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Festival Primeiro Plano começa nesta segunda-feira (5) no Teatro Paschoal Carlos Magno

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Vencedora do Prêmio Incentivo Primeiro Plano em 2017, Natália Reis apresenta o curta ‘Para atravessar contigo o deserto do mundo’ na abertura do festival
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“Sem a cultura e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.” As palavras do escritor e filósofo franco-argelino – vencedor do Nobel de Literatura – Albert Camus (1913-1960) continuam mais atuais que nunca. É preciso fazer arte, criar cultura, e se depender da sétima arte teremos muito a mostrar para o futuro. Parte dessa produção atual, com novas propostas, linguagens, temáticas e mensagens, pode ser conferida a partir de segunda-feira, quando tem início a 17ª edição do Primeiro Plano – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades.

No total, serão exibidos até sábado (10) 50 curtas-metragens produzidos por jovens cineastas de Juiz de Fora e região, além de seis longas-metragens em exibições especiais. Como novidade, um novo espaço para o evento, que já passou em anos anteriores pelo Cinearte Palace (que fechou as portas) e o Cinemais Alameda: quem recebe os filmes é o Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno, inaugurado este ano e que será adaptado para oferecer a mesma estrutura de um cinema tradicional. A programação completa pode ser acessada no site primeiroplano.art.br

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A organização do Primeiro Plano pode comemorar o crescimento no número de produções inscritas, num total de 300, indicando um aumento de 30% em relação a 2017. Dos 50 inscritos, 23 fazem parte da Mostra Competitiva Mercocidades (escolhidos entre 250 produções brasileiras e de países da América do Sul), e outros 27 da Mostra Competitiva Regional, selecionados entre os 50 curtas locais inscritos. No encerramento do festival, em 10 de novembro, será revelado, dentre os demais vencedores, a produção local a ser contemplada com o Prêmio Incentivo Primeiro Plano, que vai ganhar R$ 9 mil para a produção de um trabalho a ser exibido na edição de 2019.

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Além de filmes, espaço para debates

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A Mostra Competitiva Regional terá 27 curtas, entre eles 'CriseEllen', de Jean Müller

Além das exibições de filmes, o Primeiro Plano oferece outras atividades, como três oficinas que acontecerão no próprio Teatro, na sede da Funalfa e no Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF. O público infantil será contemplado com as tradicionais exibições das sessões Lanterninha infantil e juvenil, que acontecem entre terça (6) e quinta-feira (8), às 10h e às 15h. O festival também promoverá uma série de debates e, no último dia, o Encontro de Produção Audiovisual na América Latina, em que serão discutidos o aumento das co-produções do Brasil com outros países do continente e as consequentes possibilidades de intercâmbio e financiamento.

A abertura oficial do evento está marcada para segunda-feira (5), às 20h, com a exibição do curta “Para atravessar contigo o deserto do mundo”, de Natália Reis, vencedora do Prêmio Incentivo Primeiro Plano em 2017 com “Filé”, e que recebeu os RS 9 mil de financiamento para seu novo projeto. Na sequência, será exibido o longa “Os jovens Baumann”, de Bruna Carvalho Almeida.

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Além das sessões para jovens e crianças de terça a quinta-feira, as Mostras Competitivas Regional e Mercocidades serão exibidas de terça a sexta às 17h e 19h, respectivamente, com a noite sendo encerrada por um longa inédito em Juiz de Fora, sempre às 21h15: “Animal cordial”, de Gabriela Amaral Almeida (terça, e com uma sessão extra na quarta, às 19h, no Cinemais Jardim Norte); “Pela janela”, de Caroline Leone (quarta); “Vende-se esta moto”, de Marcus Vinicius Faustini (quinta); “A cama”, de Monica Lairana (sexta).

Outra mostra é a Audiovisual de Juiz de Fora, igualmente no Paschoal Carlos Magno. A primeira delas será na sexta-feira, às 15h, e as outras duas no sábado, às 14h e 16h, sendo que o último dia do evento terá outras atividades. Às 14h, acontece o Encontro de Produção Audiovisual na América Latina, na Funalfa, seguido por um debate com realizadores às 16h. Às 18h, é a vez da reunião do Fórum Audiovisual de Juiz de Fora.
Por fim, retornando ao Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno, a última estreia de longa-metragem está marcada para as 18h, com a exibição de “O homem que cuida”, de Alejandro Andújar. A cerimônia de encerramento será em seguida, às 20h, com a exibição de mais dois curtas e a premiação dos filmes.

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Produção multiplicada e em busca de novas linguagens

Um dos longas inéditos que fazem parte do Primeira Plano é ‘Animal cordial’, de Gabriela Amaral Almeida

O Primeiro Plano é organizado pelo Luzes da Cidade, formado por cinéfilos e agitadores culturais de Juiz de Fora. Uma das curadoras do evento – e também coordenadora de comunicação -, Marília Lima comemora o crescimento no número de inscrições. “Vemos esse crescimento de forma muito positiva, pois mostra que há aumento de produções não só no Brasil, mas em toda a América do Sul. As pessoas estão fazendo mais cinema, até pelo acesso às novas tecnologias e seu barateamento. Temos cada vez mais gente jovem produzindo, inclusive aqui em Juiz de Fora”, comemora.

Com tantos novos e promissores trabalho, a parte da curadoria, afirma, se torna mais desafiadora. Por conta disso, são levadas em consideração questões como variedades técnicas e temáticas, visões sociais e linguagens diversas. “O Primeiro Plano busca trazer esse olhar atualizado que percebemos no continente, tanto político quanto em temas sociais, e no fato de as pessoas apostarem em novos formatos.”

“Ao mesmo tempo, é possível perceber que existem formas de produzir nos países que são um pouco diferentes da nossa, há um cuidado de composição de imagem que vem de uma outra formação de cinema, mas que não implica em ser melhor ou pior”, acrescenta.

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Quanto à escolha do Teatro Paschoal Carlos Magno, Marília aponta ser a primeira opção imaginada pelos organizadores do festival desde que o equipamento cultural foi inaugurado, em março, uma vez que o Primeiro Plano nunca teve o que se poderia chamar de “casa fixa”. “Não é um lugar pensado para o cinema, mas ele pode ser adaptado. Levamos a estrutura de som e projeção para termos o clima mais próximo possível de uma sala de cinema, vai ser perfeito para as exibições.”

Festival Primeiro Plano
De segunda (5) a sábado (10), no Teatro Paschoal Carlos Magno (Rua Gilberto de Alencar s/n – Centro).

Programação completa em <http://primeiroplano.art.br/2018/programacao/>

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