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4° Festival Sala de Giz de Teatro celebra a criatividade e o talento de artistas locais e nacionais

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“O Não-Lugar de Ádaga Tchainik” (Lume Teatro/Campinas) – (Foto: divulgação)
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O 4° Festival Sala de Giz de Teatro acontece entre os dias 5 e 13 de outubro, em diversos espaços da cidade, ocupando o Espaço Cultural Sala de Giz, no Granbery, o Teatro Paschoal Carlos Magno e o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM). A programação, diversificada, tem onze apresentações teatrais e três oficinas de formação, celebrando a criatividade e o talento de artistas locais e nacionais. Entre os destaques, está a apresentação do Lume Teatro, de Campinas (SP), um dos maiores grupos de pesquisa em artes cênicas do Brasil, com o espetáculo “O Não-Lugar de Ádaga Tchainik”, com a atriz Naomi Silman, no sábado (5), às 20h, no Teatro Paschoal Carlos Magno. Todos os espetáculos custam R$ 20.

Gestor e diretor da Sala de Giz, Bruno Quiossa, organizador do evento, conta que o festival segue o modelo do antigo Festival Nacional Teatro, que acontecia na cidade. “Trazer artistas de fora para a cena local é muito importante, tanto para a formação de público, quanto para a criação de redes entre os artistas convidados e os artistas locais. Assistir espetáculos e fazer oficinas de diversos lugares do Brasil amplia nosso conhecimento de novas linguagens cênicas”, analisa.

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As três oficinas têm preços entre R$ 50 e R$ 350, sendo elas “Danças do Corpo”, por Naomi Silman (Lume Teatro), “Habitar o escuro: Explorando imagens e memórias corporais”, com Day Ribeiro, e “Arqueologia do comum: criação entre dança butô e arte indígena contemporânea”, com Dani Mara. A dança butô, também conhecida como Ankoku Butoh (dança das trevas), é uma forma de expressão corporal que surgiu no Japão no final da década de 1950. A dança butô foi criada por Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno e é resultado da confluência entre a cultura oriental e ocidental.

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Neste primeiro final de semana, a programação tem os espetáculos “O céu provoca o espírito trágico” e “O Não-Lugar de Ádaga Tchainik”, no sábado (5), “Minas Impura” e “V de Magrela”, no domingo (6). Confira as sinopses e os dias e os horários das peças na arte abaixo.

Confira a Programação:

Espetáculos: 

(Foto: divulgação)

“O céu provoca o espírito trágico” (Ana Schaefer)

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• No sábado (5), às 17h
• No Espaço Cultural Sala de Giz 

As fronteiras entre arte e vida estão em cena nesse espetáculo no qual uma artista, atravessada pelo sofrimento psíquico, tenta entender seu processo de criação a partir de um diário fragmentado. O espectador é convocado a embarcar em uma viagem em que realidade, memória e ficção se confundem, e a entrar na cabeça dessa mulher que busca, na performance artística, uma resposta para suas inquietações. Performance e texto: Ana Schaefer. Direção: Igor Cruz

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(Foto: Divulgação)

“O Não-Lugar de Ádaga Tchainik” (Lume Teatro/Campinas)

• No sábado (5), às 20h
• No Teatro Paschoal Carlos Magno

Num mundo apocalíptico logo após a erupção de um vulcão, onde a sobrevivência é tudo, cada passo é uma decisão agonizante a ser – ou não – tomada, Ágada Tchainik aparece, convidando o público a segui-la em sua viagem. Compulsiva, à beira de um ataque de nervos, com sua fala errante, ela torna o público seu grande parceiro, com quem interage, às vezes convocando ajuda, às vezes provocando, num jogo divertido e único a cada apresentação. Conforme ela caminha por sua própria mente confusa – desde lavar pratos até assuntos românticos – o drama de sua alma, ridícula e delicada, se revela. Direção: Sue Morrison. Performance: Naomi Silman

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(Foto: Divulgação)

“Minas Impura” (Sala de Giz)

• No domingo (6), às 17h
• Teatro Paschoal Carlos Magno

Em uma cidade mineira que cresce verticalmente, Lauro e Miguel vivem em uma casa que resiste entre prédios. Com a iminente chegada do pai de Miguel e a descoberta de uma intensa história de amor do passado, o casal se vê diante de uma suposta cabeça de boi enterrada no quintal.

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“Minas Impura” é uma obra contemporânea que mergulha nas complexidades do imaginário mineiro em territórios afetivos de fronteira.

Elenco: Bruno Quiossa e Felipe Moratori. Dramaturgia: Felipe Moratori

Direção: Bruno Quiossa, Felipe Moratori e Leo Cunha

(Foto: divulgação)

“V de Magrela” (Deborah Lisboa, do Lá na Lona)

• Domingo (6), às 20h
• No Teatro Paschoal Carlos Magno

Os desafios enfrentados e os caminhos percorridos para ser mulher e palhaça. “V de Magrela” entrelaça histórias que partem de experiências pessoais, mas falam do coletivo. A artista transita por risos e gargalhadas, na fronteira entre o riso e a dor, entre o circo e o teatro. Performance: Deborah Lisboa. Texto: Anna Flora Coimbra, Deborah Lisboa e Tiago Fonseca. Direção: Anna Flora Coimbra e Tiago Fonseca

Próxima semana

“Didé, o levante” (Day Ribeiro, Santo Amaro – BA)

• Quarta (9), às 20h
• No Espaço Cultural Sala de Giz

Às margens do rio Subaé, onde a história e a vida se entrelaçam, ecoa um grito silencioso de resistência e cura. Este rio, outrora fonte de sustento para a comunidade santamarense, agora carrega em suas águas a dor da contaminação e a força de uma luta ancestral. Em uma instalação performática que une fotografia, cerâmica e plantas sagradas, as mulheres que resistem à contaminação do chumbo e ao racismo ambiental se tornam o centro de um rito de cura. O “agdá”, cerâmica ancestral, torna-se um receptáculo de vida, onde plantas purificadoras crescem, simbolizando a resiliência e a busca por justiça dessas mulheres. Concepção e Performance: Day Ribeiro

“Dois perdidos numa noite suja” (Futuros Carecas Companhia de Teatro/São João del-Rei)

• Na quinta (10) e na sexta (11), às 20h
• No Espaço Cultural Sala de Giz

Montagem do clássico de Plínio Marcos. Os personagens são Tonho e Paco, dois jovens adultos em uma situação financeira precária que dividem o mesmo espaço claustrofóbico de um quarto em uma pensão “de última categoria”. O desenvolvimento dos diálogos e ações expõe questões emergentes em um contexto de tensão social no qual o crime se revela como a única opção de promoção social e o conflito de interesses dá o tom da atmosfera cênica. Direção: Reginaldo Bastos. Elenco: Pedro Barsa e Rafael Morais

“Siaburu” (Coletivo Anticorpos /Ouro Preto)

• No sábado (12), às 17h
• No Teatro Paschoal Carlos Magno

Siaburu é um espetáculo de dança-teatro com poesias que movem o corpo. Criação e dança: Dani Mara. Dramaturgia: Dani Mara e Xipu Puri. Direção: Éden Peretta

(Foto: Guto Muiniz)

“Fauna” (Quatroloscinco)

• No sábado (12), às 20h, e no domingo (13), às 16h
• No Teatro Paschoal Carlos Magno

Nesta peça-conversa, dois atores convidam o público a explorar a dimensão política dos afetos. Jogam com expectativas criadas a partir de elementos simples, como a profissão de alguém ou o tipo de sapato que usa, questionando assim as imagens imediatas que formam as identidades individuais e coletivas. Os espectadores são convidados a participar em uma relação convivial, numa dramaturgia aberta ao diálogo a cada apresentação. Direção: Italo Laureano. Texto e Atuação: Assis Benevenuto e Marcos Coletta

“ Fortaleza” (Pedro Peter Produções/Rio de Janeiro)

• Domingo, (13) às 20h
• No Teatro Paschoal Carlos Magno

Com quantos amigos se destrói uma “Fortaleza”? A peça joga luz sobre a construção da masculinidade por meio da relação de dois melhores amigos. O texto narra a história de PH e Bruno que veem sua amizade acabar por causa de preconceitos, inseguranças e pressão dos pais e colegas de escola. Texto: José Pedro Peter. Elenco: José Pedro Peter e Carlos Marinho. Direção: Daniel Dias da Silva

Ingressos no Sympla

Matrículas para oficinas no Sympla Oficinas

Endereços

Espaço Cultural Sala de Giz  (R. Barão de Santa Helena 229, Granbery)
Teatro Paschoal Carlos Magno (R. Gilberto de Alencar 1, Centro )

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