Um filme com tudo o que o mundo mágico da Disney pede para celebrar seus 100 anos. “Wish: O poder dos desejos” é o mais novo filme de animação do Walt Disney Studios. Depois de já estrear em terras norte-americanas, o longa chega ao Brasil nesta quinta-feira (4). O enredo promete uma chuva de referências aos principais filmes da companhia. Os diretores, Fawn Veerasunthorn e Chris Buck, por trazerem na bagagem filmes como “Moana” e “Frozen”, facilitam esse encontro de diversos personagens.
Há quem diga que exatamente por trazer um tanto de referências, “Wish: O poder dos desejos” perde originalidade. Mas, para comemorar 100 anos de um estúdio como a Disney, a homenagem é válida. O filme, como o nome sugere, traz um tema que é até comum por lá: os desejos e as formas de alcançá-los. E isso inclui perigos, teimosias e, claro, magia. Como a maioria dos filmes do estúdio do pai do Mickey, essa animação é regada à música – aquelas que grudam na cabeça de crianças e adultos.
Nesse longa, em específico, a personagem principal é Asha, uma menina que vive no Reino de Rosas, lugar comandado pelo Rei Magnífico que, apesar de ser um homem atraente, não tem um coração tão bom. E é ele quem comanda os desejos que vão ou não se tornar realidades. Quando descobre isso, se junta à estrela dos desejos com o intuito de fazer com que todos os desejos sejam, realmente, concretizados. Chamada de Star, a estrela muda a vida de Asha, que acaba sendo reconhecida como uma pessoa traidora. O desafio é, então, enfrentar esses inimigos e instaurar a magia, mostrando que a união dos sonhos e das estrelas é potente.
Curiosidades
Fawn Veerasunthorn é a primeira diretora tailandesa em uma animação da Disney. Em entrevista ao site Omelete, ela disse, fazendo referência ao tema de “Wish”: “(O filme) é a prova de que sonhos impossíveis podem se concretizar”. E fazer um filme em uma data como essa, comemorando os 100 anos do estúdio, foi uma responsabilidade. Ela, de início, conta que achou que sua vivência como criança na Tailândia fosse empecilho. “No entanto, usei como fonte de inspiração a minha bagagem como artista para me encontrar no projeto. Procurei me concentrar nas coisas que trazem alegria e esperança para realizar ‘Wish’.”
A 62ª animação da Disney, ainda em tons comemorativos, foi pensado também como pressuposto para contar algumas histórias que vão além do mundo do Reino de Rosas e perpassam outros filmes. É o caso, por exemplo, da estrela. Em “Wish”, descobre-se como foi que Star foi criada e como é que ela realiza o desejo de tantos personagens amados nesse mundo. Além disso, é possível perceber que Star traz algumas referências ao próprio Mickey, sobretudo suas expressões faciais e seus momentos icônicos.
Outra referência é que Asha tem sete amigos: sim, como Branca de Neve, que volta a ser referência a partir de uma maçã envenenada. Fawn Veerasunthorn, em outra entrevista, afirmou que seria uma homenagem ao primeiro longa de animação completo. Já a roupa da personagem principal traz referências à Cinderela, principalmente à Fada Madrinha, por causa das cores da roupa principal. Outro ponto importante é o fato de Asha ser negra e não ter nenhum príncipe encantado.
Novidades
Para comemorar os 100 anos da Disney, eles ainda anunciaram novidades. Eles renovaram a estética das produções e criaram um filme em um estilo de aquarela que mescla técnicas 3D. Ao mesmo tempo que traz uma sensação nova, de novo, faz referência a clássicos do estúdio. Além de trazer outras técnicas com texturas diferentes para criar profundidade e sombra.
Dublagens
A dublagem brasileira foi bem elogiada e com razão. Vários famosos são as vozes dos personagens. Tem dublagem de Marcelo Adnet, Di Ferrero, Alcione, Xande de Pilares, e Gaia Gozzi é quem faz a voz de Asha. Já na versão original, tem Ariana DeBose e Chris Pine.
Se para os pequenos é mais um filme daqueles que fazem sonhar sonhar e deixar os olhos brilhando, para os adultos a boa é ir procurando referências, encontrar os detalhes mais escondidos e relembrar dos principais filmes da Disney que são lugar-conforto na infância.