Com a maioria dos shows esgotados, Titãs chega a Juiz de Fora, com sua formação clássica, neste domingo (3), no Expominas, a partir das 20h. Na cidade, ainda restam alguns ingressos, que podem ser adquiridos no link. Depois de 30 anos, Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto se reuniram para rodar o Brasil apresentando seus clássicos, que marcaram gerações. A proposta era de um turnê com apenas dez shows, que aconteceriam de abril a junho, com o mote “Todos ao mesmo tempo agora”. No entanto, não teve jeito: ela se entendeu e, com o nome de “Pra dizer adeus”, ganhou novas cidades, inclusive no exterior. O encontro derradeiro está marcado para acontecer em 23 de dezembro, em São Paulo – com ingressos já esgotados também.
Esse retorno da banda formada em 1982 surgiu com a proposta de revisitar a criação artística dos sete integrantes, que acabaram por trilhar diferentes caminhos, mas também na música. A ideia foi ainda apresentar a formação para um tanto de fãs que não tiveram a oportunidade de assistir a um show dos Titãs com a banda toda reunida. O que comprova que, por mais que a banda tenha acabado, os fãs foram se renovando com o tempo, graças a trilhas sonoras atemporais.
“Nossas músicas mais antigas envelheceram muito bem”, afirmou Sérgio Britto, em nota encaminhada à imprensa no lançamento da turnê. É por isso que escolher um repertório para esse acontecimento foi um desafio. Uma coisa foi certa: as canções apresentadas deveriam ser interpretadas pelos diferentes vocalistas. Além disso, a própria escolha dos lugares por onde eles passaram – e ainda vão passar – foi assertiva: em grandes arenas para que o espetáculo seja também de luzes, cenas e interpretações.
Também na nota encaminhada à imprensa, Charles Gavin afirmou que no primeiro encontro, no caso, para a sessão de fotos, deu para perceber que, quando eles se juntam, “a ignição é espontânea, elétrica, inevitável”. “Dá para sentir os megawatts circulando pelo ar”, segue. “A impressão que deu na nossa primeira reunião é que, quando a gente começar a tocar, vai fluir tudo na mesma harmonia e simplicidade, como se a gente estivesse nos anos 1980. Até mais leve, porque agora tem essa característica de celebração”, ressaltou Tony Bellotto. Já Arnaldo Antunes afirmou que a “cumplicidade não se extingue”. A missão dada no momento foi, então, a de canalizar tudo isso no palco. E deu certo, dada a proporção que os shows foram tomando.
O resultado, de primeira, foram 600 mil pessoas que passaram pelos dez shows iniciais. E a demanda foi, então, crescendo pela continuidade do encontro, de forma que mais pessoas queriam viver essa experiência. Mas, desde sempre, a ideia era ter um início, meio e fim. Por mais que os fãs tenham pedido uma continuidade, todos eles afirmam que essa turnê “Pra dizer adeus” segue à risca o nome. O que fica é mesmo a experiência única, a partir, além das músicas, os telões de LED, as artes criadas para o show, e, ainda, as homenagens que têm sido feitas a Marcelo Fromer, guitarrista do Titãs que morreu em 2001.
O que se tem percebido também é que cada show é único e o próprio repertório recebe alterações. “Só os Titãs seriam capazes de reunir na mesma esquina artística a música, a poesia, o teatro e o audiovisual. São esses elementos, além de toda performance, que fazem deste espetáculo algo grandioso, impactando várias gerações. Os Titãs são artistas destemidos. É como o trapezista que não usa rede de proteção. Durante a turnê, percebi que, no caso deles, a rede de proteção era o público. Isso foi muito emocionante. Sem falar no legado que esse projeto vai deixar, mostrando que artistas nacionais merecem ter a estrutura que precisam para um espetáculo de alto nível”, afirmou Otavio Juliano, diretor artístico do Titãs Encontro, na nota encaminhada à imprensa no anúncio da turnê “Pra dizer adeus”.
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