Uma das mais esperadas, demoradas e polêmicas obras de Juiz de Fora, o Teatro Paschoal Carlos Magno foi inaugurado na noite de sexta-feira (2). A cerimônia contou com a presença do prefeito Bruno Siqueira (PMDB), do secretário de Estado de Cultura, Ângelo Oswaldo, representando o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), do diretor da Codemig Marco Antônio Castello Branco, entre outras autoridades, convidados e nomes do cenário cultural juiz-forano.
“É uma satisfação muito grande poder entregar esse teatro moderno, localizado na região central da cidade, para a classe artística poder apresentar seus espetáculos”, destacou Bruno Siqueira, antes da cerimônia. “Essa obra é fruto de uma parceria importante entre os governos estadual e municipal, sem se esquecer da participação direta da comunidade, que a apoiou a conclusão desta que é uma das mais belas salas de espetáculos do Estado”, elogiou Ângelo Oswaldo.
Os jovens do projeto Gente em Primeiro Lugar fizeram uma apresentação de música e dança, que antecedeu a cerimônia oficial de inauguração, emocionando a plateia. O descerramento da placa foi feito por Bruno Siqueira e Ângelo Oswaldo, que estavam acompanhados do diretor-presidente da Codemig, dos deputados federais Marcus Pestana (PSDB) e Margarida Salomão (PT), dos deputados estaduais Noraldino Junior (PSC), Isauro Calais (PMN) e Missionário Márcio Santiago (PTB), além de Leonardo de Paula, que representou os funcionários que trabalharam na obra.
Quem estava especialmente emocionada era Vera Mello Reis, que recebeu uma homenagem em nome do marido, o ex-prefeito Francisco Antônio de Mello Reis. “Fico muito feliz, gratificada, em poder viver este momento, ver a inauguração do teatro que era um sonho do meu marido. Quando soube que ele seria inaugurado, fiquei muito feliz, mas também ansiosa. Fiquei com medo de não conseguir vir, mas graças a Deus melhorei e pude estar presente.”
Após a homenagem, Bruno Siqueira, em seu discurso, usou a inauguração desta sexta como exemplo da diferença que existe entre o sonho e a realidade. “O Teatro Paschoal Carlos Magno era, em 2013, no estado em que se encontrava, o retrato do que as coisas poderiam ter sido. Hoje, porém, o teatro pode abrir suas cortinas para apresentar seus espetáculos e realizar seus sonhos.”
Recuperação dos Grupos Centrais
O segundo e último discurso da noite foi de Ângelo Oswaldo, que inicialmente falou sobre todos os artistas de Juiz de Fora que conheceu, destacando sua importância para a cultura, e ressaltou em seguida a inauguração de um teatro em um momento econômico tão complicado. “Estamos felizes com este momento, pois não há desenvolvimento sem compromisso com a cultura”, afirmou. Em seguida, surpreendeu os presentes, com o convite ao palco do secretário de Estado de Educação em exercício, Wieland Silberschneider, que anunciou a recuperação dos Grupos Centrais.
Após a cerimônia oficial, a Orquestra Sylvio Gomes fechou a noite com a execução de clássicos da música brasileira de autoria de compositores mineiros: “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), “Falsa baiana” (Geraldo Pereira), “Tristeza pé no chão” (Mamão), “O bêbado e o equilibrista” (João Bosco) e “Sei lá por quê” (Sylvio Gomes e Mamão).
Sobre o teatro
O espaço entregue na sexta-feira tem um espaço total de 650m², com 407 assentos, palco de 170m² (17 metros de largura por 10 metros de profundidade), urdimento de 17 metros de altura – que permite montagens de espetáculos com grandes cenários -, sistema de iluminação e ar-condicionado central. São três andares de camarins, todos com ar-condicionado. Entre as mudanças mais marcantes, estão uma galeria de arte, que será inaugurada em breve com exposição de Gerson Guedes, e um café que passará por chamamento público de ocupação.
