Aguardado pelas companhias de teatro, dança, artistas visuais em geral, músicos, contadores de histórias e realizadores do audiovisual local, o primeiro edital de ocupação do Teatro Paschoal Carlos Magno está aberto a partir desta sexta-feira (4) até 4 de junho para receber propostas das mais diversas áreas da arte e cultura, sem discernir prioridade de segmento nos critérios de avaliação que vão de zero a 100 pontos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (3) em coletiva de imprensa com a presença do prefeito Antônio Almas, do superintendente da Funalfa Rômulo Veiga e do diretor de cultura da Funalfa Zezinho Mancini.
A fim de incentivar a produção local, a atual gestão do teatro, que está nas mãos da Funalfa, decidiu que toda proposta que se enquadra como local, de acordo com o edital, já começará com 15 pontos à frente. As avaliações da comissão formada pela Funalfa com ajuda do Concult (Conselho Municipal de Cultura) vão até 15 de junho, e o resultado será divulgado no dia 19 do mesmo mês, com datas abertas para todo o segundo semestre, de 1° de julho a 23 de dezembro de 2018. As propostas podem ser entregues à Funalfa (Avenida Rio Branco 2.234 – Centro) pessoalmente ou pelos Correios.
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Os oito critérios de avaliação norteiam o lema desta gestão, que visa democratizar o acesso ao teatro, bem como fazer com que a cultura produzida em Juiz de Fora seja melhor difundida e consumida pela própria cidade. Cada proponente poderá inscrever até cinco projetos para o Paschoal. O edital leva em conta a relevância, o nível de inovação e a qualidade dos trabalhos inscritos, a experiência do proponente na realização de eventos culturais, os mecanismos de formação de público e, ainda, a importância de ferramentas de democratização, dando espaço à acessibilidade.
Parceria cultural
O edital prevê que o proponente fique com 85% da bilheteria, enquanto a Funalfa receberá os 15% para retroalimentar o investimento público em cultura, seja na manutenção do teatro ou investindo no Fundo Municipal de Cultura. No entanto, haverá um valor mínimo a ser cobrado pelo uso do espaço, podendo variar de acordo com os dias da semana. Para a produção local, o custo é entre R$ 1.600 e R$ 2 mil por dia. Já as produções de fora deverão desembolsar de R$ 2.100 a R$ 2.500.
A fim de que os custos não sejam um empecilho para que o teatro receba uma programação diversa e que atenda a classe artística local, contemplando também as produções periféricas, a Funalfa prevê no edital o tópico “parceiro cultural”, em que a fundação dividirá a bilheteria independentemente de um valor mínimo alcançado.
A Funalfa ressaltou que eventos que tenham mais de cinco datas em seu cronograma e estejam no calendário da cultura local, como o Festival Primeiro Plano e a Campanha de Popularização do Teatro, estarão automaticamente enquadrados como “parceiro cultural”.
“Eu que sou artista de teatro de Juiz de Fora, espero por isso há muito tempo. O interessante no processo de criação deste edital foi o diálogo. Rômulo fez uma pesquisa a partir de editais de teatros do Brasil e trouxe uma primeira proposta para discutirmos no Concult. Fizemos seis reuniões extraordinárias somente para discutir os editais, para as opiniões não serem apenas ouvidas, mas postas em prática. A primeira proposta foi completamente desconstruída e reconstruída a partir do que entendemos que eram as demandas principais da cidade”, destacou Zezinho Mancini.
Leia o edital: bit.ly/EditalPaschoalCarlosMagno