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Após incêndio, vistoria em prédio histórico ainda não foi realizada

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De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram danificando alguns objetos, como livros e DVDs do acervo (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
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Parte do acervo da Associação de Belas Artes Antônio Parreira foi perdida após o incêndio que atingiu o complexo arquitetônico que sedia o espaço cultural nesta segunda-feira (31). No local, que se divide entre área para aulas e espaço expositivo, ficam mais de 300 obras de arte de nomes fundamentais para a arte visual juiz-forana no século XX, como Dnar Rocha e Claro de Campos. No entanto, ainda não é possível saber se tais bens foram comprometidos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram danificando alguns objetos, como livros e DVDs do acervo. Em nota, a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) informou que os servidores do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural acompanham, junto aos órgãos de segurança responsáveis, os desdobramentos do incêndio. “Assim que possível, será feita a vistoria para elaborar um laudo do bem cultural do espaço e entender o que foi perdido devido às chamas.”

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De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma pessoa em situação de rua teria ateado fogo em um lixo próximo ao prédio, e as chamas teriam se espalhado, atingindo a fachada e as janelas de madeira que fazem parte do complexo arquitetônico. Todo o imóvel, que tem mais de 100 anos, é tombado pelo patrimônio municipal, fazendo parte do conjunto paisagístico da Praça da Estação. Já a Associação de Belas Artes Antônio Parreira é um espaço que já existe há 89 anos em Juiz de Fora, cujo nome homenageia o pintor brasileiro mais popular da época. Ao ser fundada, a ideia foi criar um espaço democrático de estudo, discussão e difusão das artes plásticas, e ainda hoje no local acontecem cursos, exposições e eventos.

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Apesar disso, o local parece vir perdendo visibilidade e sua função primeira de promoção da arte e cultura para os juiz-foranos. Em 2020, o imóvel foi atingido também por chamas de uma fogueira acendida por pessoas em situação de rua – que ocupam de forma recorrente a região. Na mesma época, conforme mostrou matéria publicada pela Tribuna, a associação lutava para não fechar as portas e enfrentava dificuldades financeiras agravadas pela pandemia.

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