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Banda Traste lança novo videoclipe e cai na estrada para shows no DF

Agora sem o baixista Badaró (à direita), banda Traste vai pegar a estrada com baixista convidado para promover box do álbum ‘3 em 1’ (Foto: Divulgação)
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Sem parar de trabalhar, mas agindo um pouco abaixo do radar, a banda Traste está na área cheia de novidades e preparada para cair na estrada para valer. Tudo começa nesta quarta-feira (3), às 20h, no Maquinaria, quando o grupo juiz-forano faz show com os cariocas do Mayaen e aproveita para lançar seu mais novo videoclipe, da música “Especialistas”. E tem mais: quinta-feira (4), o Traste inicia a sua primeira turnê, “Desgraça Brasília”, que terá parada em Belo Horizonte e depois segue para o planalto central, com shows em Samambaia (sexta), Brasília (sábado), Taguatinga (domingo) e Guará (segunda-feira), onde farão um “ao vivo no estúdio” que será registrado para o acervo individual da banda.

E o giro pelo Distrito Federal servirá, ainda, para promover o lançamento do primeiro álbum “cheio” do grupo, “3 em 1”. O trabalho reúne as músicas dos dois primeiros EPs do grupo, mais duas que saíram em vinil de sete polegadas por meio da Lei Murilo Mendes (também intitulado “3 em 1”), e mais cinco do que seria o EP “O que nos resta é berrar”, mas que preferiram incorporar ao álbum.

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Mas não será um lançamento qualquer. Eles prepararam uma caixa especial em que o CD de 16 músicas é acompanhado pelo vinil, adesivos e mais um livro em que a banda conta sua trajetória, relembra o processo de gravação dos álbuns, vem com as letras e mais fotos e colagens. Tudo feito num esquema artesanal, que terá 50 cópias para quem gostar da banda. Eles também vão vender o CD e o vinil de forma avulsa. Quando retornarem, Juiz de Fora terá também um evento especial de lançamento.

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Apesar de toda agitação que os lançamentos já exigiam, a banda teve que lidar com a saída do baixista Badaró, ocorrida há cerca de duas semanas. Para a turnê, quem assume temporariamente as quatro cordas é Tierez Oliveira, que vai acompanhar Guilherme Melich (voz e berros, mais guitarra) e Felipe Spinelli (bateria) nas próximas apresentações. Mesmo com a tristeza de perder a companhia de muitos anos, Guilherme Melich mostra que a banda está mais que disposta a ir em frente.

“No início, seria apenas mais um EP, mas decidimos que era hora de lançar um álbum. Queremos divulgar mais nosso trabalho, por isso o disco – que ajuda muito – e essa turnê”, explica. Por conta disso, “3 em 1” demorou um pouco mais para ter seu lançamento oficializado, apesar de gravado entre o final de 2017 e o início de 2018. “A gente queria lançar de forma diferente. O CD, hoje, virou uma coisa de cartão-postal, e para quem coleciona precisa ser algo a mais, diferente, daí fomos ‘fritando’ até chegar a esse formato.”

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Trabalho artesanal, mas com foco na música

Uma proposta apresentada por Melich foi aproveitar que Felipe, com talento para o lápis, ilustrasse algumas histórias da banda para o disco, Mas foi o próprio baterista que pensou em criar um pacote três em um, juntando o CD ao vinil e ao livro, totalmente artesanal, tudo por conta da dupla. “Foi um pouco corrido, pois já tínhamos as datas para Brasília e queríamos lançar o álbum por lá primeiro. Mas teria que ser algo muito benfeito, com carinho, pois eu e o Fil (Felipe) sempre fomos fissurados em vinil, CD, ainda mais se tivessem aquelas capas diferentes. A gente pirava. E sempre curtimos trabalhar dessa forma, foi assim com os dois EPs lançados em CD, com o vinil, e quisemos manter essa coisa artesanal com o box.”

Mas como o próprio Guilherme diz, todo o pacote é apenas uma parte do mais importante, que é a música. Ele diz que chegaram a pensar, no início, em gravar as músicas anteriores ao terceiro EP, mas que desistiram ao perceberem que seria muito mais interessante o público ter a oportunidade de ouvir como cada fase, cada gravação, apresentava sua característica comum. “O som foi ficando mais agressivo. No início era mais melódico, ainda com influência de nossa banda anterior (Dedo Amarelo, da década passada), mas na Traste sempre tivemos o foco no lado mais agressivo, enérgico, na gritaria”, diz.

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“Dá para perceber na passagem de um bloco (EP) para outro. O estilo é o mesmo, mas a gravação, sonoridade, são diferentes”, acrescenta. “O primeiro foi gravado todo no quarto do Tierez, é mais cru, enquanto o segundo, com as gravações no Bioma, foi mais trabalhado. Já para o terceiro, no Rise Together, tem mais cara de ‘ao vivo’, que era o que a gente queria. Como o Tierez foi o responsável pelas três produções, também podemos observar como ele encarou cada gravação de forma diferente.

Videoclipe e pé na estrada

Com o CD já bem conversado, o assunto retorna para o lançamento do videoclipe, que sai na quarta no Maquinaria e poderá ser conferido a partir de quinta no canal da Traste no YouTube. A inspiração veio de um vídeo apresentado por uma amigo de Guilherme, em que um grupo de russos com (provavelmente) muitas vodkas a mais dançavam em uma praça ao som de Bon Jovi, mas de forma… “peculiar”. “Achei aquilo muito engraçado, morri de rir. Falei então com um amigo meu, o Ivan Cunha, já no dia seguinte, que queria fazer um vídeo nos mesmos moldes, se ele topava filmar… Ele aceitou na hora, aí passei uns três dias procurando a galera disposta a participar. Filmamos tudo em apenas um dia, no feriado de 13 de junho, com todos usando roupas esquisitas e também dançando ao som de Bon Jovi. Não tem ligação nenhuma com a letra, foi mais para zoar os russos.”

Videoclipe lançado, na quinta-feira de manhã a banda segue para Belo Horizonte, onde se apresenta no mesmo dia. E sexta-feira já tem viagem longa e com hora para chegar, pois será a vez de iniciarem a série de quatro apresentações no Distrito Federal. A primeira será em Samambaia; no sábado, na Casa da Val (mesmo nome da produtora que agitou os shows), em Brasília; domingo o trio vai até Taguatinga; e segunda-feira será a vez do “ao vivo no estúdio” para alguns poucos sortudos em Guará, para a “Formigueiro Sessions”.

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“O pessoal da Casa da Val conheceu a minha outra banda, a Caiau, pela internet, e nos convidou para um show no início do ano, e ficou acertado que voltaria lá algum dia com a Traste. Aí eles estiveram por aqui em agosto com duas bandas, e fizemos um evento que também contou com um grupo local, o Insannica. Daí surgiu o papo de irmos lá em outubro, tocando com artistas locais”, relembra. Por coincidência, será justamente no final de semana do primeiro turno das eleições.

“Brasília tem toda uma história com o rock, seja com nomes dos anos 80, como a Legião Urbana, ou os Raimundos na década seguinte. Ao mesmo tempo, tem todos os parasitas da política. Não deixa de ser salutar estar lá nesse momento, vai ser uma coisa simbólica.”

A Traste embarca de volta para JF City já na terça-feira (9), mas o trabalho está longe de terminar. Assim que chegarem da turnê, a quarta-feira (10) reserva as filmagens do próximo videoclipe “Lama”, numa iniciativa de manter o audiovisual em alta rotação. No sábado, já tem show marcado para Petrópolis, e dia 20 será a vez de Leopoldina. “E queremos viajar ainda mais, estamos entrando em contato com a galera para conhecermos outras cidade. Nossa ideia é aproveitar os finais de semana para fazer essas pequenas turnês”, encerra Guilherme.

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Traste + Mayaen
Nesta quarta (3), às 20h (abertura da casa), no Maquinaria (Rua São Mateus 552). 3215-3251

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