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Onde acontece a cena underground de Juiz de Fora

OAndardeBaixo
OAndarDeBaixo, na parte baixa da Floriano Peixoto: espaço para experimentações da arte em suas diversas formas (Foto: Felipe Couri)
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Morar em Juiz de Fora tem se tornado uma nova experiência. Digo isso com a percepção de que ser uma garota que curte cultura é saber que as bandas mais legais, as performances, os teatros de pesquisa das pequenas companhias, as publicações independentes, os filmes de vanguarda circulam constantemente pela cidade, porém nos secretinhos sobrados e casinhas fora da rota, que abrem mês a mês por aqui. O que está sendo produzido de arte e cultura em Juiz de Fora, basicamente, só acontece no “underground” — termo que é ressignificado após a internet, tornando-se obsoleto se equilibrar em binarismos anti-mainstream. Mas a parada é: parece fazer muito sentido, aqui, usar o underground de Juiz de Fora para entender o que está rolando hoje e agora na cidade. Ainda que, em vez dos porões, estes lugares estejam muito mais nas sobrelojas de áreas industriais ou no baixo Centro.

Quando OAndarDeBaixo abriu, há menos de dois anos e meio, foi uma ação aventureira de se abster de vários caminhos para se dedicar inteiramente à pesquisa teatral do Corpo Coletivo, que usa o grande salão da Floriano Peixoto 37 como residência artística e espaço de formação. Em pouquíssimo tempo, a própria andança de artistas visuais, fotógrafos, videomakers, DJs, músicos fez desse encontro uma possibilidade de incrementar o uso do lugar.

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Lembro-me de uma das primeiras festas BANG!, organizada pelo DJ Gramboy, em que parecíamos estar em um documentário da Netflix sobre a cultura da black music, com uma galera estilosa dançando, até todo mundo ficar suado, coreografias lindas, entrega, e a rua inteiramente tomada de gente. Depois, Rafael Ski, que entrou junto a Hussan Fadel, Carú Rezende e Vinícius Cristóvão na ideia, passou a testar suas pesquisas mais tecnológicas nos próprios eventos, colocando projeções sensíveis ao movimento, nas pistas, e, neste mês, acaba de abrir a instalação “Faceless – Sem Face” nesse local que coexiste, no sentido de tudo acontecer simultaneamente.

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Vizinhos do Cine VIP, ao lado das esquinas conhecidas pela prostituição, OAndarDeBaixo surge com o conceito de subterrâneo impregnado em seus ideais, tanto é que, logo na inauguração, uma exposição fotográfica de ralos, da Gia Gianasi, estava na parede azul. Percorri os olhos por aquelas grades estreitas sendo pisoteadas, todas enferrujadas, e pensei que ali também tem muitas brechas, e é ali que as produções são ventiladas e se fazem acontecer. “As coisas nunca estão acabadas, elas estão sempre acontecendo. A gente não quer fazer produtos artísticos. A gente quer, efetivamente, fazer poesia em qualquer forma que a gente se sinta confortável para experimentar, por isso chama OAndarDeBaixo: espaço antropofágico de criação”, explica Hussan.

“Make Jufas great again”

Subindo em direção à Avenida Getúlio Vargas, dobrando à esquerda, ande dois quarteirões e chegue à esquina com a Rua Halfeld, então é só descer novamente e encontrar um sobrado verde com sacadas estilo… (eita, espera, não sei nada de arquitetura). Mas o Centro em torno da Praça da Estação é um dos poucos lugares da cidade onde as construções originais ainda se mantêm de pé. E foi nesse entorno de vendedores ambulantes de goiabas esculpidas, sexy shops e lojas populares que a Necessaire se fez presente querendo trazer de volta o conceito de inferninho para Juiz de Fora, ou “Jufas”, como a cidade é carinhosamente apelidada.

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A ideia é poder ver bandas do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Espírito Santo sem precisar sair daqui, mas sim integrando este espaço cultural na rota das turnês. É só subir as escadas, e literalmente uma casa de cômodos ganhou novas possibilidades de ser habitada pelas pessoas mais estranhas da cidade. Uma loja colaborativa, um estúdio de tatuagem, um estúdio para ensaio ou gravação de bandas, um ambiente lounge com sofá e giz para riscar as paredes, um cômodo destinado à discotecagem alternativa, que é o verdadeiro espaço “boate” para dançar, e a sala maior, com um som montado no chão destinado aos shows. Os banheiros, se estivessem dentro de museus, facilmente seriam instalações à parte.

Necessaire, na Halfeld parte baixa, recebe bandas alternativas, como a capixaba My Magical Glowing Lens (Foto: Necessaire Sessions/Divulgação)

O slogan não é usado apenas pela Necessaire, que tem esse nome por querer colocar de tudo um pouco ali dentro, mas também pelo Vernissage, grupo de skatistas de Juiz de Fora, que lança no próximo dia 11 um novo vídeo de skate, e pelo estúdio de criação Inhamis, que apoia o sobrado e grava sessions das bandas que passam pela casa. A última lançada, no dia 31 de julho, foi com a Basement Tracks e está disponível no canal do YouTube “Necessaire Sessions”. “A gente grava sessions das bandas, gera um material muito bom para elas e é gratuito, com a ideia principal de as pessoas assistirem e se perguntarem: ‘Onde é isso? Juiz de Fora? Não sabia que tinha alguma coisa lá'”, explica Pablo Pessanha, à frente da organização e criação de todo o conceito que envolve a Necessaire. Consequentemente, à medida que forem postando estes vídeos, haverá um registro de uma época, sejam de bandas locais e/ou que passaram por aqui. “A gente não quer fazer uma cena. A gente só quer curtir. É lógico que a gente trabalha, mas se divertindo”, comenta dizendo que é uma lógica total antiempreendedorismo. “A gente gosta muito é de ‘catequizar’, fazer as pessoas conhecerem coisas que elas não conhecem. Mostrar para os outros algumas referências”, diz Pablo.

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A Necessaire é uma decorrência do Ratos na Praça, um evento com música, zines e uma pista de dança que se estabelecia nas praças. “O público surgiu por causa do Ratos na Praça, que era um rolê de rua, com som grátis, aí acabou o Ratos, e eu falei: ‘tenho que continuar’. Tinha a necessidade de ter um rolê que não existia em Juiz de Fora, na rua. Só que na rua não existe mais, não tem como, é muito burocrático, então partiu daí a minha ideia de ter um espaço”, conta Pablo.

“Aqui está virando quase um mini shopping”, disse Jorge Luiz, tatuador que tem uma sala no espaço. “Só que a entrada é bem antimarketing, é bem escondidinha. É só para quem quer e sabe o que vai ouvir”, complementa, lembrando, que, embora não tenha vivido a juventude dos anos 1990, sabe que em Juiz de Fora tinham diversos bares musicais, muitas bandas circulando, além do antigo DCE, relembrado por Pablo, espaço que cumpria esse papel do “underground” e onde rolava rap, poesia, hardcore, tudo misturado. “Eu fui percebendo que com o tempo esse tipo de coisa se limitava ao Bandas Novas, ou você ia para um barzinho que já era específico de banda. Acho que, de um tempo para cá, começaram a abrir outros lugares, como a Canil Recs, a Necessaire, OAndarDeBaixo. Tem muitos lugares que estão querendo fazer esse mesmo esquema do ‘Make Jufas Great Again'”, observa Jorge.

“Não somos concorrentes de nada, mas somos uma gangue, todo mundo produz arte, cultura e todo mundo está apostando em Juiz de Fora sem precisar deixar a cidade. O Jorge, por exemplo, não precisar sair daqui para tatuar e tentar a vida na cidade grande”, comenta Pablo sobre a ideia de “bairrismo” atrelada ao movimento que gira em torno do espaço. “Eu não pretendo sair de Juiz de Fora, e nenhuma das pessoas envolvidas nisso pretendem sair. Então a gente quer fazer com que aqui aconteça o rolê.”

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Acabou a moda do barzinho

“A gente não aguenta mais ficar em pé, na área VIP do Krismara, tomando cachaça”, fala Jorge. A ideia de sentar, tomar cerveja e conversar alguma porcaria tá caindo por terra, cada vez mais os “jovens” querem absorver alguma coisa, uma música, uma sessão de cineclube, uma exposição, performances teatrais, ou até mesmo ir a uma feira, um brechó e tomar cerveja como consequência do rolê. Nesse olhar ainda empírico, parece muito mais proeminente casas autônomas e culturais sobreviverem de cultura do que bares sem nada a mais a oferecer sobreviver de vender “birita” cara. A ideia de espaços como estes, que comecei a mapear por aqui — e certamente tem infinitos outros escondidinhos — é se autossustentar a partir da visão de que a arte, na contemporaneidade, se adapta esteticamente a qualquer ambiente. Por isso, uma só porta, ainda que sem placa, pode levar a uma intensa vivência de experiências e experimentos dos próprios grupos ou gangues, que, a partir de uma necessidade própria, abrem suas casas para o encontro com a cidade.

“Insuportavelmente pub”

Outsiders Pub Café, na Morais e Castro, busca a estética noir em diálogo com a cultura beat (Foto: Olavo Prazeres)

Na Rua Morais e Castro 547, traçada pela boemia, o Outsiders Pub Café vem se criando há cerca de um mês e meio. O espaço é um compact pub, que busca otimizar os pequenos lugares da cidade, iniciativa de uma produtora social, chamada DOMO. Inspirada em mini cafés europeus, onde os aluguéis são exorbitantes — e a tendência dos ambientes compactos é crescente —, a Outsiders quer dialogar com a calçada e até fazer parceria com os botequins vizinhos. Todo conceito da decoração e sonoridade está sendo pensado por René Eberle, que busca uma estética noir e que converse com a cultura beat dos anos 1960, dialogando com as subculturas que persistem. “Garagem, post punk, shoegaze, dream pop, noise pop e estéticas dos anos 1960 que, apesar de dialogarem com o pop, mantêm sua autenticidade e nunca são incorporadas por completo. São estéticas lado B, por isso denominei de Ousiders”, explica René.

Quase que o nome vira Outsiders Beat Pub Café, para ser ainda mais específico nas tags que comportam o sobrado. René vem do meio acadêmico, fez mestrado e quer dialogar com o público universitário. “Vão rolar discotecagem e apresentação semiacústica intimista, além de lançamento de livros de editoras independentes, eventos literários, projeção, filme, jazz em vinil. À tarde, será um café feito com técnicas tradicionais, junto a um espaço com livros. E, à noite, o café vira pub, insuportavelmente pub!”.

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Há 20 anos morando em JF, além do Outsiders, René foi convidado a assumir a produção cultural de uma casa no alto da rua sem saída São Paulo 48, no Paineiras. “É uma casa construída por um cara chamado Tibério, onde ele mora e aluga para pensão, só que ele começou um estúdio semiprofissional, tem uma área aberta, vários cômodos inacabados, e me procurou para fazer ali funcionar de alguma forma. Fazendo uma pesquisa do ambiente, ali é naturalmente bem alternativo, underground, pelo fato de estar inacabado. Então a ideia foi fazer eventos ligados à cultura underground”, disse René sobre a noite do dia 21 de julho, inauguração da Kaza Cultura, em que três bandas locais de sonoridades diferentes dividiram a noite. “As bandas de rock nesse viés de garagem estão diminuindo, eu quis aproveitar a predisposição do lugar de já ter uma estética trash, de algo que ainda está em construção, e colocar estes sons para tocar. O Canil Recs e a Necessaire são espaços que não deixam esse nicho underground desaparecer. Acho importante esses espaços dialogarem cada vez mais”, reflete Renê.

Morar e abrigar artistas

Os moradores Nicolle, Daniel, Luiz e Tata abrem para eventos a casa conhecida como Bananal, no Ladeira (Foto: Leonardo Costa)

Imagina um filme da década de 1990, com uma banda, que depois da escola ensaiava na garagem da casa dos pais. O Canil Recs causa essa experiência, porém Everton Surerus, músico e produtor musical, alugou a casa onde morava com sua mãe e montou um estúdio completo para gravar seus próprios sons, além das bandas dos amigos e amigas. As paredes de madeira e a presença de vários moradores cães dão a ideia de o estúdio ser um canil de músicos famintos por compor e gravar. Não há um dia em que eu tenha entrado em seu estúdio e não tenha visto Everton sentado de frente à mesa de som, com um programa de gravação e edição de áudio rodando. A abertura da Canil Recs foi um marco para a cena underground juiz-forana, porque tornou-se ainda mais fácil a possibilidade de as bandas gravarem EPs, singles e discos com uma boa qualidade e sendo assessorados pelo maestro do Canil. O espaço também abre as portas para eventos de pequeno porte, para bandas da cidade, e também de fora. Até mesmo a Samira Winter, vinda de Los Angeles, chegou a se apresentar no estúdio, que tem aumentado aos poucos a agenda de eventos. A parte da garagem fica destinada a banquinhas de produtos das bandas, pequenos expositores e troca de ideias da moçada. O cardápio é latão com batata-frita, já as edições que antecedem este capítulo foram de shows no quintal, com um palco cimentado e vizinhos lançando coisas pela janela.

Saindo do centro e arredores, uma casa no Bairro Ladeira, abriga quatro moradores destinados a conviver, morar, plantar, criar e fazer de um gramado, cheio de bananeiras, um espaço para circulação de cultura. Tata Rocha, Luiz Peterman e Daniel Corrêa são arquitetos; Nicolle Bello é desenhista e pintora (além de ter uma banda com a amiga de casa, a Tatá Chama e as Inflamáveis). “Antes de tudo, é uma casa, tem essa dinâmica de todo mundo morar junto. Isso é um aspecto que influencia muito até em como vão se desenvolver os eventos”, explica Luiz. O que desejam é que cada evento tenha um papel social, gere alguma discussão, e pretendem incluir a comunidade do Ladeira para usufruir do Bananal. “É a minha casa, mas ao mesmo tempo eu posso receber pessoas e fazer a cultura da cidade fluir”, conta Nicolle. “Aqui já teve teatro, oficinas de tinta e terra, shows, palestras, sarau, agora vamos fazer o Cine Bananal, um projeto novo”, complementa Tata.

O Canil Recs funciona como estúdio de gravação e casa de shows (Foto: Marina Costa)

Se autointitulam Ciganos Tropicais, por quererem unir vários tipos de cultura, sempre atrelada a uma brasilidade, e entendem este momento em Juiz de Fora, de cultura escoada à margem, como uma possibilidade de aqui ser um lugar de permanência. “A cidade exporta muita cultura, muita gente boa sai daqui para crescer em outros lugares, e aqui acaba ficando defasado”, observa Peterson. “Eu acho ótimo que tenham outros lugares abrindo, a ideia é que sejam espaços com baixo custo, para que as pessoas consigam frequentar”, disse Luiz. Nos eventos do Bananal, apenas culinária artesanal de pequenos produtores, incluindo a cerveja, entra na casa. “A gente está bem no eixo dos grandes centros do Sudeste, e eu vejo que a circulação de arte poderia ser bem maior”, diz Nicolle, pensando também sobre a diversificação do próprio público da cidade, que precisa sair de um único nicho. “A gente tem uma elite intelectual que circula em vários destes espaços, como OAndarDeBixo, Uthopia, Bananal e que é sempre mais ou menos a mesma galera, e a gente vai tentando agregar mais gente, mas é um processo.”

O encontro de uma geração de novos criadores

Sala de Giz, na Rua Mariano Procópio, é um espaço dedicado às artes cênicas (Foto: Olavo Prazeres)

OAndarDeBaixo surgiu de um encontro do Corpo Coletivo com o Espaço Manufato. A partir da oficina “Pessoas Extraordiárias”, o grupo enxergou o potencial da relação dos indivíduos com a cidade, e como aquele lugar, exatamente onde estão hoje, é potente. O teto do lugar, físico, é chão para uma igreja evangélica. Por isso o nome. Uma analogia que dialoga com o profano proposto pelo grupo. Para além da concretude, os conceitos que ajudam no processo criativo de seus experimentos teatrais têm tudo a ver com a marginalização daquela quase esquina com a Francisco Bernardino.” A gente quer pegar a poesia da sujeira, a poesia esquecida nos cantos, as poesias que não estão às claras, na superfície, e a fazer aquilo sair pelos ralos, virar luz”, conta Hussan Fadel. Abriram ‘OAndar’ mas ainda sem saber como utilizá-lo de maneira efetiva e constante. Foi por meio das oficinas oferecidas pelo Corpo Coletivo que estabeleceram um ‘encontro’ com diversos outros criadores. “Juiz de Fora está em um momento muito profícuo de criação artística. Em vários sentidos, meios, linguagens e manifestações têm pessoas fazendo trabalhos muito sérios. No teatro, a Letícia Nabuco, do Diversão e Arte, faz um trabalho muito sério, assim como os meninos da Sala de Giz (Bruno Quiossa e Felipe Moratori)”.

A iniciativa do OAndarDeBaixo certamente encorajou outras iniciativas, ainda que não tenham sido os precursores, conseguiram reunir uma gama enorme de artistas. “A moçada está querendo conviver. O lance é encontro. E aí vem a arte, essa potência que a gente é domesticado para matar. Quando convivemos com outros artistas, a gente alimenta esse animal, que, para mim, é o instinto criativo. A fagulha para essas coisas estarem acontecendo é um contexto que exige que a gente tome medidas radicais em nossa expressão”, reflete Hussan, citando o grupo de dança Remiwl Street Crew, relembrando do “RISCA”, que reuniu mais de 30 pessoas desenhando modelo vivo. “Também nas artes plásticas, visuais, tem muita gente. Tem o Rafael Ski, e hoje mesmo eu vi que o Matheus De Simone foi aprovado para expor no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Muita gente bacana ocupando este espaço para criar. Acho que aqui foi um suspiro, abraçou as pessoas. As coisas estão acontecendo nos sobrados, essas articulações se dão de forma marginal. Tem que adaptar, e isso vai afetando a nossa prática, nosso fazer”.

 

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