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Arena Music traz Forfun, Nando Reis e Natiruts a JF

nando reis canta hits e as cancoes do novo album sei

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Nando Reis canta hits e as canções do novo álbum,
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Nando Reis canta hits e as canções do novo álbum, “Sei”

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Em turnê de divulgação do disco “#NoFilter”, o Natiruts traz velhas canções e novas releituras

Com o novo álbum, “Nu”, o Forfun mostra variedade de influências

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Nando Reis começou sua trajetória nos anos iniciais da década de 1980, com os Titãs, uma das mais representativas bandas do BRock, autora do lendário disco “Cabeça dinossauro”, cujo tom agressivo e a forte crítica social está expressa em músicas como “Bichos escrotos” (de Arnaldo Antunes, Sérgio Britto e Nando), “Homem primata” (de Ciro Pessoa, Marcelo Fromer, Nando e Sérgio Britto) e “Polícia” (de Tony Bellotto). Seu recomeço aconteceu no início dos anos 2000, quando saiu dos Titãs para seguir em carreira solo. Nesse período, começava a se fortalecer na cena a brasiliense Natiruts, capitaneada pelo vocalista Alexandre Carlo e pelo baixista Luis Maurício. Com “Liberdade pra dentro da cabeça”, “Deixa o menino jogar” e “Presente de um beija-flor”, a banda de reggae se aproxima bastante da mais recente sonoridade do Forfun. O quarteto carioca foi formado em 2001, mas foi em meados dos anos 2000, quando encontraram o produtor Liminha, também descobridor do Natiruts e dos Titãs, que decolou. Dona de sucessos como “Quem vai, vai” e “Largo dos leões”, a banda é uma das convidadas do “Arena music”, evento que coloca os três no mesmo palco, em apresentações distintas, nesta sexta, no La Rocca.

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Ele sabe das coisas

“Sei”, o sétimo disco de estúdio e décimo da carreira de Nando Reis demarca, segundo fãs e crítica, que de fato o músico sabe tudo do universo musical. E não poderia ser diferente, afinal, foi uma grande aposta sua ao lançar o trabalho de maneira completamente independente. Fora da Universal, o ruivo desenvolveu ainda mais sua sonoridade, ao lado da banda Os Infernais, e confirmou sua simpatia com o público. Para o crítico musical Mauro Ferreira, do Notas Musicais, trata-se de um disco de amor. “Sabe, quando a gente tem vontade de contar/ a novidade de uma pessoa/ quando o tempo passa rápido/ quando você está ao lado dessa pessoa/ quando dá vontade de ficar nos braços dela/ e nunca mais sair”, canta o músico na canção que dá nome ao álbum.

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“Coerente com o passado musical do ex-Titã, o repertório autoral de ‘Sei’ – disco vendido somente através do site oficial do artista – apresenta alguns rocks turbinados com pegada e guitarras proeminentes”, pontua Mauro Ferreira. Tudo deu tão certo que o álbum ganhou um DVD, “Sei como foi em BH”, lançado no ano passado. Flertando com diferentes estilos, do rock ao reggae, Nando Reis se apresenta um cantor de muitas nuances, que se entrega ao palco de forma visceral, como foi sua última apresentação em Juiz de Fora, em 2013.

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Sem filtro e sem medo

Era para ser um simples show, transmitido pela internet, mas tudo cresceu e ganhou nova forma. A apresentação feita em 25 de janeiro desse ano, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, se transformou no CD e DVD “#NoFilter”. Como não foi pensado para que ganhasse a posteridade, e não contou com repetições, figurinos e cenário especiais, a produção exalta a espontaneidade e recusa tratamentos pós-edição. Não há filtros no recente trabalho do grupo. “Natiruts reggae power” e “O carcará e a rosa”, bem como outros hits não ficam de fora. “Onde as ondas quebram”, a única inédita, fala de amor mas também diz muito do álbum em seu refrão: “O tempo está a correr, e a vida não espera quem não quer viver”, canta Alexandre Carlo.

Surpresa na carreira da banda, a interpretação de “Zóio de lula”, do Charlie Brown Jr., “Faroeste caboclo”, do Legião Urbana, e “Mensagem de amor”, do Paralamas do Sucesso, surgem demonstrando a força de outras referências que não o reggae. A julgar por “#NoFilter”, o show da banda que é uma das mais tradicionais e populares no reggae nacional, promete ser contagiante, indo dos temas “paz e amor” à exaltação de uma filosofia que a todo momento fala de felicidade.

Cheios de amigos

“Funk, reggae, rap ou hardcore, são muitos amigos não me sinto só”, canta o Forfun em “Muitos amigos”, uma das faixas de “Nu”, disco lançado em outubro pelo quarteto carioca. “Aos dezessete cheirava loló/ Rolezinho de skate na Praça do Ó/ Hoje eu fumo maconha, mas não cheiro pó/ Salve Mussum, Bezerra e Dicró/ Raul e Tim Maia eu já sei de cor/ Curto um metal, mas danço um forró”, continua a banda, exaltando na faixa a mistura de ritmos que compõe sua musicalidade. O rap cita, ainda, Tom Jobim, Criolo, Ponto de Equilibro, Deadfish e Rzo. De fato, Danilo Cutrim, Rodrigo Costa, Vitor Isensee e Nicolas Christ parecem ter se desnudado no novo álbum. Expoentes da cena indie, os jovens, meio surfistas e meio roqueiros, não se limitam ao rock que lhes deu visibilidade. Eles passam por diferentes estilos.

“Escolher nota para avaliar um trabalho tão multifacetado se torna tarefa meramente protocolar. Mais misturado, social e povão do que nunca, o Forfun provou novamente que fugir do protocolo é com eles mesmo”, escreveu o crítico Marcos Andrade, do “Tenho mais discos que amigos”, demonstrando o vigor de uma formação que deve esquentar a noite dessa sexta.

ARENA MUSIC

Nesta sexta, às 22h

La Rocca

(Avenida Deusdedit Salgado 2.400 – Salvaterra)

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