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a museologa rosali henriques coordena trabalho de informatizacao e digitalizacao do acervo do museu

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A museóloga Rosali Henriques coordena trabalho de informatização e digitalização do acervo do museu
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A museóloga Rosali Henriques coordena trabalho de informatização e digitalização do acervo do museu

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O acervo do Museu Mariano Procópio (Mapro) será disponibilizado integralmente na internet. A primeira parte, que deve entrar no ar já no início do segundo semestre, possivelmente vai contemplar as artes plásticas. O museu pode se tornar um dos poucos do país a colocar na web todo o seu acervo, que inclui ainda mobiliário, objetos pessoais, além de arquivos fotográfico e histórico. “Neste momento, estamos na fase de migração dos inventários que estão em arquivos de Excel para uma base de dados que se chama Sistemas do Futuro, um software desenvolvido por uma empresa portuguesa e que faz toda a gestão do acervo e também permite colocá-lo na internet”, explica a historiadora e museóloga Rosali Henriques, que também é doutora em memória social.

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Quando o processo de informatização e digitalização do acervo estiver concluído, os usuários terão acesso aos cerca de 53 mil objetos de valor histórico, artístico e científico, como pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, livros raros, documentos, fotografias, mobiliário, prataria, armaria, numismática, cartofilia, indumentária, porcelanas, cristais e peças de história natural.

A ideia a longo prazo é transformar o Mariano Procópio em um museu virtual, conceito que engloba, além da disponibilização do acervo, exposições e ações exclusivas na web. Para Rosali Henriques, isso não irá enfraquecer as visitações às instalações físicas do museu, que está fechado para obras de restauro e ainda não tem previsão concreta de reabertura. “Como o museu agora está fechado para obras, é uma forma de liberar o acervo sem que a pessoa precise estar aqui.”

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O Sistemas do Futuro é uma ferramenta que já serve a instituições conceituadas, como o Museu Calouste Gulbenkian e o Museu da Cidade, ambos em Lisboa, além do Museu Judaico de São Paulo. A coleção juiz-forana será a segunda no Brasil a adotar a plataforma, considerada uma das mais avançadas do mundo.

“O museu tem um acervo muito rico e variado, é eclético, mas ainda utilizamos catálogos em Word e Excel para procurar as peças. Com esse software, toda essa gestão de busca vai ser facilitada. Para realizarmos uma exposição temática, por exemplo, ficará mais fácil. A situação de uma peça que sai para restauração também vai estar disponível nesse sistema”, explica Rosali. Ao final da catalogação, será possível realizar pesquisas no acervo, com as mais variadas formas de busca, como título, autor, data e demais informações.

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Acervo

Obras de expoentes da pintura europeia, como os franceses Charles François Daubigny e Jean Honoré Fragonard e o holandês Willem Roelofs são destaques no acervo do Museu Mariano Procópio, ao lado de trabalhos de brasileiros como Pedro Américo, Rodolfo Amoedo e Belmiro de Almeida. Esculturas e moldes de gesso, principalmente do século XIX, também projetam o acervo, reunindo obras de artistas como Clodion, Marius Jean Mercié, Rodolfo Bernardelli, Modestino Kanto e José Otávio Correia Lima.

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O Império brasileiro é um dos destaques do acervo. Os trajes da coroação, da maioridade e do casamento de D. Pedro II e o traje de corte da Princesa Isabel estão entre as mais significativas peças da indumentária da instituição. O acervo de mobiliário é considerado um dos mais importantes do país, destacando-se pela coleção de peças a partir do século XVI até o século XIX, estas, em grande parte, adquiridas do Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

A doação de Amélia Machado Cavalcanti de Albuquerque, a Viscondessa de Cavalcanti, ao setor de numismática, abrange desde moedas greco-romanas estampando a efígie do imperador Júlio César, até raras medalhas europeias. O Museu Mariano Procópio guarda, ainda, parte da história da armaria, com destaque para um punhal do século XVI, com bainha em marfim, veludo e aço, que pertenceu ao Rei Francisco I, da França, e um Polvorinho de marfim, que pertenceu ao rei Augusto Sigismundo II, da Polônia.

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