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Seminário da Floresta sedia o Forest Beer neste sábado

SEMINARIO DA FLORESTA FELIPE COURI 4
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Há mais de 81 anos, um terreno era preparado para dar espaço a uma construção imponente. João Penido Filho e Maria Carolina de Assis Penido, quando souberam da ideia do padre Sebastião Dorrestein, para construir o então chamado Estudantado, decidiram doar um terreno no Bairro Floresta, para formar os estudantes de Filosofia e Teologia do Rio de Janeiro, em Juiz de Fora. Um espaço ideal para que os alunos tivessem a tranquilidade necessária para os estudos. Com o lugar já decidido, as obras começaram em 1942, mas só terminaram em 1946, com a sua inauguração. O atraso se deu, principalmente, por causa da segunda grande guerra, que acontecia naquele período e dificultou a compra de material. O lugar foi abrigo de padres e estudantes redentoristas até 1971, conhecido como Seminário Maior Redentorista de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

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Em seguida, no entanto, o espaço deixou de ser um seminário e passou a funcionar como espaço de hospedagem e realização de retiros, entre outros eventos. Com uma grande construção, a ponto de já ter abrigado mais de cem pessoas, o Seminário se mostrou ideal para esse tipo de acomodação, e não só ligada a assuntos religiosos, apesar do nome. “Isso não impede outros tipos de realização aqui. Claro que, eu acredito, poucos conhecem, porque associam a uma coisa mais religiosa. Mas o espaço é muito grande, tem muito potencial e ainda tem muito a ser explorado. Basta que conheçam”, afirma padre Jonas Pacheco Machado, organizador do Forest Beer, evento que acontece no Seminário da Floresta, neste sábado (2), a partir das 14h. Os ingressos ainda podem ser adquiridos no link.

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Quem passa pela BR 267, no Bairro Floresta, certamente analisa a estrutura do prédio, que aparece por entre a mata, ainda preservada e que encobre toda a parte de trás do Seminário. A construção atual, inclusive, é parecida com a original, pois tem a mesma formação, apesar de ter passado por uma modernização, nos anos 1980, quando foi restaurada, principalmente, a parte interna, além da pintura. O padre mostra, como em uma visita guiada, a parte interna, e logo comenta: “Muita gente sabe onde é, passa aqui, olha e vê a estrutura, mas poucos entram”. Por uma das entradas laterais, ele aponta o lugar onde vai ser o evento, que é open bar, open food, e traz, em sua programação, música com Hugo Schettino, Só Parênt e Zona Blue.

Por enquanto, ainda na preparação, o que resta é destacar: “Aqui é onde vai ser o palco e ali as mesas. Naquele lugar coberto, as duas cervejarias Hankzbier e Hofbauer (essa, inclusive, que produz o evento) e as comidas”. Na parte de cima, em volta de um lago, o padre conta que tem a intenção de colocar mais mesas, como um lugar para o descanso mesmo, ouvindo o barulho da água caindo no poço. “Mas, para tudo isso, o ideal seria não chover. Caso contrário, há a possibilidade de colocação de tendas. Mas, como a ideia é ser um evento aberto, não é o ideal. Estou rezando a São Pedro para que ele nos ajude”, brinca. No ano passado, a segunda edição do Forest Beer seria realizada em novembro. Ela, no entanto, precisou ser adiada para este ano por causa das chuvas da época.

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Ir para o evento, e ficar

Nesse mesmo espaço onde tem o poço, o religioso conta que existe um bosque onde se pode fazer caminhada. “Tem uma pedra lá no alto. Daqui até lá são 50 minutos, mais ou menos.” Essa é uma das opções para quem deseja se hospedar no Seminário. São, ao todo, 50 quartos de diferentes tamanhos. As possibilidades de vista, sobretudo do segundo e terceiro andar, são, ainda, o que chama atenção: de um lado, o da frente, a vista para a mata que envolve a BR 267; do outro, a mata que envolve a parte de trás do Seminário. “O nome faz jus, pois é mesmo uma floresta”. Para o Forest Beer, existe a possibilidade de, além de ir ao evento, aproveitar para se hospedar no espaço. “É a oportunidade de vir, aproveitar e viver toda a experiência”, comenta o padre.

A sugestão do evento, inclusive, é mostrar tudo isso e apresentar o que envolve a história do Seminário, da Congregação Redentorista e da própria Juiz de Fora, uma vez que conta com o chope produzido pelos próprios padres, na Igreja da Glória, o Hofbauer, além do Queijo Ligório, produzido no próprio Seminário, e de outros chefes da cidade convidados a compor o time da gastronomia. A fábrica de queijo, que é produzido e empacotado no Seminário, foi inaugurada em maio deste ano. No entanto, sua produção é mais antiga: ela começou para ser consumida pelos próprios padres e, aos poucos, foi aberta à comunidade. O religioso ainda aponta: “Ali em cima tem o curral, ali a horta, que é para consumo próprio”.

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Queijo Ligório é produzido dentro do Seminário da Floresta (Foto: Felipe Couri)

Além dos 50 quartos, a estrutura do Seminário abriga outras possibilidades: lugares para reunião, refeitório, salas e mais salas. No meio de tudo isso, no segundo andar, a capela. Pequena, é verdade, mas cuidadosamente pensada e feita de maneira que, mesmo em um momento de muitos carros passando logo ali, na rodovia, é o silêncio que reina, a água das fontes e o barulho dos pássaros. Isso, inclusive, se perpetua por toda sua extensão. De janelas fechadas, é como se quem entra ali fosse levado a um outro ambiente. É por isso que o lema do Forest Beer é ser um evento que alimenta o corpo e a alma.

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