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Lei Murilo Mendes recebe recorde de projetos

lei murilo mendes by gil veloso
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Depois de dois anos cancelada, a Lei Murilo Mendes retorna em 2019 com o maior número de projetos inscritos de toda a sua história: 474. O recorde até então era da edição de 2005, que recebeu 399 inscrições. A última edição, de 2016, recebeu 193 propostas. O novo recorde acontece justamente na edição que também apresenta o maior orçamento: R$ 1,5 milhão. Encerradas nesta quinta-feira (3), após um dia extra de plantão, as inscrições privilegiaram o ambiente virtual, outra novidade este ano. Foram 319 projetos inscritos via site, frente às 155 presenciais. “Ter tanta inscrição on-line já é uma resposta positiva”, avalia a gerente de Fomento à Cultura da Funalfa, Tamires Fortuna. “Tivemos um retorno muito bom do processo, das inscrições on-line, das oficinas. O edital mudou muito, tentamos trazer uma linguagem mais direta, com a informação de forma mais clara para o produtor. O formulário de inscrição também trouxe esse perfil, com perguntas para nortear cada tópico. Com isso já recebemos muitos elogios”, acrescenta.

A prevalência das áreas de literatura e música se mantiveram como as de maior interesse. Enquanto a primeira reúne 144 propostas, cerca de 30% do total, a segunda agrupa 87 projetos, o equivalente a 18% das inscrições. Artes cênicas, artes visuais e design, audiovisual e cultura popular e urbana dominaram cada uma com cerca de 10% dos projetos, enquanto a área de memória e patrimônio recebeu 6% das inscrições, e outras áreas, 5%. Creditando a uma renovação da classe artística, Tamires afirma já ser possível identificar um novo perfil entre os proponentes. “Tanto nas oficinas de elaboração de projetos quanto nos plantões tira-dúvidas, vimos que tem muitos nomes novos e muita gente nova em idade”, observa.

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‘O recurso está garantido’

Ainda que o número de projetos tenha mais que dobrado em relação à última edição, que também apresentava metade dos recursos deste ano, a quantidade superlativa de projetos pode não alterar o cronograma. “Estamos correndo para evitar alterações no cronograma. É um número que já esperávamos alto por conta das novidades e pelos dois anos sem acontecer a lei, mas não temos uma métrica exata para apontar em quantos dias vamos fazer tudo. Dependemos dos pareceristas e dos recursos que podem ou não acontecer”, pontua o diretor geral da Funalfa Zezinho Mancini. “Estamos colocando uma força-tarefa aqui na Funalfa para que o resultado saia o mais rápido possível. É de nosso interesse que até o final de dezembro consigamos divulgar o resultado”, acrescenta ele.

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De acordo com Tamires Fortuna, os projetos estão em fase de análise documental e o primeiro resultado deve ser lançado já na próxima semana. Novidade no edital, a possibilidade de retificação dos documentos antecederá, então, a análise dos pareceristas. “Só pode chegar na Comic depois que passa por todas essas fases”, explica Zezinho, referindo-se à Comissão Municipal de Incentivo à Cultura, órgão que reúne Poder Público e classe artística. “Assim que a gente conseguir liberar os resultados, nossa expectativa é que a primeira parcela já seja paga”, sugere Tamires. “O recurso está garantido. Já conversei com os secretários da Fazenda e de Governo e com o próprio prefeito Antônio Almas sobre isso e está confirmado”, garante o diretor-geral.

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