O trailer da da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Juiz de Fora (Apac/JF) já está instalado no Parque Halfeld. E isso é um anúncio: mais uma Campanha de Popularização do Teatro e da Dança se aproxima. Começa, neste domingo (6), a temporada com 37 espetáculos durante todo o mês de agosto, espalhados por diversos pontos artísticos e culturais da cidade. Esta é a edição que comemora os 20 anos de realização da Campanha, trazida à cidade pela Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc-MG). Além das peças teatrais, o evento conta com apresentações musicais, oficinas e o Festival de Cenas Curtas.
Este é, ainda, um ano de renovação da Apac, que produz a Campanha, com uma nova diretoria formada. Danyela Silvério é quem está presidente da associação. Para ela, essa nova formação garante novos ares ao evento. “A gente, com essa nova diretoria, reuniu nomes que já faziam parte com outros que chegaram agora. Todos, inclusive, são atuantes no movimento teatral da cidade. Mesmo com essa renovação, esses nomes que continuam contribuem de forma a manter o que já funciona para a Campanha há tempos. Enquanto os novos trouxeram uma vontade diferente de fazer e compor esse cenário.”
Ao mesmo tempo, esta edição de 20 anos é uma forma de olhar para trás e ver a história que a Campanha construiu sobretudo no fazer artístico não só de Juiz de Fora, mas de toda a região. Isso, de acordo com Danyela, foi essencial para pensar na programação, e acontece até de maneira orgânica. São os próprios produtores que inscrevem suas peças no edital lançado pela Apac anteriormente. Mas os inscritos, hoje, estampados na arte que colore o trailer da Apac, são um retrato de todo esse caminho. “É uma edição muito festiva. A gente vê produtores que fizeram parte da primeira ou da segunda edição que, por algum motivo, não participaram mais e agora retornam e, ao mesmo tempo, pessoas que participam desde o começo. E, ao olhar para trás, vê todas as mudanças no setor e a popularização que a campanha possibilitou.”
Mas, como presidente, Danyela deixa claro que tudo isso é construção. A recorrência das atividades da campanha, que teve seu maior tempo sem ser realizada na pandemia, mostra o fôlego que ela traz para o teatro da cidade. “E é uma construção porque isso tudo parte de um projeto de valorização do fazer teatral. Ele é rico na cidade. Quando chega a Campanha traz isso tudo à tona: mostra como é maravilhoso o teatro de Juiz de Fora.” Maravilhoso e diverso, como aponta a própria programação deste ano.
As peças voltadas para o público infanto-juvenil foram reforçadas. E isso tem um motivo. “A gente reforça que a formação de público vem da base, das crianças e dos adolescentes que começam a acompanhar a Campanha e não param mais. Sem contar o público que acompanhar desde o começo. É uma troca bem bacana”, acredita.
A Campanha, de certa forma, ainda lida com os resquícios da pandemia. “Um dos maiores é no que tange os espaços que foram fechados e ainda não foram reabertos, ou então produtores e prestadores de serviço que trocaram de atividade e também não voltaram. O próprio público na edição passada ainda estava receoso. Mas esse ano a gente percebe que ele volta a entender esse movimento dentro da cidade. São esses percalços oriundos de um tempo nebuloso que a gente vai lidando, dando a volta por cima, e o teatro mostra que é possível.”
Todo esse processo é como um ciclo: popularizar o teatro é mostrar que ele é acessível e possível de ser feito; dessa forma, mais pessoas se tornam atores, mais companhias são abertas, mais peças são encenadas nas cidades. “E, em cada ano, a gente vê que pode mais. Pode acolher mais pessoas e encontrar novas formas de ver e de fazer teatro. Essa é a mágica do teatro: ele continua com o tempo, resiste porque tem um público e, se depender disso, não acaba.” O que contribui para isso, também, são os valores acessíveis das entradas: R$ 10 (meia) e R$ 15 (inteira), que podem ser adquiridas no trailer de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h, aos sábados, das 10 às 19h, e aos domingos, das 14h às 19h. Na portaria, o valor varia: R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira) ou R$ 20 (meia), R$ 40 (inteira).
Oficinas
Importante na formação dos artistas são as oficinas oferecidas pela Campanha. Neste ano vão ser quatro: “Alimentando meu-eu artista”, com Vinícius Cristóvão; “Commédia del’arte ao palhaço”, com Marcos Marinho; “Interpretação para cinema e TV”, com Arielle Teles e “Signos de negrura em cena – Reelaboração e reminiscências da negrura para a construção de teatros negros em Minas”, com Fernando Valério. Além disso, Dauá Puri oferece uma vivência de saberes indígenas “Encantando, contando e cantando a história do povo puri”. As inscrições podem ser feita no trailer.
Dentro da Campanha, vai acontecer o Festival de Cenas Curtas, no último fim de semana de agosto. Ele conta com um edital específico. Os produtores são convidados a encenar cenas curtas: sejam elas que fazem parte de uma peça, ou que estão em processo de escrita, apontando para o que vai surgir ali. “É mais uma forma de fortalecer os produtores e artistas da cidade”, acredita Danyela. Outras informações podem ser conferidas também no trailer.
Confira a programação completa
6 de agosto (domingo):
16h – Peça infantil “A cigarra e a formiga”
Local: Teatro da Praça Céu
16h – Peça infantil “Café com rosquinha”
Local: Cine-Theatro Central
19h – Stand up “Esse é o meu show”
Local: Cine-Theatro Central
20h – Stand Up “Como fracassar na vida e ser infeliz no amor”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
21h – Stand up “Aliviado”
Local: Cine-Theatro Central
10 de agosto (quinta-feira):
16h – Peça infantil “Criança tem cada uma”
Local: Teatro Solar
20h – Peça de comédia “Pra ser bela a coisa fica feia”
Local: Teatro Solar
11 de agosto (sexta-feira):
18h – Peça infantil “A morte do boi”
Local: Teatro Solar
19h – Peça de drama “As mãos de Eurídice”
Local: Museu Ferroviário
20h – Contação de história “Lá nas minas: Contos de lavandeiras”
Local: Teatro Solar
20h – Stand up “Noite de comédia”
Local: Sociedade Filarmônica
12 de agosto (sábado):
16h – Peça infantil “Assinado, Téo”
Local: Teatro da Praça Ceu
16h – Contação de história “Tube da tchurma”
Local: Sociedade Filarmônica
17h – Peça infantil “A menina ventania”
Local: Forum da Cultura
18h – Fábula “João e Maria”
Local: Sociedade Filarmônica
19h – Peça de drama “As mãos de Eurídice”
Local: Museu Ferroviário
19h – Peça de comédia “Pra ser bela a coisa fica feia”
Local: Teatro da praça Ceu
13 de agosto (domingo):
16h – Peça infantil “A cigarra e a formiga”
Local: Musseu Ferroviário
16h – Contação de história “Tube da tchurma”
Local: Sociedade Filarmônica
16h e 18h – Peça infantil “Bruxos ou fadas?”
Local: Teatro da Praça Ceu
17h – Peça infantil “A menina ventania”
Local: Forum da Cultura
19h – Peça de drama “As mãos de Eurídice”
Local: Museu Ferroviário
15 de agosto (terça-feira):
19h – Musical “Uhtl’ana – Os sons da viola de Taquara”
Local: Tenetehara Instituo Cultural
17 de agosto (quinta-feira):
20h – “Bye bye Bangú”
Local: Teatro Solar
18 de agosto (sexta-feira):
18h – Peça infantil “A morte do boi”
Local: Teatro da Praça Ceu
19h – Peça autobiográfica “Infância – Caixas da memória”
Local: Museu Ferroviário
19h – Peça de drama “Seu Zé”
Local: Tenetehara Instituto Cultural
20h – Musical “Eles e a mineira – Um tributo a Clara Nunes”
Local: Cine-Theatro Central
19 de agosto (sábado):
16h – Peça infantil “Criança tem cada uma”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
17h – Peça infantil “A menina ventania”
Local: Forum da Cultura
19h – Peça de drama “Seu Zé”
Local: Tenetehara Instituto Cultural
19h – Peça de comédia “Escuta aqui, seu ladrão”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
19h – Peça autobiográfica “Infância – Caixas da memória”
Local: Museu Ferroviário
21h – Peça de drama “A loucura de Eva”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
20 de agosto (domingo):
16h – Peça infantil “Circo de só ele”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
16h – Peça de comédia “Espetáculo Mágico”
Local: Museu Ferroviário
16h – Contação de história “Tube da tchurma”
Local: Teatro da Praça Ceu
17h – Peça infantil “A menina ventania”
Local: Forum da Cultura
18h e 20h – Peça de drama “O marinheiro”
Local: Museu do Crédito Real
19h – Peça autobiográfica “Infância – Caixas da memória”
Local: Museu Ferroviário
19h – Peça de drama “Seu Zé”
Local: Tenetehara Instituto Cultural
19h – Peça de comédia “Mágicas e tonteiras”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
21h – Stand up “Deu pojo”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
25 de agosto (sexta-feira):
19h – Peça de drama “Orixás, flores e amores”
Local: Museu Ferroviário (sala de multimeios)
20h – Peça de drama “Entre 4 paredes”
Local: Museu do Crédito Real
26 de agosto (sábado):
16h – Peça infantil “Assinado, Téo”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
17h – Peça infantil “A menina ventania”
Local: Forum da Cultura
18h – Contação de história “Lá nas minas: Contos de lavandeiras”
Local: Museu Ferroviário
18h – Peça de drama “O marinheiro”
Local: Museu do Crédito Real
19h – Peça de comédia “A professora aloprada”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
19h – Peça de drama “Orixás, flores e amores”
Local: Museu Ferroviário (sala de multimeios)
20h – Peça de drama “Entre 4 paredes”
Local: Museu do Crédito Real
21h – Peça de comédia “O novo anormal”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
27 de agosto (domingo):
16h – Peça infantil “Café com leite”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
16h – Peça infantil “Chapeuzinho vermelho”
Local: Cine-Theatro Central
16h – Peça infantil “Criança tem cada uma”
Local: Teatro do Museu Ferroviário
16h – Contação de história “Tube da tchurma”
Local: Teatro da Praça Ceu
17h – Peça infantil “A menina ventania”
Local: Forum da Cultura
19h – Peça de drama “Orixás, flores e amores”
Local: Museu Ferroviário (sala de multimeios)
19h – Musical “Romaria”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
20h – Peça multilinguagem “Pedepoesia”
Local: Cine-Theatro Central
21h – Peça de comédia “Mineiros on the beach”
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno