Nesta sexta-feira (6), o músico, compositor e instrumentista Sergio Mendes, 83 anos, morreu em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde reside desde os anos 1960. A causa da morte não foi revelada pela família. Sergio é o músico brasileiro que mais fez sucesso nos Estados Unidos, em todos os tempos, tendo colaborado com grandes ícones do jazz, como Herb Alpert e Cannonball Adderley, artistas do pop, como Stevie Wonder, Justin Timberlake, Black Eyed Peas e John Legend e da MPB, como João Donato e Hermeto Pascoal. Ele lançou 35 álbuns em 60 anos de carreira, ganhou o Grammy e foi indicado ao Oscar, em 2012, pela música “Real in Rio”, trilha da animação “Rio”, feita em parceria com Carlinhos Brown.
Sergio nasceu em Niterói (RJ), em 11 de setembro de 1941, e se mudou para os Estados Unidos em 1964. Ao todo, o pianista levou 14 músicas ao top 100 americano, quatro delas nos anos 1980 e dez nos anos 1960. O pianista já ficou duas vezes no top 4 do ranking da revista americana “Billboard: em 1983, com “Never Gonna Let You Go”; e 1968, com “The Look of Love”.
Sua gravação mais conhecida: “Mas que nada”, de Jorge Benjor, foi lançada em 1966. Quarenta anos depois, em 2006, a música foi remixada pelo Black Eyed Peas com participação do próprio Sergio, o que apresentou o músico às novas gerações. O último disco foi “In the Key of Joy”, de 2020, criado a partir de colaborações com outros artistas como João Donato, Hermeto Pascoal e Guinga. Ele deixa a esposa, Gracinha Leporace, e cinco filhos.