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JF Rock City celebra os 40 anos do Festival de Rock de Juiz de Fora

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BERNARDO TRAAD DIVULGACAO
São, ao todo, oito shows por dia, trazendo um panorama do rock da cidade para comemorar esse marco de 40 anos de expansão do gênero em Juiz de Fora (Foto: Flashback/ Divulgação)
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É como se no dia 13 de agosto de 1983 uma semente tivesse sido plantada. Por causa desse dia, quando aconteceu o primeiro Festival de Rock de Juiz de Fora, o cenário musical da cidade foi se alterando, sobretudo o rock. Aos poucos, novas bandas foram surgindo e, com elas, a necessidade de que mais festivais fossem criados para dar conta da movimentação que acontecia nessas terras e atingia toda região. Anos depois, surge o Festival de Bandas Novas, já como um dos frutos daquele primeiro grande festival. O JF Rock City, que também é fruto de tudo isso, veio em seguida, em 2007, e, neste ano, recupera toda essa história, em sua 16ª edição, que começa nesta quinta-feira (7) e segue até domingo (10), na Praça Antônio Carlos.

São, ao todo, oito shows por dia, trazendo um panorama do rock da cidade para comemorar esse marco de 40 anos de expansão do gênero em Juiz de Fora. A ideia, de acordo com Luqui di Falco, um dos produtores e idealizadores do JF Rock City, foi selecionar bandas que conversem com a proposta do evento, com esse viés histórico, e que, além disso, estivessem com uma comunicação pelas redes sociais atualizada, ou seja, acompanhando o tempo e as necessidades do agora. “Ao mesmo tempo que tem banda estreando, a Fúria, por exemplo, tem a Ossiação, que, inclusive, participou da primeira edição do Festival de Rock de Juiz de Fora. O evento mescla isso de ser um porta-voz do rock na cidade com uma herança musical”. A curadoria ainda teve o cuidado de se abrir às diversas vertentes do rock e mostrar suas várias formas de manifestação.

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Além dos nomes contemplados pela organização, o JF Rock City abriu, em suas redes sociais, uma votação para escolher outras quatro bandas da cidade para fazer parte da programação e abrir os dias de evento. “A gente fez isso porque entende que é uma prestação de contas, uma forma de mostrar a nossa maneira de realizar essa curadoria e, além disso, ter uma voz democrática, democratizar ainda mais o festival”. De sexta-feira passada até domingo, as bandas puderam ser votadas pelo Instagram. As que tivessem mais curtidas seriam selecionadas. Sendo elas: The Red Lips, Basf, Orion e Código 32.

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Dessa forma, a programação fica assim, sempre começando às 14h: na quinta-feira, se apresentam Código 32, Ecoos, Helgi, Legrand, Libertá, Big Dog Daddy, Excêntrica e Obey!, com after, no Bar da Fábrica, com Berilo e Sherocks. Na sexta-feira, Orion, Minério, Broken Gate, Ian Sad, Kymera, Black Butterfly, Sensorium e Glitter Magic, e after com Cocada e Valla. No sábado, Basf, Mad Monkey, Void, Broken Pieces, Acoustic n’ Roll, Madhu, Martiataka e Roça Nova, depois Berilo e Pâmela Andrade. Por fim, no domingo, The Red Lips, Fúria, Out Shell, Kyndra, Ossiação, Eminência Parda, Chapeleiro Maluco e RockStory, com festa de encerramento no Bar da Fábrica.

O JF Rock City acontece ao ar livre. “Porque o rock se consolida dessa forma, aberto a todo mundo, basta ver os grandes festivais. É um ponto de encontro, e tudo isso com o sol, o vento, o rock.” E, mesmo assim, eles mantêm o festival abraçando causas solidárias. Quem puder doar um quilo de alimento não perecível (menos sal e fubá), ganha uma pulseira que dá direito à entrada aos espaços complementares do evento: o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), onde vai ser montado um lounge com mais conforto, com Wi-Fi, banheiro exclusivo, quitutes e água, além de uma exposição e de um espaço artístico, e o Bar da Fábrica, onde tem atividades todos os dias, após o último show na praça. É preciso, a cada dia, realizar uma nova doação para ter acesso a esses espaços ao longo da programação.

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“Décadas de decibéis”

O CCBM vai sediar a exposição “Décadas de decibéis: Os 40 anos do rock de Juiz de Fora”. É uma galeria com as fotos e os itens que registram essa história e mostram a transformação do rock na cidade. Ela é assinada pela Flashback e fica no centro cultural até o final do mês. Já o ateliê Vitor Merij apresenta trabalhos artísticos de juiz-foranos. “Nossa ideia é homenagear o Vitor Merij, que foi nosso parceiro, e a ideia é expor, não é vender. É dar voz aos artistas da cidade”, afirma Luqui.

No final das contas, tudo tem uma simbologia. O JF Rock City comemora os 40 anos do rock juiz-forano no lugar onde o evento começou a fazer parte dessa trajetória, no centro Bernardo Mascarenhas. “E a gente lembra que lá em 2007 era difícil achar seis bandas para compor o festival, hoje é difícil escolher só 32, de tanta banda que tem na cidade”. Usar o 32, inclusive, faz referência ao código usado em Juiz de Fora, para reafirmar essas raízes. Até a identidade visual do festival foi alterada para fazer menção ao Festival de Rock de Juiz de Fora, aderindo, de maneira moderna, ao sol que marcou o cartaz. É, para Luqui, uma forma de honrar quem veio antes e seguir movimentando o encontro dos rockeiros da cidade, seja aqueles que apreciam ou que sobem aos palcos.

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