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Juiz de Fora tem o ano mais chuvoso desde 2013

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O volume de chuva registrado durante o ano de 2020 superou a média histórica em Juiz de Fora. O percentual de chuva ultrapassou a média prevista para o período, totalizando 110,8% no fim do ano, segundo levantamento da Tribuna baseado na Estação Convencional do Inmet instalada no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O número só não é maior do que o registrado em 2013, quando este percentual atingiu os 111,4%, o que torna 2020 o ano mais chuvoso dos últimos sete anos.

Mesmo atingindo este patamar em 2020, o percentual de chuva superou a média histórica em apenas um terço do ano, nos meses de janeiro, fevereiro, novembro e dezembro. Vale destacar os meses de fevereiro, quando o volume chegou a 197,4%, quase o dobro do esperado, rendendo a maior média para o período dos últimos 16 anos, e novembro, quando choveu 57,9% a mais do que o aguardado. No restante de 2020, entre os meses de março e outubro, o volume de chuva chegou, ao máximo, de 81,6% em agosto, e ao mínimo de 4,3% em julho.

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Alagamentos foram cena comum em 2020, inclusive em vias com grande fluxo de veículos (Foto: Fernando Priamo)

Segundo especialista, variabilidade é esperada

Desde 2013, os últimos anos se alternaram quase que igualitariamente entre acima da média e abaixo da média chovendo 83,4% em 2019; 105,7% em 2018; 57,3% em 2017; 103,3% em 2016; 76,7% em 2015 e 60,2% em 2014. O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Claudemir de Azevedo explica que a variabilidade do volume de chuva dos últimos anos está dentro do esperado. “Tivemos nos últimos anos períodos chuvosos abaixo da média histórica. Em 2020, principalmente entre os meses de janeiro a março, choveu um pouco mais, o que dá essa contribuição positiva para um ano mais chuvoso. A explicação está na grande variabilidade do ciclo de chuva, o que torna comum termos anos com um volume maior de chuva e outros com volume mais baixo.”

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O especialista também pontua que, nos últimos anos, houve o veranico, um fenômeno meteorológico que provoca intervalos de estiagem dentro do período chuvoso. “Nos últimos anos, nós tivemos em ação o fenômeno do veranico no período chuvoso, entre janeiro e fevereiro, que causou esse déficit no volume de chuva total. O veranico é um fenômeno meteorológico que provoca um período seco de, pelo menos, 15 dias dentro de um período chuvoso. Em 2020 não houve veranico.”

Com relação às perspectivas para 2021, o meteorologista conclui que ainda é cedo para projeções. Entretanto, para curto prazo, a tendência é de que os dez primeiros dias de janeiro sejam chuvosos, mas dentro da média climatológica. Quanto à probabilidade de um novo veranico no próximo ano, o especialista deixa em aberto. “Existe a possibilidade, mas ainda é cedo para afirmar.”

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