A Polícia Militar registrou um crime de estupro de vulnerável, envolvendo uma adolescente de 13 anos, que denunciou ter sido dopada e violentada por estudantes da escola que ela frequenta. O caso aconteceu na madrugada deste sábado (30), na Zona Sul de Juiz de Fora. Conforme o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), a vítima procurou o posto da PM, onde teria chegado completamente desorientada, alegando que teria ido ao Bairro Alto dos Passos, Zona Sul, e que, ao chegar lá, alguém havia colocado alguma substância no energético que bebia.
Ainda segundo o documento policial, a adolescente também denunciou que havia sido violentada sexualmente por rapazes que conhecia da escola. Diante da denúncia, a mãe da garota foi chamada para que comparecesse à unidade policial. Já na presença da genitora, a vítima voltou a informar que estava no Alto dos Passos, quando alguém teria colocado algo em sua bebida. Ela, então, ficou desorientada e se viu em um local escuro onde teria sido violentada.
Uma testemunha, de 40 anos, que também procurou a unidade da polícia, contou que, quando transitava pela Rua Pedro Celeste, ouviu uma voz feminina pedindo por ajuda. Então, ao se aproximar, percebeu que três adolescentes saíram correndo e um quarto foi abordado por ele. O homem teria questionando ao rapaz o seu nome e o telefone de seu pai. Diante das informações e na companhia da testemunha, a PM deu início a um rastreamento, chegando à casa do jovem suspeito, que não se encontrava na residência. Aos militares, o pai do adolescente teria dito que o filho estava na Avenida Santa Luzia. O garoto foi procurado pelos policiais e localizado nas proximidades do posto da PM, no mesmo local onde a vítima fez a denúncia. Ele, no entanto, já tinha sido detido por outra equipe de policiais.
Diferentes versões
Segundo o Reds, o rapaz informou, inicialmente, que estava socorrendo a vítima e que não teria lhe feito nada. Mas, pouco depois, disse que deu apenas um “beijinho” na garota e que quem teria “transado” com ela seria outro adolescente. Esse segundo suspeito também foi procurado pela PM, na casa dele, mas também negou a conjunção carnal com a vítima. No entanto, teria confessado que fez sexo oral com a garota, apontando que, na verdade, o primeiro adolescente apreendido havia, sim, tido relação sexual com a vítima. Ainda de acordo com boletim de ocorrência, os dois suspeitos afirmaram que introduziram os dedos na vagina da menina.
A adolescente foi levada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde passou por atendimento de médico legista, na qual foi constatada, através de exame, a conjunção carnal.
Já mais calma, como apontou a PM no registro, a adolescente informou que se recordava que o primeiro jovem apreendido foi quem consumou a conjunção carnal. Ela também contou que a dupla de suspeitos a levou para o local escuro onde se deram os fatos.
Os rapazes foram levados ao HPS, onde foi colhido sangue de ambos a fim de se verificar o risco biológico no qual a vítima pode ter sido exposta. Eles receberam voz de apreensão em flagrante delito, sendo conduzidos à delegacia para adoção de medidas decorrentes, na companhia de seus responsáveis.