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Memorial Itamar Franco ganha maquete do Caic feita por Ramon Brandão

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Confeccionada como um diorama, maquete de Caic foi criada por Ramon Brandão após pedido do ex-ministro Murílio Hingel (Foto: Divulgação)
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O Memorial da República Presidente Itamar Franco realiza nesta terça-feira, às 10h, a solenidade que marca a doação de uma maquete feita pelo artista plástico Ramon Brandão de uma das unidades do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic), programa educacional iniciado durante a gestão (1992-1994) do ex-presidente. O projeto – um diorama, que ficará em exposição permanente no primeiro andar do Memorial – foi realizado após pedido do ex-ministro da Educação, Murílio Hingel, responsável pela doação. Logo após a cerimônia – que integra a programação da 6ª Semana Nacional de Arquivos -, Hingel vai participar de um ato público e conversar com o plateia a respeito da iniciativa, que teve seu embrião ainda no governo do ex-presidente Fernando Collor, afastado após um processo de impeachment.
Ramon Brandão conta que foi procurado por Murílio Hingel em outubro do ano passado, quando apresentou ao artista plástico a proposta de executar um objeto museal que representasse o projeto educacional implementado durante os pouco mais de dois anos em que Itamar Franco esteve na Presidência da República.
“Apesar de fechados em função da pandemia, fui até os Caics para ter um entendimento maior da realidade física das construções. Acabei optando por fazer não apenas uma maquete, mas um diorama, inspirado nas formas arquitetônicas originais, cores, volumetrias, disposições espaciais, de modo a capturar também um pedacinho da vida em torno das escolas nos bairros da periferia de Juiz de Fora, revelando aspectos da situação cultural e o uso das comunidades em questão”, explica.
Diretora do Memorial Itamar Franco, Daniella Lisieux destaca que os Caics foram um projeto “extremamente representativo” do governo Itamar Franco, que ela lembra que já buscava incentivar a educação básica desde a época em que foi prefeito de Juiz de Fora.
“Ele levou isso para a presidência. O Caic que conhecemos hoje com aqueles prédios robustos, aquela pirâmide tão representativa do projeto, foi apenas o início de um projeto maior, que era o Pronaica (Programa Nacional de Atenção à Criança e ao Adolescente”, que substituiu o programa “Minha Gente”), um projeto inovador para a época e que integrou os três níveis de governo (federal, estadual e municipal) e deu à população uma nova modalidade educacional. E ainda teremos a oportunidade de conversar com o Murílio Hingel, que foi ministro da Educação do governo Itamar e é memória viva dessa história.”

O projeto

A ideia dos Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente surgiu no início da década de 1990 como estratégia de enfrentamento oficial a situações de vulnerabilidade em países subdesenvolvidos, que o Governo federal procurou adotar na época como uma forma de combater a ausência de acesso ao processo de aprendizagem formal e à assistência integral no âmbito da educação. No caso do Brasil, ele foi integrado ao programa “Minha Gente”, depois substituído pelo Pronaica.
Juiz de Fora recebeu duas unidades do Caic: a do Bairro Santa Cruz recebeu o nome da ex-professora da UFJF Núbia Pereira Melo, e a do Bairro Nova Era recebeu o Colégio Militar. Implantada posteriormente, pode ser considerada uma terceira unidade a que foi construída no Bairro Linhares, que homenageia o professor Helyon de Oliveira, também ex-docente da UFJF.

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