf / Matheus Araujo / Leo Soares
– “A culpa é nossa” – Rafa Borges / Gabriel Angelo / Lari Ferreira / Diego Silveira
– “Te amo demais” – Cesar Lemos / Karla Aponte
– “Flowers” – Miley Cyrus / Michael Pollack / Gregory Aldae Hein
– “Oi balde” – Elan / Greg Neto / Bruno Cesar
– “Fala mal mim” – Gabriel Cantini / Luciano Lima / Lucas Medeiros / Marco Esteves / Dj Ivis
– “Termina comigo antes” – Alex / Cristian Luz / Bruno Cesar
– “Hold me closer” – Cirkut / Ann Orson / Andrew Watt / Bernie Taupin
– “Basiquinho” – Henrique Moura / Tunico Moura / Henrique Tranquero
– “Nosso quadro” – Rodolfo Alessi / Marco Carvalho
– “Palhaça” – Junior Sillva / Elcio Di Carvalho / Waléria Leão / Vinni Miranda / Gui Prado / Bia Frazo
– “Cuida da sua vida” – Mateus Candotti / Lucas Ing / Thales Lessa / Matheus Costa