Ícone do site Tribuna de Minas

Greve de funcionários do HU-UFJF deve ser encerrada nesta sexta

Hospital Universitario Marcelo Ribeiro arquivo TM
PUBLICIDADE

Após nove dias de paralisação, os trabalhadores do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF) devem encerrar a greve nesta sexta-feira (30). Durante a manhã, funcionários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps Liberdade) e da unidade do HU no Dom Bosco aprovaram a proposta de um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) acertada entre o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (Sindsep-MG), entidade que representa a categoria, e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra os espaços. A proposição ainda precisa da chancela dos trabalhadores da unidade do HU no Bairro Santa Catarina.

O movimento, que aconteceu nacionalmente entre os funcionários da Ebserh, começou no último dia 21 em função da insatisfação dos trabalhadores com uma suposta recusa da empresa em negociar um novo ACT. O Sindsep, ao deflagrar a greve, ainda denunciou o que chamou de “descaso da empresa, que se recusa a negociar com os trabalhadores e ainda quer retirar direitos”. A entidade afirma que tentou, ao longo dos últimos três anos, chegar a um ponto comum com a administradora hospitalar, mas não teve sucesso.

Nessa quinta-feira (29), no entanto, uma reunião entre as partes mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília fez com que Sindsep e Ebserh chegassem a um acordo. “Nós chegamos a um ponto de pauta e, nesta sexta, a votação é para que os trabalhadores aprovem o que ficou acordado”, explica o diretor do Sindsep-MG, Valdinei Ferreira. “A empresa concordou em manter as cláusulas sociais, retirar da discussão a perda da insalubridade e enviamos para julgamento um índice de reajuste salarial”, afirma o líder sindical.

PUBLICIDADE

Em nota, o HU-UFJF informou que as cláusulas econômicas do acordo serão encaminhadas para julgamento pela Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho ainda neste mês. “Essas medidas possibilitarão o fim da greve e o célere desfecho do ACT”, afirma.

De acordo com o diretor do Sindsep-MG, ficou definido o teto de até 20% de recomposição salarial. Os funcionários, que passaram pelos últimos três anos com vencimentos estagnados, pleiteavam 22,3% de acréscimo e a manutenção do pagamento do adicional de insalubridade sobre o salário base.

Paralisação causou suspensão de cirurgias

Em contato com a Tribuna, o HU confirmou que 26 cirurgias foram suspensas em Juiz de Fora por conta do movimento grevista. De acordo com a entidade, foram oito cirurgias suspensas no Centro Cirúrgico da Unidade Santa Catarina e 18 suspensões no Centro Cirúrgico da Unidade Dom Bosco. O movimento atingiu apenas os procedimentos eletivos, sem impacto naqueles emergenciais. Por determinação da Justiça do Trabalho, foi mantida a atuação do mínimo de 60% da equipe da assistência.

PUBLICIDADE

O Sindsep também admitiu que o movimento iniciado na última semana impactou na suspensão de procedimentos cirúrgicos nas unidades do HU nos últimos dias. Segundo o diretor Valdinei Ferreira, a partir do sexto dia da greve foram reduzidos os números de leitos de internação e desativadas duas salas cirúrgicas, uma em cada unidade. Por outro lado, ele reafirmou que os atendimentos ambulatoriais e de urgência seguiram funcionando.

Sair da versão mobile