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Terceira edição do Festival Sala de Giz começa nesta sexta-feira

terra sem acalanto lucas guimaraes
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Tem início, nesta sexta-feira (4), a terceira edição do Festival Sala de Giz. Doze espetáculos, quatro oficinas, uma vivência, uma masterclass, duas festas, uma exposição e uma exibição de filme serão distribuídos até o dia 13 de novembro por diversos pontos da cidade. Com a organização da companhia Sala de Giz, a proposta é fortalecer redes, ocupar os espaços e possibilitar formação tanto de artistas quanto de público. Além da Sala de Giz, outros lugares da cidade serão palco para as atividades, como o Teatro Paschoal Carlos Magno, Diversão e Arte, Jardim Botânico, Moinho Zona Norte e Café Muzik.

A primeira edição do festival aconteceu em 2018, quando o grupo de pesquisa em teatro e poéticas do corpo, que propõe o encontro de pessoas de todo o Brasil, com coordenação de Ana Cristina Colla, atriz do Lume Teatro e professora do programa de pós-graduação em artes cênicas da Unicamp, reuniu-se em Juiz de Fora. Felipe Moratori, um dos gestores da Sala de Giz, faz parte desse grupo. Foi a partir desse encontro que o festival foi possível, em abril daquele ano. Ele veio a ser, também, o primeiro evento com produção local a ocupar o Teatro Paschoal Carlos Magno. Não à toa, Toninho Dutra, ex-superintendente da Funalfa, é o grande homenageado do evento, reconhecido como o responsável pela inauguração do equipamento e entendendo a importância do espaço para que o festival acontecesse.

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Esta edição tem o apoio do Programa Murilo Mendes, da Funalfa, aprovado em 2019. Por causa da pandemia, essa versão mais extensa e presencial precisou ser adiada. Ainda assim, uma segunda edição de forma on-line foi produzida, em 2020, reunindo artistas do Brasil todo. O Festival Sala de Giz se torna, então, um evento recorrente, que começa a fazer parte do calendário local. A ideia é seguir essa periodicidade de realizá-lo de dois em dois anos.

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Pensando no festival

A curadoria do festival foi toda feita pela Sala de Giz. “Escolhemos trabalhos e artistas com quem a gente tem afinidade estética e de linguagem e sobretudo interesse nas discussões que esses grupos e artistas apresentam”, afirma Felipe. Nomes do teatro do Brasil todo foram convidados a participar do evento. A Lume Teatro volta à cidade abordando poética do corpo. A Companhia Brasileira de Teatro e o diretor Marcio Abreu, um dos maiores nomes do teatro brasileiro contemporâneo, também apresentam seu trabalho. A ancestralidade também vai ser assunto, a partir de Tauá Puri, mestre indígena que faz um resgate dos povos que ocupavam nosso território. A Confraria do Impossível traz a discussão sobre resistência preta, entendendo a importância do povo negro na formação de Juiz de Fora. Esses são apenas alguns dos nomes, já que a lista é extensa.

As companhias locais também apresentarão seus espetáculos. A Sala de Giz apresenta o “Ventre balogun” e o “Terra sem acalanto”. O Grupo Nun, o “Ferinas couraças”. O House of Império sobe ao palco mostrando o ballroom. “Com todos esses nomes, propomos para o público não apenas apresentações artísticas, mas sobretudo atividades formativas, reafirmando o compromisso da escola Sala de Giz de teatro com a formação em artes cênicas na cidade”, afirma Felipe.

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O Festival da Sala de Giz ainda propõe esse intercâmbio entre o que é produzido na cidade e o que há fora. “Poder, durante uma semana, estar em contato intenso com uma programação teatral é muito importante para a formação de público e de artistas na cidade. Eu, Bruno, vivi muitos anos assistindo e fazendo as oficinas e os espetáculos do Festival Nacional e isso contribuiu muito para minha formação na área. Além de poder mostrar o que é produzido aqui na cidade (interior), nós também conseguimos ver o que está sendo produzido em outros centros de referências por artistas que nós admiramos. O Festival acaba sendo um pequeno recorte do teatro brasileiro contemporâneo”, diz Bruno Quiossa, também gestor da Sala de Giz.

Os espetáculos têm ingressos a preço mais acessível para que todos consigam ter contato com as apresentações. As oficinas propostas são pagas, enquanto as vivências e as aulas abertas – essas em formato de espetáculo – são gratuitas.

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O espetáculo “Terra sem acalanto”, da companhia Sala de Giz integra a programação do festival (Foto: Lucas Guimarães)

Confira a programação completa:

Espetáculos e Aulas Abertas

Descartes com Lentes
Companhia Brasileira de Teatro
04 (sex) de novembro, às 20h
local: Teatro Paschoal

Natureza Morta
Rita Clemente
05 (sab) de novembro, às 19h
local: Teatro Paschoal

Ventre Balogun
Sala de Giz
05 (sab) de novembro, às 21h30
local: Teatro Paschoal

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Na Sala com Toninho Dutra
06 (dom) de novembro, às 16h
local: Sala de Giz

Na Sala com Rita Clemente
Mostra de processo “Rede Bruta”
06 (dom) de novembro, às 20h
local: Teatro Paschoal

Órfãs de Dinheiro
Inês Peixoto
07 (seg) de novembro, às 20h
local: Teatro Paschoal

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Na Sala com Marcio Abreu
Masterclass dramaturgia
08 (ter) de novembro, às 20h
local: Teatro Paschoal

Experimento 1 Masculino?
Cris Diniz
09 (qua) de novembro, às 20h
local: Teatro Paschoal

Ferinas Couraças
Grupo NUN
10 (qui) de novembro, às 20h
local: Teatro Paschoal

Ventre Balogun
Sala de Giz
11 (sex) de novembro, às 19h
local: Teatro Paschoal

Terra Sem Acalanto
Sala de Giz
11 (sex) de novembro, às 21h30
local: Teatro Paschoal

Nuang – Caminhos Da Liberdade
Obalufônica
12 (sab) de novembro, às 14h
local: Teatro Paschoal

Na Sala com Tatiana Henrique
12 (sáb) de novembro, às 18h
local: Sala de Giz

Kintsugi – 100 Memórias
Lume Teatro
12 (sab) de novembro, às 21h
local: Teatro Paschoal

Esperança Na Revolta
Confraria do Impossível
13 (dom) de novembro, às 20h
local: Teatro Paschoal

Oficinas

Dramaturgia
com Marcio Abreu
05 (sab) e 06 (dom) de novembro, das 14h às 18h
07 (seg) de novembro, das 18h30 às 22h30
local: Moinho Zona Norte

Treinamento Técnico Para Atuantes
com Jesser de Souza (Lume Teatro)
07 a 11 (seg a sex) de novembro, das 09h às 12h
local: Teatro Paschoal Carlos Magno

Espaço Corpo: Tecnologias Gráficas do Movimento
com Vinicius Francês
11 (sex) de novembro, das 19h às 21h
12 (sab) e 13 (dom) de novembro, das 14h às 17h
local: Diversão e Arte

Vivências

Cultura e Território Ancestral
com Dauá Puri
06 (dom) de novembro, das 09h às 12h
local: Jardim Botânico UFJF

Vivência Teatral De Resistência Preta
com André Lemos e Reinaldo Júnior
12 (sab) e 13 (dom) de novembro, das 14h às 17h
local: Sala de Giz

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