Depois de dois meses com chuvas acima da média histórica, janeiro termina nesta terça-feira (31) com índice pluviométrico abaixo do esperado. Conforme o 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as precipitações somaram 185,4 milímetros, o que representa 61,84% do esperado. No mesmo mês, em 2016, choveu o dobro: 375,8 milímetros. Apesar do tempo mais seco, não houve mudanças significativas nos mananciais que abastecem a cidade. A Represa João Penido, inclusive, subiu o nível em cerca de 3%, chegando a 84,7% de sua capacidade máxima. São Pedro está com 89,1% e Chapéu D’Uvas, 11 vezes maior que João Penido e, por isso, com recuperação mais lenta, 65,5%. Com menos precipitações e dias de céu mais claro, as temperaturas também ficaram mais elevadas. Os termômetros registraram uma média da máxima de 28 graus, sendo que o esperado era de 25,9.
De acordo com o meteorologista Cleber Souza, do 5º Distrito do Inmet, a condição observada em janeiro é resultado das intensas massas de ar seco e quente que incidiram sobre Minas Gerais, impedindo a entrada das frentes frias. “As frentes ficaram estacionárias no litoral do Estado de São Paulo, onde choveu até acima da média histórica.”
No entanto, os modelos de previsão do tempo, segundo ele, apontam mudanças ainda esta semana. A partir desta quinta, novas áreas de instabilidade se aproximam da região, deixando o tempo mais fechado e com chuvas a qualquer hora do dia. “Temos observado que, quando não chove o previsto em um mês, no outro isso acontece. Esta é uma tendência também para fevereiro”, pontuou o meteorologista. Nesta quarta, os termômetros devem oscilar entre 17 e 28 graus, sem previsão de chuvas.