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‘Assinado, Téo’, de volta aos palcos

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O espetáculo é sobre diversidade, família e amor, mas a história tem foco no Téo e nas suas descobertas na terra de Labris (Foto: Divulgação)

Lá em 2018, sentindo o impacto de tanta coisa mas sem nem imaginar que em 2020 um outro desafio se imporia, Lucas Nunes observou o que tocava seu corpo e o que tocava o corpo de seus alunos. Ele juntou as percepções e decidiu escrever “Assinado, Téo”: um espetáculo que só não rodou mais por causa da pandemia. A peça, da Companhia Eita!, agora volta a circular tanto na cidade quanto nos festivais de teatro da região neste ano, a começar neste fim de semana, com sessões marcadas de sexta a domingo (neste último dia o espetáculo terá acessibilidade em libras), sempre às 19h30, no Teatro Paschoal Carlos Magno. Os ingressos podem ser comprados no link.

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Antes de falar sobre a peça, Lucas, que faz sua direção e dramaturgia, prefere contar a história da Eita!. A companhia surgiu em 2018 a partir de alunos do Gente em Primeiro Lugar. Lucas, que fazia parte da coordenação de equipe do programa da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), decidiu que era hora de “virar uma chavinha” e montar, realmente, um grupo teatral com aqueles quase adolescentes. “A vontade era de ter um teatro de grupo mesmo”, explica.

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Quarenta e três pessoas se interessaram em construir a Eita!. Vinte e cinco foram selecionadas e, então, realmente, tiraram esse desejo de Lucas do papel – desejo esse que se tornou coletivo, de todo mundo. É por isso que “Assinado, Téo” é uma peça fruto do coletivo. Lucas, para escrevê-la, passou a analisar seu o redor, o que ele percebia, o que os alunos falavam, as descobertas daqueles adolescentes, os processos dos corpos: tudo isso foi inspiração. “É de todos a peça. Era muita vontade, muitos desejos e muitas mãos.”

Para Lucas, o espetáculo é sobre diversidade, família e amor. Mas a história tem como foco o Téo e as suas descobertas na terra de Labris. O enredo fala sobre as mudanças nesse lugar mágico que passa por situações nada agradáveis. Téo, que é brasileiro e em suas pernas nascem folhas, chega a terra e fica encarregado de ajudar na criação de um futuro melhor para o povo de Labris.

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Para contar isso, no palco, tem 22 atrizes e atores que ainda interpretam mais de um personagens. É muita gente unida, trocas de roupas, mas isso não impediu que o espetáculo fosse apresentado em festivais. Ele, inclusive, já ganhou diversos prêmios desde a direção à trilha sonora. E, agora, a ideia é fazer com que ele circule ainda mais.

De 2018 para cá, muita coisa mudou. Parte do elenco que estreou a peça ainda é o mesmo. A maior mudança foi de Téo: o ator que fazia o personagem se mudou do Brasil e, agora, uma menina é quem assume esse papel, Maria Antônia. “Foi um desafio tanto para mim quanto para ela, eu acredito, mas fiquei feliz em ver como ficou”, afirma Lucas.

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Agora, iniciado a temporada de 2023, Lucas acredita que a peça ainda tem muito o que colher. “Todo espetáculo de teatro tem sobrevida. Ainda continua contando história. Quando a gente foi avaliar se ia voltar, pensou no tanto de coisa que colheu e pensou: ‘Por que não?’. É isso que dá vida ao grupo.”

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