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Chico Chico volta a Juiz de Fora

CHICO CHICO Divulgacao
No show que faz no Sensorial, Chico Chico propõe saborear uma nova fase, com uma nova formação (Foto: Divulgação)
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Chico Chico esteve em Juiz de Fora há menos de um ano, quando o Sensorial abria suas portas. O show era do disco “Pomares”, o primeiro que o cantor carioca, filho de Cássia Eller e Maria Eugênia Vieira Martins, fez sozinho. Nem tão sozinho, porque ele acredita que não é sozinho que se faz música. Na época do show na cidade, em entrevista à Tribuna, ele contou que não poderia dizer, exatamente, como seria o show. Mas, quem viu, pode dizer que acompanhou o menino tímido todo solto no palco, entoando suas músicas que têm cheiro, sabor e cor – como a palavra “pomares” sugere. Ele chegou com a banda completa – e isso prometeu na mesma entrevista. E, agora, no show que faz também no Sensorial, neste sábado (3), a partir das 21h, propõe saborear uma nova fase, com uma nova formação. “Pomares” vai ser apresentado em power trio, com Pedro Fonseca nos teclados e sintetizadores, Thiaguinho Silva, na bateria e percussão, e ele na voz e no violão. 

Estar em trio, agora, apresenta um Chico Chico mais rockeiro. “Pomares” é o disco mais rural do músico, que vinha compondo de maneira bem urbana. Essa formação acaba por potencializar as composições de seu trabalho mais novo e ainda possibilita trazer, com mais vigor, interpretações de músicas que ele já colocava no repertório. Inclusive, é possível, em suas letras, encontrar essas referências quase que de maneira intuitiva. 

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Na entrevista que deu, disse: “É inevitável mostrar minhas referências. Mas isso, por exemplo, é uma coisa que eu não penso quando vou compor (…) Você meio que sabe que tudo o que você escutou e passou na sua vida está ali. Apesar de não ser tão facilmente mapeável. Vai saindo da gente tudo o que a gente já viveu. É meio piegas, mas é isso mesmo. O processo de composição, na verdade, é menos piegas do que as pessoas imaginam. Eu acho que as pessoas pensam que a composição é só inspiração. É também, mas você tem que sentar e fazer. Se você não colocar no papel o que está pensando, você não está criando nada. E isso é o meu trabalho”. 

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Apesar de todas as composições de “Pomares” serem suas, Chico Chico não consegue achar que o disco é mais dele que os outros. E isso ele não sabe explicar. Mas dá para entender: as construções são coletivas. Tanto que um novo formato é capaz de mudar todo o entendimento que se tem até de um disco. Agora, é como se “Pomares” e Chico Chico tivessem amadurecido. Ou seja: é hora de colher.

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