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Para marcar os 170 anos de Juiz de Fora, comemorados no último dia 31 de maio, a equipe do Arquivo Central da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com o Laboratório de Pesquisa em História e Arquivologia (LaphArq) e colaboradores da universidade, prepararam uma série de postagens que homenageiam a cidade com curiosidades, imagens e histórias. “Nós do Arquivo Central temos um acervo muito rico sobre a história da cidade, mas pouco conhecido. Então o Laboratório surgiu como um meio de fazer essa divulgação”, diz a arquivista Alessandra Germano sobre a proposta.

Porém, com o início da pandemia do novo coronavírus, não foi possível realizar a inauguração do espaço. “O LaphArq não foi inaugurado oficialmente, mas não queríamos ficar parados. Então, durante esse isolamento, começamos a entrar com atividades on-line, produzindo “cards” sobre arquivologia e divulgando aos poucos. Com o aniversário da cidade, começamos a trabalhar em depoimentos contando algumas curiosidades para atrair uma visibilidade maior.”

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Um dos convidados a contribuir com esses depoimentos é o historiador e professor Clever Salles, que possui grande ligação com a história de Juiz de Fora. “Eu sou nativo e sempre fui apaixonado pela cidade. Quando entrei na faculdade, tive a oportunidade de trabalhar em vários setores da Prefeitura, da Câmara e em projetos da UFJF ligados à história da cidade.”

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De acordo com o historiador, os textos foram elaborados pensando em informações que fossem ainda desconhecidas pela maioria. “Como em todo aniversário de Juiz de Fora a gente costuma ouvir as mesmas histórias, eu misturei duas linhas: o pioneirismo da cidade em alguns pontos e a questão dos antigos nomes das ruas. Decidi produzir algo mais ligado a curiosidades, que poucas pessoas sabem, porque achei que isso chamaria mais atenção.” Confira alguma das histórias:

Cristo Redentor

“O Cristo Redentor que fica em Juiz de Fora, ao contrário da maioria dos que existem no país, não tem os braços abertos como a imagem mais famosa e copiada que fica no Rio de Janeiro, por um motivo bem simples: a imagem juiz-forana é mais antiga que a do Rio de Janeiro, tendo sido inaugurada em 1905, enquanto que a imagem carioca foi inaugurada em 1931. O monumento juiz-forano é o primeiro do gênero no país.”

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O monumento foi construído a partir de 1902 e
inaugurado em 1905 (Foto: Acervo Roberto Dilly/Acervo)

O filho do Mascarenhas

“Outra história interessante é que um dos filhos do Bernardo Mascarenhas passou por uma janela e viu uma moça por quem se apaixonou. Prometeu que se se casasse com ela faria a iluminação do Cristo. Conseguiu e cumpriu a promessa. Ele também construiu o casarão que a gente costuma chamar de “Castelinho da SEG” com piscina aquecida, coisa pioneira na época, para morarem”.

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“Nevou” em Juiz de Fora

“A chuva de granizo, acompanhada de uma ventania que derrubou árvores e levantou telhados de algumas casas e comércios, marcou a memória dos juiz-foranos. Durante a chuva, o barulho das pedras de gelo batendo nos telhados era amedrontador, motoristas escondiam seus carros debaixo das marquises, dividindo espaço com pedestres surpresos com o que viam, algumas janelas e telhas não resistiam às ‘pedradas’ e quebravam, passageiros de dentro dos ônibus olhavam espantados pelas janelas. Após a tempestade, o acúmulo de gelo foi tanto que em alguns pontos da Rua Espírito Santo tampava pela metade os pneus dos carros. As pessoas caminhavam com dificuldades, algumas escorregavam no gelo, motoristas já imaginavam o prejuízo, passando a mão sobre o teto dos veículos. Comerciantes e moradores verificavam seus telhados, crianças montavam ‘bonecos de neve’ e eu registrava um dia histórico da minha cidade. Quem presenciou aquela tarde branca tem uma história para contar”.

Chuva de granizo em 5 de setembro de 1985  (Foto: Acervo Mauricio Lima Correa)

Saiba mais
Arquivo Central da UFJF – instagram: @arqcentralufjf

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