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Cartas a JF: Uma cidade cultural por natureza

cartas a jf domingo
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Olá Juiz de Fora,

Ontem estive pensando em você. Passei ali, em frente ao Fórum da Cultura admirando a arquitetura. Linda! Conservada! A vida era mais tranquila para quem viveu lá naquela casa, né? Outras épocas. Não dá nem para imaginar as pessoas na varanda, conversando calmamente e as crianças correndo de lá pra cá.

Descendo mais um pouco, me causou tristeza ver o estado em que se encontra o Palacete Santa Mafalda-Grupos Centrais. Outro exemplar de arquitetura monumental, ocupando quase um quarteirão inteiro. E ainda por cima contando um período da história. Sua e do Brasil, não é mesmo? Pois você acredita que está completamente abandonado? Um péssimo retrato encravado bem no centro comercial. Uma pena!

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Para amenizar a tristeza, li, pela internet nos jornais, que foi inaugurado um amplo e magnífico Jardim Botânico, lá na Mata do Krambeck. Ah! Que delícia passear pelos jardins. Parque da Lajinha, do Museu Mariano Procópio e agora somos brindados com mais um espaço de lazer A gente sente falta do contato com a natureza. Ainda mais com a vida corrida que levamos atualmente.

Mudando de assunto, olha que ideia eu tive. Olhando o Rio Paraibuna, de cima da ponte, ali na Rua Halfeld, me encantei com a paisagem emoldurada por uma árvore frondosa e repleta de flores cor-de-rosa. Por um momento, me esqueci da pobreza que habita por debaixo daqueles vãos. Comentei com a minha sobrinha, a Claudinha, lembra dela? _ Ali naquela relva poderia ter um café e um ancoradouro. Alguns ‘ferry boat’ poderiam navegar transportando passageiros até a Zona Norte. Gostou da minha ideia? Romântica, né? Lembra Paris! Nunca fui. Você sabe. Morro de medo de avião. Rimos, eu e Claudinha, pensando no Café. As capivaras poderiam comer o nosso lanche! Ai, Ai! Como voa a imaginação…

Apesar de não ter nascido aqui, vivi ótimos momentos! Estou me lembrando da época em que cursei a Universidade. Uma festa! Como ríamos, envolvidos nas brincadeiras, compromissos e estudos. Mesmo sem ter aulas, íamos para o campus apenas para ficar circulando num ônibus preto (chamávamos de feijão) que transportava os alunos pelas unidades: Engenharia, ICE, ICHL, Farmácia, ICBG, Educação Física, RU. Falando nisso, o curso de Música tirou a nota máxima do MEC. Que orgulho! Me ajuda a lembrar. Acho que foi o poeta Murilo Mendes (ou terá sido Pedro Nava?) que disse algo parecido com Juiz de Fora ser uma ilha cercada de pianos por todos os lados! Genial.

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Já te contei sobre os shows no Ginásio do Sport e Tupynambás? Uma loucura! Lulu Santos, Ultraje a Rigor, Biquini Cavadão, entre outros. Íamos e voltávamos a pé pelas madrugadas. Pra variar, rindo muito e falando alto.

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Depois te escrevo mais contando outras aventuras. Agora vou ali no Cine-Theatro Central. O Milton Nascimento vai se apresentar lá hoje.

Me lembrei que agora em maio é o seu aniversário, né? Te desejo crescimento sadio, qualidade de vida, saúde e educação. Que Santo Antônio, Padroeiro, te abençoe e te guarde.Um grande abraço. A Claudinha, que nasceu aqui, manda lembranças.

Cordialmente,

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Dayse Hudson de Oliveira Lamas

Professora de Artes

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Participe:

Quer participar do projeto? Basta escrever sua cartinha no formato descrito e enviar para internet@tribunademinas.com.br ou para o WhatsApp (32) 99975-2627 – porque as cartas, como outras formas de comunicação e linguagens, também foram transformadas pela tecnologia.(Ah! Se quiser mandar um vídeo de até 30 segundos, em formato horizontal, se declarando a JF, será um sucesso, fique à vontade!).

 

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